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I - O Som do Vento

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I - O Som do Vento Empty I - O Som do Vento

Mensagem por Heiwas Qui Jul 04, 2019 10:22 am

O Som do Vento

Ela odiava seu coração. Não o órgão que a sustentava diariamente, que trabalhava dia e noite para fazê-la funcionar. Não os sentimentos que se alojavam e se empilhavam uns sobre os outros, formando um emaranhado de nós que nem a própria garota conseguia desatar. Não. Nada disso. O que ela detestava era o barulho que seu coração fazia. O tudum incansável que ficava mais alto e mais forte quando seus pais brigavam, o tudum que soava em seus ouvidos quando seus nervos disparavam e suas mãos puxavam seus cabelos, o tudum que rugia e rosnava até que ela ficasse presa em sua própria cabeça. Presa com essa sinfonia medonha. Heiwas odiava seu coração, mas, também, era por isso que ela gostava tanto de voar.

“Não se pode ouvir nada quando o vento conversa com você.”

—É isso mesmo? Vamos ver se você vai continuar pensando assim quando eu te rebaixar para garota de recados —Blue sorriu, inclinando o corpo para o lado e segurando as mãos atrás de si. Ele estava brincando, Heiwas sabia porque já havia sido sua garota de recados e ele nunca lhe tinha deixado montar seu Pidgeot. "Uma caminhada" ele havia dito "Nunca matou ninguém". Claro, o sorriso crescente do adulto era mais um indicador de que ele a estava provocando...

—Vou sentir sua falta —A voz da jovem era trêmula e suave, saída como alguns gaguejos —Havia muito para aprender com você e muita teoria para pôr em prática. Estou confiante que a energia elétrica que o Shinx produz é diferente dos demais pokémon, já que sua coloração azul não é encontrada nas demais espécies, com a exceção do…

—Okay, okay —O adulto interferiu, levantando as mãos para pairar sobre a garota. Três anos de convivência lhe ensinaram uma coisa: nunca toque nela sem permissão. Infelizmente, para Heiwas, ela só queria que seu coração parasse de bater —Tudo bem, Heiwas. Tudo bem. Eu também vou sentir sua falta. Inferno! Você foi meu primeiro aprendiz, mas você sabe por que está aqui, não sabe?

—E-eu queria ser mais forte. E-e-eu tinha que ser mais forte.

—E você é! Você me provou isso e agora eu quero que você prove isso pra eles. Pra você mesma —O cabelo do Oak mais jovem parecia tão macio quanto à primeira vez que ela o viu. Suas mãos delicadas e bronzeadas subiram para prender os headphones verdes em suas orelhas. Cheirava a mar, e sol, e terra molhada, embora não como uma praia cheiraria. Sentia-se em casa —Você não pode mais fugir, garota.

Heiwas não respondeu, embora balançasse sobre seus pés como se estivesse incorporando uma palmeira. Suas mãos estavam fechadas envolta de uma pokébola, apertando tão fortemente que os nódulos dos dedos estavam branco. Blue sorriu com carinho uma última vez antes de dar as costas para ela e chamar o Pidgeot, que abriu as asas em saudação e se abaixou para que o adulto pudesse montar. Foi só quando ele estava prestes a levantar voo que a menina o parou.

Um movimento curto como um levantar de mãos mostrou ao Oak tudo que ele não podia ouvir, tudo que Heiwas não conseguia dizer.

"Eu sei"

Com uma última olhada, um aceno e o lançamento de uma esfera, Blue Oak se lançou no ar e se afastou, deixando a menina para aparar o objeto redondo e vermelho. Heiwas sorriu um pequeno sorriso e assistiu o grande pássaro desaparecer entre as nuvens…

I - O Som do Vento Original

Lakeside Town era agradável. Com casinhas espalhadas em ruas que eram espaçosas e longas demais para o pouco trânsito. Calçada com pedras cinza que espelhavam o mesmo material que mantinha as construções em pé. Era quase como se a cidade tivesse parado no tempo, com suas construções antigas e a natureza engolindo todo o resto.

—Aquele paralelepípedo é novo —Heiwas apontou, parando para deixar o Shinx dar uma boa olhada. O pequeno pokémon apenas virou a cabeça e continuou olhando para a pedra que jazia em pé na frente de uma calçada —A outra era perfeitamente retangular e cinza, essa é torta nas bordas e há listras brancas nela.

Shinx continuou andando, fazendo barulhos e arrulhando sobre tudo o mais que sua treinadora resolvesse apontar. Era legal voltar ao seu lugar de nascimento; ele se perguntou se um dia, quando voltasse para as montanhas na qual havia nascido, também poderia apontar uma pedra fora do lugar.

—Foi naquele rio que eu quase me afoguei quando duas crianças me empurraram —Falou novamente, apertando a pokébola entre os dedos —Eu tinha oito anos. Doeu.

A adulta se apressou a seguir seu caminho, olhando tão nervosamente que deixou Solum preocupado. Era sua casa. Casa deveria ser segurança.

Seguiram por mais duas ruas antes de pararem na frente de um sobrado. Tinha dois andares e um jardim com o conjunto mais bonito de flores que o gato azul já havia visto. Colorido com um azul alegre, um amarelo meio apagado e um vermelho desgastado, aquela casa era o epítome de simples e aconchegante. Solum odiou aquilo —o que foi bom porque Heiwas já estava dando as costas e pegando a próxima curva. Eles andaram e correram de um lado para o outro, nunca parando para dar uma segunda olhada, embora voltassem para o mesmo lugar. Não importava aonde a garota ia, se para esquerda ou direita, se descendo ou subindo ao longo do rio que cortava por dentro da cidadezinha; ela sempre voltava a encarar as janelas do prédio simpático.

—Shinx shinx! —O felino gritou, movendo a cabeça de um lado para o outro, pelo azul arrepiado em descontentamento e confusão.

—Preciso voltar pra casa. Meus pais me mandaram voltar pra casa porque eles não confiam em mim —Ela falou, olhando fixamente pra uma árvore —Eles não me deixam sair. Eles não querem que eu saia.

O pokémon elétrico ficou ainda mais agitado com aquilo. Olhou para a porta de madeira e depois para a garota rígida e nervosa antes de pronunciar um pequeno: —Shi?

Heiwas voltou seu olhar para a calçada, depois para os arbustos, depois para o prédio e, então, finalmente para os olhos dourados do felino. A troca de olhar durou só um momento, o tempo de uma respiração, até que os olhos voltassem a correr como dois linoones em uma pista reta.

—Você não quer ficar preso aqui…

—Shinx!

—Eu também não quero estar aqui a minha vida toda. Eu quero partir. É... É-É PERIGOSO e eu Não deveRIA fazer isso —Ela tentou discutir, segurando a pokébola contra si —Podemos… Podemos morrer!

A luz do sol estava forte. Tudo piscava a sua volta, turvo e embaçado como se estivesse embaixo d'água. Os pássaros e o barulho do rio. O esmagar de folhas e o som de sapatos contra asfalto e, acima de tudo, seu coração. Tudo era insuportavelmente alto e absurdamente brilhante e ela precisava tomar uma decisão. Ela deveria fazer algo, mas ela não sabia o que fazer.
Seus joelhos se curvaram sobre o peso do corpo e a cabeça encontrou o espaço entre os braços para se esconder. Ela estava balançando de novo, murmurando palavras incoerentes. Shinx esfregou o focinho sobre os joelhos dela e faiscou, seu peso era apena o suficiente para aterrar a garota no lugar e impedir que mergulhasse ainda mais naquele lugar perigoso chamado de “mente”. Funcionou.

—Shiiinx?
—Nós... Nós podemos morrer… —Sussurrou. Não se sabia exatamente quanto tempo havia passado ali —talvez cinco a dez minutos se julgássemos a impaciência e o constante mudar de patas do filhote —ou quantas pessoas a viram daquele jeito, tudo que importava é que uma resposta havia finalmente chegado a sua mente e escorrido para sua boca —T-talvez, talvez valha a pena…


Shinx ajudou a levantá-la e apoiou o corpo contra as pernas na tentativa de diminuir o tremor. Ela parecia mais forte e não tão nervosa quanto antes. Não era a primeira vez que Solum havia participado de uma das suas crises, apesar de ser a primeira que ela saiu tão rápido e tão...motivada?

O vento soprou e levantou os cabelos brancos com uma melodia agitada. Então, finalmente, Heiwas abriu suas asas e voou...

aqua



♦Dados
Objetivos: escreveu:
  • Criar uma conexão com Shinx
  • Capturar um Pidgey
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I - O Som do Vento Empty Re: I - O Som do Vento

Mensagem por Sammy Qui Jul 04, 2019 1:17 pm

Desafios
Escolha dois dos quatro desafios




Fogo & Cinzas


Uma garotinha fanática pelo tipo I - O Som do Vento 2839985385 está causando um caos com seu Slugma. Ela não está fazendo nada de tão errado, a não ser atormentando os Treinadores Novatos. Alguém precisa ir lá e dar uma lição naquela maluca.

Recompensa:
+1 Nivel
1x Burn Heal

Coração Eletrizante


Shinx são Pokémons do tipo elétrico, por conta disso são agitados e levados na maioria das vezes. Heiwas deverá cuidar dessa criaturinha, alimenta-lo ou até mesmo limpa-lo. Tudo é válido, desde que você cuide bem da criatura e crie um grande vínculo com o mesmo.


