[Mission #003] — Heroine of Miskin

Miskin estava em festa, todos clamavam por Fiolina. Seu nome agora era sinônimo de heroísmo, todos a conheciam na cidade. Agora com o respeito da pequena Miskin, Fio poderia partir dando sequência a sua missão. Ela estava feliz com suas conquistas, estava orgulhosa de si. Ela com toda certeza amadureceu durante este meio tempo, amadureceu junto dos seus Pokémons, junto do seu espírito e consciente. Da até pra dizer que, agora a guria conseguia controlar melhor os seus sentimentos. Que ela seja uma ótima soldado, da mesma forma que se mostrava para a Força C.

Seguiria seu caminho em direção à Newmoon, uma cidade grande e de comércio ativo, diferente de Miskin. Newmoon nunca fora estudada pela jovem guerrilheira, ela nem se quer sabia o caminho para lá ou como chegaria lá. Porém, com todo o afeto de Miskin, recebia uma carona da própria policia da cidade.
A viatura atravessava toda a Rota Trinta e Cinco sem nenhum tipo de problema, já dava para ver e ouvir a imensa Newmoon bem no meio do caminho. O carro dos oficiais entrava na cidade rapidamente, assim deixavam a heroína em uma calçada próxima a um Centro Pokémon. Ela agradecia e se despedia. Assim ficava sozinha naquela cidade imensa.

De primeira vista, Newmoon se mostrava bastante ativa. Era repleta de carros, pessoas e Pokémons. Tocava música, o povo conversava entre si, dava para sentir a energia urbana que Fio não sentia a muito tempo.

Um novo caminho para a Fiolina Germi.

— Objetivos:

• Adquirir Rainbow Shards e Pontos de Fama; de alguma forma
• Dar um murrão na cara de algum Eclipse
• Capturar alguns Pokémons

Newmoon era um grande caos, as pessoas estavam loucas e os pokémons se envolviam na confusão. Uma clássica cidade grande repleta de desafios, trabalho, veículos e lojas. Existiam tantas coisas para fazer lá, tantas coisas para explorar, para ver e experimentar. Mas, Fiolina só dava ouvidos para uma coisa; prender bandidos e a criminalidade vinda da imensa Newmoon. Bem, mas de toda forma a guria ainda teria que focar no seu bem estar e também nos dos seus Pokémons, tanto que a única que ainda se mantinha em pé era Vespiquen. Falando na vespa, ela se mostrará uma ótima Pokémon, uma verdadeira rainha habilidosa. Ela era elegante e fatal, Fio teria treinado aquela pokémon com maestria. Batalhas eram a chave para o Pokémon Perfeito.

Finalmente, ela — Fiolina — dava os primeiros passos na metrópole. Via a localidade com encanto, existiam lá tantas luzes, tanta beleza, tanta poluição e tanta gente. Um lugar que serviria como sonho para qualquer comprador, ou empresario. Enfim, continuemos com o tour. Fio, seguia pelas ruas se esbarrando em diversas pessoas. O cenário urbano e lotado escondia diversas coisas e situações, como por exemplo; um coelho vermelho choramingando no último andar de uma construção abandonada... espere, um coelho vermelho choramingando em uma construção abandonada? Isso parecia sério! Cismada, a soldado observava surpresa o animal de longe. Ela corria como uma mamute empurrando todos que estavam próximo de si, chegava ao grande desastre em poucos segundos e então entrava na construção arruinada.
O lugar vazio feito de concreto, apresentava a sua esquerda uma grande escadaria. Fiolina subia as escadas sem nenhum tipo de problema, finalmente aparecendo no andar onde estava a pequena criatura elétrica, a propósito este era um Plusle. O coelho tão pequenino se mantinha próximo a beirada do precipício. Uma sombra sorridente circulava o coelhinho, deixando-o sem escapatória, quanto mais a massa negra se aproxima de Plusle, mais perto de uma queda o coelho ficava. A heroína militar não pensava duas vezes, liberava Vespiquen arremessando a esfera da abelha contra a sombra sorridente que finalmente se revelava como um Gengar. Porém, um Gengar diferenciado com olhos azuis e de corpo esfumaçado. Tão assustador quanto sua espécie clássica. A vespa real se intimidava, fechava seus olhos, estava cansada com a batalha anterior mas faria de tudo para defender sua parceira.


Plusle via que a situação não era mais da sua conta, saltava sobre a sombra fugindo descaradamente. Ele se escondia atrás da coxas de Fiolina, terminava olhando a grande rainha e o espírito roxo. Aquela briga aconteceria em cima do arranha céu, uma arena de concreto com diversos itens de construção. A criatura sombria, não grunhia ou emitia som, apenas continuava rindo para a abelha sem nenhum tipo de sentimento, era um ser realmente estranho. Fio sabia que aquela seria uma batalha caótica, se preparava e se alongava, no fim se colocava em posicionamento pronta para comandar Vespiquen.

Ela empurrava o Pokémon com cuidado usando suas pernas, afastava a criatura um pouco mais — Okie! Dokie! Vespiquen temos um Pokémon para salvar e uma fumaça pra apagar, tá preparada?! — Disse animada, Fio estava orgulhosa com os feitos anteriores e sua mente estava repleta de inspiração. A inseto sorria para sua treinadora e zumbia em alegria, se