Recompensa:
+1 Níveis
1x Oran Berry

As Primeiras Penas
★★


Lakeside Town é um lugar pacato, grande e com vários riachos. Há muito o que fazer na pequena cidade. Heiwas deseja capturar um Pidgey, um pequeno pombo de coloração amarronzada. Faça isso e receba algumas recompensas.


Recompensa:
+2 Niveis

Novata
★★


Você não é a primeira e também não é a última Treinadora Pokémon Inexperiente em Lakeside. Muitos jovens estão saindo de suas casas neste manhã procurando por novos adversários. Há uma infinidade de Pokémons e Treinadores espalhados nessa pequena cidade, porque não batalhar contra eles? Heiwas deverá batalhar pelo menos Duas Vezes durante a sua Aventura.
Recompensa:
+2 Niveis
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I - O Som do Vento Empty Re: I - O Som do Vento

Mensagem por Heiwas Seg Jul 08, 2019 10:52 am

Brisa Solitária




    Eles chegam ao parque quando o sol estava alcançando seu ponto mais alto. Agora, é importante você saber que a definição de parque, para Lakeside Town, é um lugar sem casa, asfalto ou qualquer outra marca humana além da fonte muito velha e grande em seu centro. Algo totalmente entregue a natureza que, sendo a mãe que é, aproveitou-se para dar a vida a um matagal de plantas espinhentas e árvores estupidamente grandes e folhadas — as quais abrigavam bandos e bandos de pidgeys. Na verdade, aquele pedaço de floresta só tinha nome de parque porque as crianças adoravam aquilo.

  Infelizmente, para Heiwas, jovens treinadores inexperientes também.

—O que estão fazendo? —A jovem perguntou, inclinando a cabeça para o lado. Olhos dourados brilhando na luz do sol.

—Shiinx —Respondeu a criatura, dando de ombros e saltando sobre a treinadora.

—Pessoas são estranhas, por isso eu prefiro você —Shinx realmente não podia discordar quando ficou confortável no topo da cabeça dela. Apesar do que disse, a garota se aproximou lentamente, assistindo com um franzir de testa como a algazarra ficava maior e mais alto.

 Ela contou quatro jovens de tamanhos e idades diferentes. Eles estavam todos curvados e em um círculo fechado, embora espaçoso. Era curioso como continuavam a gritar com seja lá o que for que estava aos seus pés ao mesmo tempo em que gesticulavam e faziam movimentos que só podiam ser descritos como assustadores —isso não era muito vindo de Heiwas, já que ela odiava movimentos bruscos e barulhos altos, mas era definitivamente algo vindo do filhote que não parava de rosnar. Então, indo contra toda a sua intuição de não-há-nada-de-estranho-acontecendo e aquilo-são-só-humanos-sendo-humanos, ela caminhou até lá e pairou sobre eles.

—O que estão fazendo? —Ela falou alto, quase gritando, enquanto olhava para um ponto nas costas do menino (quinze ou dezesseis anos, se Heiwas julgou seu tamanho certo).

  Esse se assustou e, com um sobressalto, quase golpeou o rosto da menina. Em pânico, Shinx faiscou e gritou, quase liberando estática o suficiente para deixar o cabelo da pesquisadora em pé —Hey! Quer me matar de susto?!

  Heiwas não respondeu, mas contornou o corpo do adolescente para poder enxergar melhor. Seus olhos se arregalaram fracamente quando ela finalmente avistou o motivo da confusão.

   Havia um pokémon marrom e amarelo, meio bege, meio preto. Era uma ave magra com penas muito compridas para sua espécie. Não comum, mas também não anormal. O bicho estava preso embaixo de uma rede (que era muito parecida com aquelas que pescadores usavam para pegar Magikarps) e se debatia ansiosamente, golpeando e se machucando a cada minuto que passava. Havia apenas uma coisa que era ainda mais estranho que o todo...

—Ele não grita! —Esbravejou a garota, chutando areia no rosto do pássaro —Nada que façamos faz esse bicho gritar! O que há de errado?!

—Talvez seja mudo? —Outro garoto falou, botando a mão no queixo em uma atitude de pensamento. Depois de um momento ele desviou os olhos do pacote de pluma para a mulher paralisada ao lado de seu amigo —Quem é você?
 
  Heiwas não respondeu, contudo endireitou os ombros e apontou para o Pidgey que era ameaçado por um Growlithe.

—O que você está fazendo? —Perguntou novamente, como um disco arranhado. Shinx apenas mexeu as orelhas em agitação.

—Você é surda ou idiota?

—Ei, calma aí Tony —Esse era o quarto falando. O mais calmo e inteligente de todos; ou assim achava Heiwas —Nós tivemos a sorte de achar esse carinha aqui há alguns quilômetros ao norte e achamos que seria uma boa ideia usá-lo para tirar o Pidgeot de sua toca. Meu nome é Ycaro, aliás.

    A menina acenou para Ycaro antes de grunhir e murmurar algo. A lógica fazia sentido. Pidgey e suas evoluções eram famosos por viverem em grandes manadas lideradas por um único pokémon, que na maioria das vezes era ou o mais velho ou o mais forte. Eles caçavam, viviam e se defendiam juntos, então, claro, fazia sentido prender um pidgey e força-lo a pedir ajuda.

—Está errado. É proibido usar redes de pesca para prender um pokémon. Ela é mais afiada do que parece e pode causar danos irreversíveis ao pidgey —Disse de maneira monótona, olhando para cima e balançando em seus pés —Está errado e vocês devem parar com isso agora mesmo!

—E por que deveríamos fazer isso? Nem ao menos te conhecemos! —A loira perguntou, colocando as mãos na cintura.

—Vocês não precisam me conhecer para saber que está errado — Rebateu, estoica como sempre. Tony, o sempre irritado treinador de cabelos preto, ficou ainda mais zangado e partiu para cima da adolescente, empurrando-a.
   
    Ela caiu, desajeitadamente, em seus antebraços e mãos. Paralisada pela ação repentina, sentiu o medo e o nervosismo crescer dentro dela como uma doença. Tony deu um passo para frente, se projetando como uma muralha muito assustadora e feia, até que, de repente, todo o inferno se soltou.

     Solum saltou para proteger a menina, atacando com um Tackle o garoto. A força empurrou-o para trás, fazendo-o tropeçar sobre o cão de fogo. Heiwas se levantou e correu para o pidgey a fim de soltá-lo, mas acabou sendo parada pelo outro menino cujo nome não tinha a mínima importância —É Harry!

—Não me importo! —Ela socou o rosto do garoto — o que foi um ato totalmente irracional, apesar de altamente satisfatório —Precisamos libertá-lo!

   Sol estava rolando no chão com o growlithe, pequenos dentes sumindo no pelo laranja do outro enquanto o pelo ficava cada vez mais arrepiado com toda a estática sendo liberada. Ycaro tentou chutá-lo com a bota (foi nesse momento que Heiwas se perguntou se eles não tinham outros pokémon) só para Shinx larga o cão e abocanhar o calcanhar do garoto.

—Solum, Thunder Shock! —Imediatamente uma energia azul saiu do felino e atingiu o jovem em cheio. Esse tremeu e caiu desossado, embora não estivesse desmaiado. A eletricidade era dificilmente perigosa com a quantidade de voltagem que o tipo elétrico liberou.

—Growlithe, Ember!

—Esquive!

    O cachorro estufou o peito e cuspiu as brasas ao mesmo tempo em que o gato azul se lançava para um lado e Heiwas para o outro. O Ember passou pelos dois e atingiu a rede que começou a fagulhar. Pidgey gritou, pela primeira vez, um grito desesperado quando se agitou ainda mais na sua cadeia. Aquilo parecia finalmente chamar a atenção dos presentes que foram rápidos em tentar apagar o incêndio antes que alguém se machucasse.

    Tudo mergulhou em um silêncio repentino. Todos pararam e nem mesmo a respiração curta e ofegante de Heiwas podia quebrar o momento tenso. O felino estava agachado, enrolado em uma bola de dentes e garras, emitindo tanta energia no ar que os pelos dos braços da pesquisadora ficaram eretos, enquanto as outras crianças permaneciam em sua pose de ataque: mãos em punhos e pernas abertas, olhos fixos na menina autista que, entretanto, não tirava a vista do pássaro deitado há alguns metros deles. Ficaram parados por um minuto ou mais, como se um único mover de dedos pudesse mandá-los para o inferno, onde sofreriam uma morte dolorosa e lenta servida por pidgeys demoníacos e pidgeottos malignos. Bem, não estava muito longe da verdade.

    Uma rajada de vento atingiu o grupo, anunciando a chegada do fim. Areia, folhas secas e até mesmo pequenas pedras abriram caminho contra a pele pálida da jovem. As árvores se agitaram como se desejassem fugir e chilreados de aves ecoaram por todo o parque, crescendo e oscilando de tom. Foi só aí, quando todos já estavam tão ansiosos que as pernas haviam parado de funcionar, que o primeiro pidgey apareceu.

    Era uma coisinha rechonchuda e gorda, asas curtas e penas igualmente sem graça. O típico pidgey de Lakeside Town. Ele voou lentamente, saltitando sobre as pernas franzinas ao mesmo tempo em que gritava de raiva. Era a coisa mais fofa e triste que Heiwas havia visto, apesar de (para os outros presentes) ser muito cômico.

—Bem, isso com certeza não é um Pidgeot! —Senhor anônimo falou —É Harry! — enquanto ria como um maníaco psicótico, ajoelhando-se e batendo no chão com os punhos.

    Pidgey não gostou muito. Suas penas incharam ao ponto de se parecer mais com uma bola de praia do que com um pokémon. O bico estalou algumas vezes antes dele avançar contra os treinadores, embora as chances estivessem claramente contra ele. Afinal, era uma pesquisadora autista, um menino com problemas de raiva, uma loira oxigenada, um moleque desmaiado e aquele-cujo-o-nome-não-importava VS uma galinha gorda. Não precisava ser muito inteligente para saber quem sairia vencendo… — A menos que ela não estivesse sozinha

 
"Os arranhões"

   Os olhos de Heiwas deslizaram pelo pokémon preso. Havia várias marcas provenientes das cordas, mas também uns padrões de três cortes vermelhos abertos estavam espalhados por todo o corpo da ave. Isso e a areia presa nas penas da cabeça do pássaro lembraram algo que a pesquisadora havia lido há muito tempo.

"Nós tivemos a sorte de achar esse carinha aqui há alguns quilômetros ao norte e achamos que seria uma boa ideia usá-lo para tirar o Pidgeot de sua toca. Meu nome é Ycaro, aliás."

  Foi o que ele disse. Era estranho encontrar um pidgey solitário. Encontrar um não apenas sozinho como também ferido era como procurar uma agulha no palheiro esperando achar um camelo. Não fazia sentido...

"Uma coisinha rechonchuda e gorda, asas curtas e penas igualmente sem graça. O típico pidgey de Lakeside Town."

    O espécime preso era magro com penas longas e asas compridas. Muito mais veloz que o tipo normal de Lakeside Town seria. Algo feito para ambientes rochosos e difícil sobrevivência.

—Está errado! —Pânico inundou a voz da autista —Ele não devia estar aqui. I-isso não é um pidgey!

—Do que você está falando? Tem pena, tem bico, voa e grita "Pidgey" —Respondeu a loira, imitando o que, na visão dela, seria um pidgey voando —O que poderia ser? Uma Miltank?

    Heiwas não deu ouvidos e pegou o passarinho, passando os braços firmemente em volta de sua forma agitada —Não! Miltanks não usam Fly e por isso não voam!

—Sério que foi isso que você tirou da conversa inteira? —Tony perguntou.

—Vocês não entenDEM! Eles não estão aqui para salvar o pidgey —Ela recuou alguns passos antes de praticamente gritar a frase seguinte —E bandos de Pidgeys fazem o possível para acabar com a ameaça! Eles matam a AMEAÇA! O que vocês capturaram não é um pidgey dessa região!

     O "nós somos a ameaça" não precisou ser dito quando algo disparou do céu contra eles. Como aviões de caças ou mísseis teleguiados, os pidgeottos e pidgeys caíram do céu. Asas fechadas contra o corpo roliço, garras afiadas para frente. Heiwas havia estudado essa posição em Swellows e Staravias, mas essa era a primeira vez que via tantos fazerem. Foi muito mais assustador do que ela se lembrava.

   A chuva de pássaros caiu sobre eles e não havia lugar para se protegerem. Tony levantou Ycaro e o suspendeu com um braço na tentativa de fugir, mas foi rapidamente barricado por um grupo de aves. Em determinado ponto o “Inominável”, vulgo Harry, escapou de perder um olho ao jogar os braços pra frente. Em vez disso as garras do pidgeotto se fecharam no antebraço e arrancaram sangue. Muito sangue. A loira, por sua vez, foi mais inteligente e puxou para batalha outro pokémon.

—Stunky, Smokescreen! — A pokébola se abriu com um barulho ruidoso. A luz vez eclodiu e se materializou no gambá roxo que foi rápido em abrir sua boca e expelir uma densa fumaça negra que rapidamente se espalhou por todo o campo.

—É cada um por si e Arceus por todos!

    Mas Heiwas não estava por si. O pássaro em seus braços sabia que estava grunhindo e murmurando, como se soubesse que estava para morrer e estivesse orando. A pesquisadora franzia a testa. Ela não ia deixá-lo morrer. Por isso no minuto seguinte ela estava desembestando pelo caminho estreito que cortava as árvores e levava para um pequeno riacho ali perto. As árvores ali perto eram magras e com galhos longos, o que dificultava a passagem das aves. Era a rota de fuga perfeita.
    Eles correram: a garota na frente abrindo caminho com uma mão e o tipo elétrico atrás, cuidando da retaguarda. Sol derrubou mais uma rodada de pidgeys com o Thunder Shock antes de escalar os ombros da treinadora. Estava cansado, arranhado e sem fôlego para atacar. Seria um problema se a velha ponte não estivesse a apenas alguns metros de distância.

—Aqui —Sem pensar muito Heiwas se escondeu embaixo dela, aproveitando a sombra e a madeira para esconder sua figura esguia.

   Ela sentou-se ali, respirando suavemente e orando para que eles não os achassem. Shinx saltou para o seu peito e escondeu a cabeça em seu pescoço, esfregando enquanto tremia. Heiwas o apertou contra si e alisou a cabeça, sussurrando e balançando-o para acalmá-lo.
   A tudo isso Pidgey assistia. Estava quieto, estava confuso e, acima de tudo, estava com saudades...

I - O Som do Vento Original

  A água do rio estava fria, mas Sol gostou. As mãos esfregaram seu pelo, alisando e tirando a sujeira. Heiwas estava cantarolando uma melodia, a mesma música que ela sempre cantava pra ele quando estavam pra dormir. Era suave e agradável e fez a mente do leãozinho vagar por lembranças quentes e calorosas.

—Shiinx —Ele sussurrou, sorrindo quando deitava a cabeça no colo dela e a deixava trabalhar em suas patas.

—Elas são muito macias —E sensíveis, ela emendou em sua cabeça. Muito sensíveis e frágeis —Você é muito pequeno.

  Solum assentiu, sabendo que ela não queria ser grosseira. Na verdade, a frase era muito mais significativa do que isso.

  Desde que se conheceram ele colocou como objetivo de vida proteger a humana. Ela era grande, maior do que ele, mas também era frágil. Era mal interpretada e subestimada, ficava confusa e ninguém parecia interessado em colocar a mão no fogo por ela. Precisava de um amigo, então ele escolheu que seria esse amigo.
  Entretanto ela sempre dizia que ele era pequeno. Tinha mais atitude do que poder, não era forte o suficiente sozinho e nem queria ser. Era alguém que ninguém daria uma segunda olhada. Heiwas o amou assim.

—Você vai crescer —“E você também” quis dizer, mesmo sabendo que ela não entenderia. Os olhos dourados se encontraram e ela sorriu.

—Pidgey! Pidg! —O pássaro atrapalhou, esguichando água em todos os lugares.

—Você parece bem melhor.

  E de fato estava mesmo. Sem a rede e livre o suficiente para se banhar sozinho no riozinho que corria embaixo da ponte, estava mais ativo do que antes, embora parecesse mais triste. Ficou bastante tempo quieto enquanto os encarava. Pensativo, até? Definitivamente abandonado.

   Heiwas entendia depois de tudo que tinha passado. Ele era um pária, alguém abandonado muito longe de casa e tratado como uma peste. De repente, se preocupou com o que poderia acontecer com ele caso voltasse a voar sozinho.

—Todo pidgey precisa de um bando. Vai morrer se não voltar para o seu —A ave lhe atirou um olhar sujo, ficando rapidamente com raiva —Não se vive sozinho. Vai contra sua biologia.

    Pidgey parecia querer mandar a biologia para aquele lugar, mas se recusou a agir como um ingrato. A ação foi apreciada quando a mão alisou as penas molhadas —Viver em comunidade é difícil, mas você não precisa ser solitário sozinho. Nós somos só um bando de rejeitados que querem provar o mundo, então, se quiser, podemos ser sozinhos juntos.

    A pokébola foi colocada diante dele, vermelho reluzindo na luz fraca. Agora, a história poderia ser contada de três formas diferentes, contudo apenas o ponto de vista do próprio pokémon voador importava e o que ele viu foram lembranças:

    Lembranças de outra pokébola, de outro treinador. Lembranças de gritos e maus-tratos e de suas fraquezas serem repetitivamente apontadas. Lembranças de nunca vencer ou ser útil, de voltar para seu bando e ser expulso por ser capturado. Coisas que esfaquearam seu coração e esmagaram sua alma.
    E havia essas lembranças. Esse dia. Ela e Shinx olhando para ele como igual. Da humana cuidando de seu parceiro como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.

    Pidgey não tinha confiança. Sua auto estima era zero. Estava quebrado. Mas a menina parecia gostar dele mesmo assim. Parecia querer ele em sua equipe. Ele perguntou-se quanto aquilo duraria, se seria para sempre ou ela finalmente veria o quão fraco ele era e o jogaria fora também. Ele não queria se machucar, mas talvez valesse a pena. Uma última tentativa?

    A pokébola se abriu e uma luz azul engolfou o corpo do pássaro e o sugou para dentro. A bola se fechou e girou, balançando de um lado para o outro, movendo-se com ferocidade enquanto a luz de seu centro piscava.

   Heiwas fechou as mãos em punho e esperou...
aqua


OFF:
I - O Som do Vento Rjoy79


Última edição por Heiwas em Sex Jul 12, 2019 2:27 pm, editado 1 vez(es)
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I - O Som do Vento Empty Re: I - O Som do Vento

Mensagem por Eric P. Haylock Seg Jul 08, 2019 3:28 pm

Atualização
Heiwas
Vou ser bem sincero que essa historia que você tramou pra sua primeira postagem na rota foi uma das melhores que eu li nos últimos dias. Você foi criativo, conseguiu desenvolver uma história muito bem feita e ainda não deixou de lado o conhecimento e experiência de sua personagem de lado, fazendo que ela honrasse o nome de uma pesquisadora. A história de Pidgey me deixou chocado com a originalidade, além de ser um Pokémon que foi abandonado, não era um Pokémon local e por isso foi visto como uma ameaça. Toda a construção da sua história me deixou mais curioso e com vontade de ler cada paragrafo, tornando os erros ortográficos inofensivos que você fez durante a postagem serem totalmente ofuscados por uma trama deliciosa de se ler, parabéns! Espero que continue assim, me apaixonei por Heiwas, seu Shinx e agora, o seu novo companheiro: Pidgey!

PRÊMIO
+2 Níveis (Base) [Shinx];
+2 Níveis (Desafio) [Shinx];

I - O Som do Vento 403
Shinx subiu ao nível 9 e aprendeu Charge.
I - O Som do Vento 016
Pidgey foi capturado de forma amigável e encontra-se no nível 8.
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I - O Som do Vento Empty Re: I - O Som do Vento

Mensagem por Heiwas Sex Jul 12, 2019 2:16 pm

Eventos Anteriores: escreveu:Heiwas foge de casa e acaba se metendo em uma guerra de pidgey, onde captura seu novo companheiro. Agora ela está fugindo do resto do bando enquanto tenta encontrar um caminho para a cidade de Lakeside Town.



 
Batalha no Quintal


  Faz meia hora que a ponte na qual estavam abrigados deixou de ser segura. Parte porque ela estava prestes a cair e parte porque a frequência com que Heiwas via pássaros no céu tinha aumentado drasticamente. Então entre ficar e enfrentar a ira de um exército de pidgeys e sair para se perder no inferno de mato que era os arredores de Lakeside Town, não foi preciso muito para saber qual era o caminho mais seguro.
   Assim, aqui estavam eles, seguindo pelo caminho de areia estreito, se perguntando quando voltariam para civilização. O calor de duas da tarde era excruciante, principalmente porque os aventureiros tinham perdido a hora do almoço e todo mundo sabe que a fome faz tudo pior. Mesmo assim eles prosseguiram mata adentro, subindo pelo caminho de areia estreito e lutando contra as folhas grandes, fibrosas e irritantemente resistentes. Bem, Shinx ia provar quem era mais irritante.

—Que tal Illium? É um nome original e difícil de ler.

Isso se sua treinadora não o enlouquecer primeiro.


Pidgey pareceu pensar o mesmo quando bufou de irritação.

—E Torki?
—Pi!
—Lorium?
—Pi!
—Calum?

  Pidgey olhou para a garota, se perguntando por que ela estava tão obcecada com nomes terminados em "um". Seu aborrecimento pareceu vencer a curiosidade e ele golpeou o rosto infantil da menina com a asa direita antes de alçar voo.

—Aonde você vai? Precisamos decidir um nome —A garota falou, franzindo a testa enquanto apertava uma pokébola em sua mão esquerda —Estudos provam que um nome aumenta a ligação entre um treinador e seu pokémon. Pessoas como o Top Coordenador Ruby atestam a veracidade dessa prática. Então, você precisa de um nome!

    Pidgey claramente não precisava de um nome. Ela podia ir para o inferno com essa ideia! Ele não dava à mínima!  Claro, ela não entendeu o que eles estavam falando, Solum ficou rapidamente escandalizado com a declaração o que, mais uma vez, gerou uma fúria mal contida do pássaro. Ele mandou o gato para aquele lugar, grunhiu uma última vez e sumiu por cima das árvores, deixando os dois para o matagal.

—Peregrin?

   Shinx gemeu.

I - O Som do Vento Original

     Não muito tempo depois Peregrin voltou. Tinha uma expressão estranha no rosto, embora parecesse animado. Eles seguiram sua liderança o que os levou a encontrar a primeira construção que haviam visto em horas.
      Muros antigos, feitos de enormes pedras grossas, cercaram o que só poderia ser descrito como a cabana do terror porque, claramente, trouxe uma sensação de medo para a pesquisadora. A pokébola nas mãos dela rangeu.  
    Era feita de madeira e tinha um telhado de barro, possuía portões de ferro enferrujado e uma varanda com algumas plantas. Não abandonada ou deixada para apodrecer, mas, definitivamente, não amigável.  Havia armas: facões, espingardas e redes de caça bem a amostra nos fundos do quintal. Heiwas não se importou com isso. Ela precisava de informação e a pessoa que morava ali poderia apontar o caminho certo para a cidade, então, ela fez o mais óbvio…

—Devemos ignorar o fato de que pode haver um assassino aqui —Disse, balançando em seus calcanhares —E pedir informação.

  Ela liderou com o rosto em branco e o corpo todo tremendo. Shinx acompanhou de perto, quase grudado nos calcanhares, enquanto Pidgey usava o ombro como poleiro. Como o portão não estava aberto e os muros eram baixos a garota simplesmente pulou —mesmo que ela estivesse totalmente consciente de isso era uma violação de propriedade — e seguiu para bater na porta da frente.

Toc toc toc

—Com licença! Estamos perdidos e precisamos de informação! Oi!

Ótimo, porque você também não diz que tem dois pokémon fraco e está totalmente indefesa também? Melhor ainda, podemos fazer uma lista de como nós somos as presas perfeitas para qualquer maníaco que escolha morar em uma floresta!

   Peregrin resmungou, no entanto suas reclamações caíram em ouvidos surdos quando a atenção da menina mudou-se da porta para uma tigela no chão da varanda. Na verdade eram duas, uma de água e outra de comida. Ração para pokémon. Para pokémon cachorro —Heiwas sabia disso pois Blue sempre usava aquela mesma marca para alimentar a Arcanine dele.

—Isso foi uma má ideia! —Ela declarou monotonamente até que, de repente, como se esse fosse um sinal, um rosnado soou. Alto e vicioso, feito por uma fera que há muito anseia por sangue. Algo que tem dentes fortes o suficiente para mastigar sua carne, pelo azul denso para proteger de ataques e, aparentemente, usa uma coleira rosa choque com as iniciais TK —Corram!

  E correr foi o que fizeram quando o Herdier atacou, os dentes errando por milímetros a perna da menina. Apressaram-se em uma corrida desesperada, visando os muros da parte de trás do quintal. O cão era lento, mas persistente e a menina cogitou, por exatamente cinco segundos, virar e saltar pela direita antes de descartar a ideia. Não haveria tempo. Principalmente porque meio segundo depois o cão de caça estava se jogando em suas pernas e derrubando-a no chão.
  Ela arfou, o ar sendo tirado de seus pulmões quando atingiu a grama. A pokébola saiu rolando da sua mão esquerda, o que foi pior do que a queda em si. Algo bufou em seus ouvidos, respirando em seu pescoço com intenção sanguinária. Os gritos ficaram mais alto. O coração bateu mais rápido. E o cão mordeu.

   
—Pidgey!!!

  Os dentes se fecharam no ar quando pidgey arranhou os olhos do cachorro. Ele voou e deu uma volta completa no céu antes de mergulhar com velocidade contra o lado do cão, fazendo-o cair de cima da jovem. Heiwas aproveitou a distração para apanhar seu pertence e se levantar.

—Peregrin!

   As pastas do tipo normal se aterraram no chão, seu peito se estufou e a cabeça golpeou o ar. O chão tremeu levemente quando uma esfera de energia surgiu na frente da mandíbula.

—Saia daí!

   A bola foi disparada, indo com velocidade para o pássaro. A jovem se jogou contra a ave e derrubou os dois no chão, deixando que o ataque passasse zunindo por cima deles. Herdier grunhiu e rosnou, aproximando-se com fúria dos dois e foi, exatamente nesse momento, que um raio cruzou o espaço entre eles e atingiu o canino em cheio.


I - O Som do Vento 403MSBatalhaI - O Som do Vento 507MS
 

       Solum entrou em campo, ou melhor, ele já estava lá. As pernas abertas, a cabeça abaixada como a de um predador e os olhos brilhando em um dourado vivo, como duas bolas de fogo. Herdier recuou um pouco, sentindo-se tremer e, definitivamente, ficando um pouco intimidado (Intimidate) com a ferocidade apresentada em um pokémon tão pequeno. Mas o cão não era um pokémon de caça à toa e rapidamente superou seu medo para enfrentar o felino com um Tackle.
     Seu corpo volumoso apressou-se contra o menor. As patas levantando areia com a velocidade.

—Contra ataque com Tackle! —Gritou Heiwas, se recuperando da queda e se animando com algo que ela conhecia bem.

     Solum não hesitou quando se lançou contra o cachorro, interceptando-o com sua própria investida. As cabeças se bateram e, apesar do corpo do Herdier ser maior, Solum venceu a rodada de força por causa do enfraquecimento do golpe causado pela habilidade do tipo elétrico.
    Herdier pareceu pensar assim também, pois seus olhos logo começaram a brilhar com o Leer. olhos negros rapidamente ficando vermelho, a carranca bem ensaiada se aprofundando no rosto do caçador. Isso apenas ajudou a lembrar ao Shinx que os dentes daquele cachorro era muito maior do que os seus.

—Vamos tentar com um ataque diferente! —A garota gritou, recebendo um assentimento da parte do lutador. Shinx vibrou, o ar ficando muito denso a sua volta antes da energia ser liberada com um raio azul. O Thunder Shock atingiu o inimigo em cheio —Não é o suficiente para derrubá-lo! Solum, carregue as baterias!

     Carregar era o que Heiwas chamava o Charge. Parecia um nome muito bom na opinião do gato azul.
     Eletricidade faiscou ao seu redor, a estrelas em seu corpo brilharam, captando elétrons do meu externo. A pesquisadora ainda não havia descoberto como o ataque funcionava: se o pokémon tirava energia armazenada em seu corpo ou convertia o ar a sua volta em eletricidade. Talvez um pouco dos dois, pois o próximo ataque elétrico tinha sua força dobrada.
    Herdier pareceu confuso ao ver a presa imóvel. Ele com certeza atacaria se não fosse do tipo cauteloso. Então, ao invés disso, deixou o nariz brilhar em uma luz verde clara. Farejou o ar com Odor Sleuth, sentindo a presença pesada de eletricidade no ar, e depois se apressou para abocanhar o Shinx com um poderoso Bite.

—Shinx! —O filhote gritou, interrompendo o Charge, quando sentiu a força dos dentes em sua costela. O cão chacoalhou-o como se fosse um brinquedo de mastigar.

—Sol! —A adolescente fechou as mãos em um punho, tremendo. Seus olhos brilharam com a luz do sol —Leer!

    A estrela da cauda do leãozinho golpeou sem pena o olho do vira lata. Assim que esse o soltou, Sol virou-se e encarou com raiva o inimigo, fazendo-o recuar com a mudança abrupta de atitude e, assim, baixando a defesa inimiga. Herdier rosnou com raiva, mas hesitação brilhou em seus olhos.

—Mais uma vez! Carregue e dispare!

      Sol começou a usar o Charge de novo e mais uma vez o Herdier também tentou encontrar outra brecha para interromper o ataque. Odor Sleuth brilhou, Charge reluziu, e os segundos se arrastaram. A questão era quem terminaria primeiro…
    Foi o tipo normal que passou para o próximo movimento mais rápido. As pernas ficaram firmes, o corpo endureceu e ele fez a jogada característica de cabeça. Heiwas estudou com precisão o golpe, passando por sua memória todos os movimentos que havia visto. Era apenas quando a esfera verde brilhante surgiu que ela sacou o que era aquilo.

 
Um poder misterioso se surge do próprio corpo do pokémon. Está intimamente ligado ao individuo e por isso cada ataque varia em tipo para cada pokémon. Um ataque especial bastante forte!

—Agora! Contra ataque o Hidden Power com Thunder Shock!

    Sol nem discutiu quando a energia armazenada saiu de uma vez de seu corpo, afinando-se em um raio azul intenso que atingiu a esfera verde. Ambos os ataques colidiram e explodiram em uma nuvem de fumaça branca.

—Aproveite a brecha! Tackle!

    Shinx atacou com um empurrão, aproveitando a fumaça para encobrir seu corpo esguio. A força do impacto jogou-o cachorro para trás, mas esse se recuperou com certa rapidez e travou os dentes no pelo do elétrico em retaliação. Os dois pareciam bem cansados, embora nenhum deles estivesse disposto a desistir.

—Solum! —Heiwas gritou, jogando o braço para o lado. Peregrin xingando em apoio —Thunder Shock!

    Ele utilizou o resto do que tinha para disparar um último raio. Estando tão próximos e com a determinação do elétrico, aquilo foi o suficiente para eletrocutar o Herdier.
    O tipo normal caiu no chão com o corpo mole, desmaiado. Shinx grunhiu e chiou em alegria, correndo para os braços de sua treinadora…

     
Fim da Batalha


—Você fez muito bem, Sol —Ela falou, balançando-o como um bebê em seus braços. Após a batalha eles tinha se retirado rapidamente e agora pareciam finalmente estar perto de chegar à cidade —Foi uma boa luta.

   Claro, a menina não estava olhando nos olhos do gato. Ela nunca olha pra alguém quando fala. Mas havia orgulho em seu tom e isso foi o suficiente para ele.

—Pidgey! —O pássaro reclamou, revirando os olhos tão fortemente que a garota pensou que cairiam.

—Tudo bem, Peregrin —A menina falou, monótona, parecendo uma boneca de vidro falando —Você terá a sua chance de se provar…

—Pidg! —A ave gritou, perdendo a paciência. Ele esvoaçou ao lado dela e apressou-se em sair dali, grunhindo com raiva todo o caminho. Afinal, que diabos de nome é Peregrin?

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Mensagem por Sammy Sex Jul 12, 2019 5:48 pm

Atualização
Heiwas
Eu gosto de como você narra os acontecimentos da rota com humor, ironia e algumas pitadinhas de sarcasmo. Você faz com que o leitor se sinta em um desenho animado, é inocente e é cômico. Sua aventura está se mostrando um clássico com artifícios que conseguem prender o leitor no original Mundo Pokémon. As cores, a narrativa, os Pokémons e a Personagem são de tirar o fôlego. As emoções bem descritas trazem mais força ao texto, fazendo com que nos apaixonemos pelos personagens lendo tão pouco sobre cada um deles. É a Jornada Pokémon clássica, fofa, bem descrita, com uma narradora potente e esforçada. Parabéns.
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I - O Som do Vento 403
Shinx — 70%Muito Bem
Shinx recebeu 2 Níveis indo ao Nível 11. Ele aprendeu Baby-Doll Eyes.
I - O Som do Vento 016
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Mensagem por Heiwas Ter Jul 16, 2019 11:20 am

Acontecimentos Anteriores: escreveu:Heiwas enfrenta um bando de Pidgeys e captura seu primeiro pokémon, após isso se perde nos arredores de Lakeside Town, onde enfrenta um Herdier e finalmente encontra o caminho de volta para o centro da cidade. Acima de tudo isso ela está sendo procurada por fugir de casa.

Tudo por uma Alma


Ela está de volta de onde começou. Depois de ser perseguida por pidgeys, se perdido nos arredores de Lakeside Town e lutado contra um cão de caça em uma cabana abandonada, eles finalmente chegam onde deviam estar a oito horas atrás: o Centro Pokémon.

O oásis dos treinadores. O teto para a cabeça do viajante. O alívio para todos os pokémon doentes. Heiwas já ouviu falar muito desse lugar – e também fez a sua própria pesquisa sobre. Ela sabia que as Enfermeiras Joys estavam todas aparentadas, de alguma forma, e que, no decorrer dos anos, houve constantes lutas políticas e sociais para que outros médicos pudessem atuar como uma “Enfermeira Joy”. As disputas são travadas até hoje, embora muitas mulheres já trabalhem em Centros Pokemon com a condição de que usem o mesmo penteado das pioneiras. O mais interessante é que o Centro Pokémon estava intimamente ligado ao Ginásio que tinha o dever de mantê-lo funcionando com o dinheiro arrecadado dos treinadores, o que, na visão de Heiwas, era algo bem pensado, já que quanto mais famoso o Gym mais treinadores atraía e mais dinheiro o Centro recebia para atender esses treinadores. Os Centros de cidades pequenas eram mantidos pela própria Elite dos Quatros e cabia ao Campeão resolver essas questões. Pelo menos era assim que funcionava em Kanto e era isso que a jovem aprendeu com Blue. Em Aurille, entretanto, já era outro sapato.

Assim aqui estava Heiwas, na sua primeira visita a um Centro Pokémon. Sua primeira impressão? Poderia ser mais escuro.

A iluminação era forte e incomodava os olhos sensíveis da garota, embora fosse tolerável. Peregrin, empoleirado em seu ombro, olhava com cansaço pra tudo, agindo como não fosse a sua primeira vez ali —o que era um comportamento estranho para um pokémon que a pesquisadora capturou no meio selvagem. Ela arquivou o fato na cabeça e continuou andando na direção do balcão, ainda segurando o pequeno Shinx em seus braços.

—Oi, como posso ajudá-la? —Uma mulher perguntou. Ela usava o uniforme característico de sua profissão e tinha olhos incrivelmente azuis —Você está bem?

Heiwas sabia que deveria responder, no entanto não conseguiu, ao menos, formar uma única boa resposta. Ela ficou entre pedir para a moça repetir a pergunta ou simplesmente dar o fora dali o mais rápido possível. Começando a balançar em seus pés, deixou seu olhar correr por todas as coisas à sua volta, tentando manter a sua concentração em qualquer coisa que não fosse essa conversa. Um minuto depois e com um suspiro, ela estendeu o Shinx para a mulher, segurando-o na frente dela antes de falar uma só palavra: —Cure.

—Está bem —A enfermeira sorriu, docemente.

A mulher chamou uma Chancey e lhe pediu que trouxesse uma maca. O procedimento padrão seria pegar as pokébolas, porém a adolescente tinha negado veemente retornar o tipo elétrico para sua esfera. Tudo bem, não era da conta dela as loucuras dos treinadores que atendia. Se tem uma coisa que a enfermeira aprendeu todos esses anos é que não se discute com doido. “Quero ver o que ela vai fazer quando esse bicho evoluir e ficar muito grande pra uma maca”.

Heiwas estava no meio de tentar convencer o Pidgey de que ele precisava ir também quando o burburinho começou.
Sussurros e olhares rápidos e desconfiados foram atirados na direção da jovem. A adolescente percebeu, como sempre, e, como sempre, deixou que as pessoas falassem dela pelas costas. Aquela não era a primeira vez que alguém agia como se ela tivesse infectada com algum tipo de doença incurável e, muito menos, que eles a olhavam como se fosse alguma espécie rara de animal no zoológico. Entretanto, aquela era sim a primeira vez que seu autismo não era a única coisa mencionada.

A Enfermeira Joy, por outro lado, parecia surpresa quando outra enfermeira a chamou pra conversar. Heiwas não sabia o que estava acontecendo, no entanto podia sentir que algo ia dar muito errado. Era como se ela tivesse acabado de perder um ente querido, uma angústia inexplicável que aparentemente veio do nada. Heiwas não se lembra de um tempo que havia sentido algo assim antes.

—E-Eu mudei de ideIA! —Gritou, estendendo os braços para o gato.

—Desculpe, mas será apenas um minuto —A outra mulher, aquela que estava falando com a enfermeira, falou, sorrindo falsamente. A adolescente podia ver em seus olhos. Não seria apenas um minuto.

—Eu não quero! —Gritou, agarrando a maca com mãos trêmulas —Devolva!

—Não podemos devolver algo que não é seu, jovem —Respondeu ríspida.

Heiwas parou, não acreditando no que tinha ouvido. Eles achavam que Solum não era seu? Isso não fazia sentido! Shinx era dela, então por que alguém diria o contrário?
Vendo a falta de reação da garota a mulher resolveu dar permissão total para que a sua ajudante levasse o pokémon.

—Vamos esperar a polícia chegar. Se você for a treinadora do Shinx de verdade não vai ter problema nenhum em explicar o porquê de você está sendo taxada como Procurada pela polícia de Lakeside Town —E como uma imagem fala mais que mil palavras, virou a tela do computador para a menina e levantou as sobrancelhas em um claro sinal de: "isso não é algo que você possa explicar".

Os olhos dourados piscaram para a imagem no computador. Era ela!
Havia uma foto sua de quatro anos atrás com grandes e vermelhas letras. O Procurado se destacava bem contra o fundo em branco, fazendo os olhos amarelos e o sorriso meio zombeteiro parecessem mais malicioso do que era na realidade. Era essa foto que estava circulando pelas redes sociais. Pelo menos, agora as coisas estavam fazendo sentido.

—Eu não roubei! Não roubei! —Afirmou eloquentemente. Peregrin quase ficou impressionado com as habilidades nata de comunicação de sua parceira. Eles não tinham tempo pra isso! —Eu não sou procurada por roubo! Meus pais que colocaram ISSO AÍ!

—Não foi isso que a outra enfermeira me contou. Ela disse que você assaltou a casa dos Evergreens há quatro dias.

O problema estava aumentando muito rápido e tudo que Heiwas estava fazendo era ficar cada vez mais nervosa. Um sorriso nervoso tinha se instalado no rosto pálido e as mãos apertavam com tanta força uma pokébola que estava fazendo o pobre objeto estralar. Acima disso tudo estava à multidão de pessoas que se formou para assistir a confusão. Como um bando de abutres, elas conversavam e sussurravam entre si, se deleitando com a confusão e o medo da garota.

—Acredite em mim! E-eles não queriam que eu fosse embora. Acredite em mim, meus pais que fizeram isso! P-por favor! —Ela implorou, lágrimas começando a surgir nos cantos dos olhos —ELE É MEU!!!

—Olha, garota, eu só sei que alguém está mentindo e se não foi você então… —A mulher deu de ombros, indiferente ao estado da menina. Ela já havia tido anos de experiência com delinquentes e esse tipo de ato nunca a conquistaria —Sou eu e eu te garanto: eu não sou uma mentirosa. Agora vá se sentar e espere até que a…

—Não! Não não não não não não... —Ela gritou, as mãos subindo pra puxar o cabelo. Isso era mau. Muito mau. Não era para ter acontecido. Shinx é dela! Dela! Eles não podiam levá-lo pra longe —Eu não vou pra lugar nenhum sem ele!

A menina se jogou contra o balcão, as mãos içando seu corpo para deslizar por cima do móvel de madeira. Os pés tocaram o chão com uma destreza incomum para ela e os braços subiram para derrubar as coisas perto do computador ao mesmo tempo em que Pidgey batia as asas com força para fazer os papéis da impressora saírem rodopiando na direção da mulher, causando confusão o suficiente para eles saírem pela porta dos fundos.

Ela entrou na próxima sala com um estrondo e depois seguiu correndo pelo corredor largo, desviando das Chanceys e dos outros médicos em seu encalço. Peregrin ia destruindo e derrubando tudo que visse à sua frente para ganhar tempo para fuga. Em determinado ponto ele mergulhou contra uma porta de vidro com o Tackle e a espatifou, jogando cacos de vidro em todas as direções.

—Pidgey! —Grunhiu.

Ambos deslizaram até parar na frente de uma porta de ferro. Havia uma placa escrita “Exit” e uma chave estava presa a porta. Ela não pensou nisso quando girou a chave e saiu para a rua, respirando profundamente antes de lançar o chaveiro no telhado de uma casa. A porta de ferro trancou-se atrás de si com um click que soou muito alto aos ouvidos de Heiwas —Espero que não seja tarde demais...


“A Enfermeira Joy, por outro lado, parecia surpresa quando outra enfermeira a chamou pra conversar. Heiwas não sabia o que estava acontecendo, no entanto podia sentir que algo ia dar muito errado. Era como se ela tivesse acabado de perder um ente querido, uma angústia inexplicável que aparentemente veio do nada. Heiwas não se lembra de um tempo que havia sentido algo assim antes.”


“ —Não foi isso que a outra enfermeira me contou. Ela disse que você assaltou a casa dos Evergreens há quatro dias.”


“—Olha, garota, eu só sei que alguém está mentindo e se não foi você então…”


—Ladra!

Heiwas arfou, com o rosto vermelho do esforço. Uma figura virou a esquina, há alguns metros de onde estavam, deixando para trás uma peruca rosa. Peregrin seguiu o movimento com os olhos antes de mergulhar atrás do ladrão, perdendo de arranha-lo por questões de segundos.

—Pìdg! —Gritou de frustração.
—Vamos!

Eles correram atrás da pessoa que se movia tão rápido quanto uma sombra. Era uma garota, pelo que Heiwas podia enxergar. Tinha longos cabelos negros e era, definitivamente, bem mais alta que a pesquisadora. Se movia com inteligência e rapidez, mesmo que estivesse correndo em um salto de sete cm.
Seguiram ao longo da Av. Black Horsea e viraram na direita antes de seguir pela esquerda, costurando pelo centro da cidade, onde há muito mais movimento que a periferia. Como Lakeside Town era pequena suas ruas eram desertas e os becos largos e escuros. A ladra se enfiou em um desses becos, exceto que este tinha uma grande grade de metal que se estendia, facilmente, a mais de 2 metros acima. Não foi um problema para a morena.

Ela amarrou o saco que carregava no cinto. Tanto o cinto como o saco pareciam ser resistentes, pois ambos aguentaram o movimento que a garota fez ao subir e os movimentos que viam da própria bolsa de pano. Heiwas foi atrás, mas sabia que nunca a alcançaria assim —a outra já tinha aterrissado do outro lado e agora andava zombeteiramente na direção de um caminhão que havia estacionado no final do beco.

—Adeus, menina burra!
—Peregrin! Pare ela! —Heiwas gritou, presa em cima da grade.


O pássaro não perdeu tempo e investiu contra a menina de olhos vermelhos, essa também não vacilou e tirou uma pokébola de sua jaqueta de couro. A esfera se abriu e uma gata rosa com enormes orelhas entrou na frente da menina só para aparar o dano...

I - O Som do Vento 016BatalhaI - O Som do Vento 300MS

—Você é um inseto muito insistente! Skitty, Fake Out!
—Peregrin, Sand Attack!

Skitty não se moveu quando Pidgey mergulhou em sua direção, asas bem abertas e anguladas para levantar poeira. A gata esperou até que ele estivesse ao seu alcance e, como se batesse palmas, atacou com Fake Out. A força do movimento empurrou o ar contra a ave, desestabilizando o equilíbrio e atordoando-o, impedindo-o de atacar.

—Pegue ela!

—Growl!


Peregrin deu a volta antes de mergulhar para uma investida. Ele acertou em cheio a cabeça da gata e rapidamente alçou voo, ouvindo os gritos de fúria do inimigo.

—Pidg!

A ave deixou-se embalar em uma brisa calma enquanto usava seus afiados olhos para analisar o campo de batalha. Heiwas ainda estava presa nas grades. Abaixo dela o beco era largo, embora as paredes que subiam altas dos dois lados dificultassem as manobras aéreas do Pidgey. Pelo menos havia algumas lixeiras em pé por ali. Vai ter que servir.

—Nós só temos dois ataques! Então improvise! —Heiwas gritou, tentando tirar o pé que estava preso.
—Patético —A outra respondeu com um sorriso debochado —Foresight e Tackle!

Pidgey fez o que ele achava o certo. Suas asas se fecharam e ele usou a gravidade para puxá-lo para baixo. Os segundos rolaram em sua cabeça, estimando qual seria a hora certa de planar. Enquanto isso Skitty assistia com a testa franzida em concentração. Uma luz vermelha se projetou de seus olhos e iluminou brevemente a silhueta do Pidgey que atacou com Tackle.
Depois disso foi tudo uma questão de ataque e contra ataque. A gata rosa se jogou contra o pássaro em outro Tackle bem mirado e Peregrin teria escolhido se esquivar se Heiwas não tivesse gritado: —Você está na mira dela! Revide! —Então ele revidou com seu próprio ataque, batendo cabeça com cabeça.

—Nada mal, mas está na hora da criança dormir. Sing e Hidden Power!
—Se ela cantar nós perdemos! Sand Attack!

Keen Eye estava em pleno funcionamento. Peregrin podia ver os melhores ângulos a percorrer, mas não havia um jeito de fugir do Sing. Ele tinha que impedi-la de cantar.
Dando um rasante de lado, deixou a asa esquerda encostar levemente contra o solo, jogando areia e levantando poeira. Ele girou entorno da gata enquanto essa estufava o peito e se preparava para cantar. A nuvem de poeira e areia ia aumentando conforme o movimento e Skitty já estava tossindo com a quantidade de sujeira que engoliu ao respirar.
Ela estava ofegante e cansada do esforço, mas teve força o suficiente para gerar uma bola de energia azul e branca. Heiwas já havia visto aquele movimento. As pernas abertas, a cauda ereta e a cabeça jogada pra cima. A esfera surgiu na frente da boca e foi disparada com velocidade contra o pássaro, atingindo-o em cheio.

—PIDGEY! —O Pidgey foi jogado longe e rolou todo o caminho até bater em uma parede.

—Não! —Heiwas correu, os pés finalmente no chão (apesar de que um pedaço de sua saia estava faltando) —Peregrin!

—Demorou mais do que eu pensava! Vamos acabar com isso. Tackle!

—Skitty!

Skitty moveu-se para acertar o pássaro, no entanto esse, abrindo os olhos, girou para a direita e pôs-se de pé, esquivando-se com um giro da felina. Ao invés de voa ele aproveitou-se de sua posição e atacou com um Tackle, acertando as costelas da inimiga.

—Finalize! —E ele de fato finalizou. A corrente de ar perfeita o arrastou para cima e, com uma cambalhota, deixou-o cair. Ele raspou as garras no chão antes de se jogar na gata, atirando-a, desmaiada, contra uma parede…

Fim da batalha

—Muito bem, querida. Mas você é mais estúpida do que pensei se pensa que vou desistir só porque me venceu —Ela riu, retornando o pokémon com um sorriso de merda no rosto.

Jogou o saco no caminhão e já ia subindo quando Heiwas se agarrou a ela, derrubando ambas na areia. As duas brigaram com a menor puxando duramente o cabelo da outra e a de olhos vermelhos tentando fechar as mãos envolta do pescoço fino de Heiwas.

—Você. Não. Vai. Lugar. Nenhum! —Com cada palavra ela socava, ou tentava socar, a mulher que estava fazendo de tudo para derrubá-la.

—Não é você que decide, criança! —E ela sorriu. Um sorriso ensanguentado, mas satisfeito.

Heiwas percebeu tarde demais que o caminhão estava começando a se mexer. O automóvel tremeu, a buzina soou e a porta automática começou a se fechar. Antes que a jovem percebesse ela estava subindo em cima do monstro de ferro e se esgueirando na escuridão. Ela mal notou Peregrin seguindo seus passos, sua atenção totalmente voltada para frente.
Gaiolas e mais gaiolas estavam empoleiradas umas sobre as outras e o saco onde seu amado Shinx estava residia no final do baú, muito além de todo aquele mar caixotes. Havia, entretanto, uma que era muito maior que as outras. Uma coisa feita de ferro fundido e cujas grades eram tão grossas que fez a pesquisadora se perguntar o que diabos estava preso ali.
A porta se fechou atrás deles, um rugido visceral ecoou por todo o baú e olhos sanguinários se abriram no interior da jaula...

—Merda…


Continua...
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I - O Som do Vento Empty Re: I - O Som do Vento

Mensagem por Sammy Ter Jul 16, 2019 2:52 pm

Atualização
Heiwas
Essa aventura nos mostrou mais ação, mais seriedade, mais emoção. Um grande passo para uma personagem tão exótica como Heiwas. A narrativa afobada nos momentos cruciais desta trama fizeram um cenário corrido e emocionante, trazendo momentos de frenesi para o leitor. Realmente bem pensado.

Recomendo que releia as suas histórias antes de posta-las. Houve alguns erros por falta de atenção, mas nada que fosse grave.
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Shinx recebeu 2 Níveis por conta do "Desafio — Novata", chegou ao Nível 13. Ele aprendeu Spark.
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Pidgey recebeu 4 Níveis por conta do "Desafio — Novata", chegou ao Nível 12. Ele aprendeu Gust.
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Recebeu 1+ Ponto no "Evento — Prelúdio da Tormenta". Parabéns.
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Mensagem por Heiwas Qua Jul 17, 2019 1:07 pm

Capitulo Anterior: escreveu:No último capitulo Shinx é roubado e jogado no baú de um caminhão enquanto que Heiwas, na tentativa de recuperá-lo, acaba presa no mesmo caminhão.


Tudo por uma Alma II



Estava escuro, quase fantasmagórico. A única luz presente era a de uma lâmpada led pendurada no teto do baú do caminhão e cuja fiação era uma confusão de fios abertos e mal instalados. Feixes de luz caiam sobre a madeira ou refletiam o metal das jaulas espelhadas por todo o ambiente fechado, se estendendo e retraindo conforme o movimento do caminhão, fazendo as sombras dançarem a sua volta, como se estivesse viva. Era em uma dessas jaulas que residia todo o problema.
As íris vermelho sangue brilharam maliciosamente contra a escuridão. Sem pupilas, eram como dois buracos ocos que não escondiam nem alma nem inteligência. Uma criatura pouco consciente que, Heiwas poderia muito bem dizer, passava seus dias chiando e atacando as grades, andando viciosamente de um lado para o outro sem nunca conhecer uma luz maior que a daquela lâmpada. Era assustador, era apavorante, era um predador e era Heiwas que estava no final daquele olhar sanguinário.

—Pi…
—N-n-não se mexa —Ela levantou a mão esquerda apenas para reforçar a ordem.

Pidgey parou em cima de uma gaiola enquanto a garota seguia lentamente na direção do saco de pano que estava se mexendo loucamente perto da grande prisão de ferro —aquela em que a fera que não parava de olhar para a garota estava. Bem, pode parecer loucura, mas Heiwas tinha certeza que ela a estava seguindo com o olhar. Seja se subisse ou descesse, se andasse para direita ou esquerda, o olhar parecia nunca sair das suas costas.
Quando finalmente alcançou a bolsa resolveu, por precaução, olhar para trás. Surpreendentemente os olhos vermelhos estavam fixos em um ponto na parede à frente dele. Voltando-se para frente sentiu o mesmo arrepio de antes subir sua coluna e a sensação de estar sendo observado caiu sobre ela novamente. Suas mãos tremeram enquanto desatava o nó e liberava seu amigo. Shinx gritou feliz e se jogou em seus braços assim que os olhos dourados viram o cabelo branco. Heiwas abraçou-o perto e respirou profundamente, tentando ignorar a vontade de chorar e/ ou vomitar.

—M-me desculp-pe. Eu…

Uma explosão a interrompeu. O caminhão todo pareceu tremer, mesmo que fosse apenas uma impressão da menina assustada. Fumaça saía da gaiola maior, a criatura lá dentro sumiu de vista e todo o sangue escorreu do rosto da garota quando percebeu que o bicho fugiu —Eu não entendo.

Ela deixou seu amigo no chão e se aproximou para inspecionar as barras de ferro. Estavam mastigadas e arranhadas, mas ainda de pé. Fortes e firmes como se nada nem ninguém pudessem passar por elas ou derrubá-las. Era pra ser um consolo, mas acabou por fazer o estômago de Heiwas embrulhar com horror.

—Onde ele está?

BAM!

Uma esfera roxa do tamanho de uma cabeça atinge as barras e explode, fazendo Heiwas tropeçar e cair. Uma fumaça fina paira no ar por um tempo antes de outra esfera atingir o mesmo lugar que a anterior. A coisa toda geme e o caminhão sacoleja com a força do ataque. O desespero toma conta da pesquisadora quando ela percebe exatamente o que está acontecendo.

—Solum, Thunder Shock!

Atacar pode não ter sido a melhor escolha —devido ao pequeno detalhe de que estavam em um caminhão em movimento e qualquer coisa podia destruir o baú do veículo e o jogarem no asfalto abaixo —, mas que outra coisa se pode fazer quando se tem um monstro tentando se libertar. Shinx carregou e disparou, entretanto ao invés do raio passar entre as grades, o metal o conduziu e o espalhou uniformemente por toda a jaula, mantendo a criatura dentro protegida. A clássica Gaiola de Faraday —Eu odeio física!

Heiwas gritou, cansaço das últimas horas moendo seus ossos. Lá dentro a criatura continuou atacando, disparando mais daquelas bolas sombrias e se jogando contra a gaiola. Parecia que a criatura nunca teria sucesso até que, subitamente, a lâmpada se apagou e som de ferro sendo torcido ecoou por toda a parte.

—Ataquem! Ataquem! Ele escapou!

Thunder Shock iluminou tudo por um segundo o que deu tempo o suficiente para Heiwas pegar o vislumbre de bege e dourado atrás de si. Ela caiu no chão na mesma hora que garras passaram zunindo pela sua cabeça. Shinx tomou outro segundo para acertar o monstro.

—Grrrrr! —A criatura grunhiu, os olhos duas fendas vermelhas, distraída pelo par à frente. Grande erro.

Peregrin investiu contra ela e a empurrou contra um caixote de tamanho médio. As asas rapidamente bateram para trás e o tirou do alcance dos dentes da fera. O caminhão pareceu fazer uma curva violenta para a direita e todo mundo deslizou para esse lado; uma gaiola quase esmagando Heiwas que saltou para o lado e deixou-a se chocar contra a porta com um enorme barulho.
O brilho da esfera roxa iluminou brevemente as coisas e Heiwas estendeu a mão para interceptar o movimento. Pidgey bateu as asas tão forte que criou um breve redemoinho que agitou o pelo do gato (porque, agora, a pesquisadora podia ver duas grandes orelhas pretas e a metade do que era pra ser uma joia?) e, com certeza, provocou alguns cortes. Shinx estava usando seu único ataque a longo alcance. O Shadow Ball explodiu ainda na boca do monstro.
O felino bateu palmas e a força do Fake Out empurrou os Pokémon para a parede. Foi apenas o suficiente para ele tentar travar os dentes nos braços da jovem, que rolou para o lado para escapar. As mãos desceram para aparar a queda e ela se puxou para cima antes de correr para trás de uma jaula de tamanho médio. A ação esteve apenas no tempo certo dela se livrar de um Iron Tail que arrancou um pedaço da madeira no exato lugar em que a cabeça de Heiwas jazia.

—Solum!

O raio atravessou o ar e acertou em cheio a cauda de metal. O gato gritou de agonia e a adolescente finalmente pôde ver que era um Meowth que os atacava. Um Meowth muito grande, monstruoso e sanguinário. Ela já havia ouvido falar de Pokémon alfas, mas nunca algo como isso. Chegava a duvidar se era um pokémon.

—Pidgey! —Outro redemoinho acertou a criatura. O pássaro se agitou em um convite, uma chamada para briga

A fera atendeu ao pedido quando disparou outra Shadow Ball contra ave que foi rápida em esquivar. O ataque perfurou a parte de trás e abriu um buraco e vento começou a entrar. Nesse meio tempo Shinx atacou o adversário com um Tackle, embora a coisa nem se mexesse com o impacto. As garras arranharam o tipo elétrico uma, duas vezes, antes de Pidgey interferir com outra investida.
A luta foi bem desequilibrada. Meowth tinha muita força e reflexos bem afiados, no entanto Peregrin tinha bons olhos e seu Keen Eye o ajudava a escapar de boa parte dos ataques. O ponto alto era que não havia lógica no felino, nada além de instinto bruto, e era aí que Solum ganhava.

—Peregrin, Gust! Solum, carregue!

Enquanto Shinx “carregava”, ou seja usava o Charge para armazenar energia para o próximo ataque, Pidgey ficou cobrindo a retaguarda, produzindo um redemoinho de tamanho considerável para manter o Meowth longe.
A ventania levantou algumas gaiolas e derrubou outras em cima do gato. Tudo rangeu e fez barulho e os pés da garota quase vacilaram quando ela derrapou na frente de um caixote relativamente grande. Surpreendentemente, um barulho de resmungar vinha lá de dentro e as engrenagens começaram a girar na cabeça dela. “O que diabos pode ser isso?”

Por outro lado Meowth estava curtindo tentar esfaquear os dois pokémon menores. Ele sondou as duas presas com malícia e afundou as garras no piso de metal. Havia uma pressão no ar que estava botando no limite a ave e o gato azul e o pior de tudo: sua treinadora ainda não tinha se levantado de onde estava abaixada nos últimos cinco minutos.

—Shinx! —Gritou, como se dissesse que estava pronto.

Pidgey subiu e mergulhou habilmente com um Tackle, escapando de um Bite por pouco ao mesmo tempo em que o raio, com o dobro do tamanho habitual, atingia em cheio a fera. Essa tremeu na base e as pernas fraquejaram, mas a fraqueza passou tão rápido quanto chegou. O pombo deu a volta para uma nova onda de ataque, entretanto calculou mal à distância e a boca do gato se fechou no espaço entre a asa direita e o pescoço.
Sangue manchou o piso e o grito de dor deixou o próprio Shinx em agonia.
Solum foi ao resgate de seu parceiro, mas ele nem podia eletrocutar o bicho e seus Tackles não faziam nada além de aumentar a irritação do adversário. Peregrin, por outro lado, estava se debatendo e agitando tão fortemente as asas que vento começou a girar em torno dos pés do Meowth. Girando e cortando o corpo do inimigo.

—Grrrr!

—Hey! —Todos os três seguiram a voz furiosa da menina. os olhos escalando até ver a forma dela de pé em cima de uma caixa de madeira. Ninguém entendeu muito bem o que estava acontecendo quando dois olhos azuis brilharam de dentro da caixa, preto e cinza reluzindo na luz que entrava pelo buraco que o Shadow Ball havia aberto —Está na hora de partir!

A coisa embaixo dela começou a tremer e seja-lá-o-que-for que estava dentro começou a girar com uma velocidade absurda. Shinx atacou o Meowth distraído com um Tackle, fazendo-o soltar o pássaro e tropeçar para o centro do baú. Nem meio segundo depois o rolo compressor arrancou de dentro da caixa e arremeteu-se contra o felino com um Rapid Spin. O Donphan não só derrubou o pokémon, Gamma?, como também continuou empurrando-o até que a porta fosse arrancada das dobradiças e os dois pokémon caíram fora do caminhão em movimento.
Heiwas correu para apanhar a ave ferida no chão e depois se sentou, se segurando onde podia para não ser arrastada pela força do vento. Muitas gaiolas saíram voando de lá e uma quase acertou o rosto da garota quando essa se curvou para frente.

—Está tudo bem —Solum se aconchegou ao lado da mulher, choramingando fracamente. Os olhos dourados brilhavam palidamente —Acabou…

Talvez essa não fosse a melhor hora para agradecer ao seus antigos colegas de turma por ter acabado com sua claustrofobia. Heiwas nunca que poderia imaginar que todas as vezes que fora trancada em um armário poderia servir para alguma coisa —principalmente se essa coisa envolvesse ficar preso em um caminhão em movimento. Infelizmente o medo de ficar preso em um lugar fechado não era o único problema aqui. Como eles iam sair era o grande X da questão.

—Acabou… —Disse, sufocando um soluço —Nós vamos dar um jeito…
Continua...

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Mensagem por Aegir Qui Jul 18, 2019 11:41 am

Atualização
Heiwas
Momentos de tensão com esse Gama, hein? Foi uma batalha interessante e sua escrita fez ela ser muito fluida, adorei. Pidgey e Shinx formam uma boa dupla, ambos com suas peculiaridades. Agora, quando fizer uma postagem, sinta-se a vontade para fazer um pedido de Avaliação num dos tópicos disponíveis pra isso, ok? É que as vezes não nos atentamos a alguns e passam batido. Desculpe pela demora. Ademais, farei as alterações que pediu e ainda atualizarei o seu Ranking no evento, bem como estou adicionando 1x Rainbow Shard do Grunt finalizado no post anterior, Preguisammy esqueceu de por.

Forte abraço.
PRÊMIO
I - O Som do Vento 403
+2 Níveis
Lv Up. 15
Shinx já pode evoluir!

I - O Som do Vento 016
+2 Níveis
Lv Up. 14
Aprendeu Quick Attack

Heiwas recebeu:
+1x Rainbow Shard (Pelo Grunt derrotado anteriormente);
+500 PokéCoin (Evento)
+1x Rainbow Shard (Pelo Poké Gama);
+4x Rainbow Shards (Item Raridade 2 - Sorteio)
+3 Pontos (Evento - Prelúdio da Tormenta)
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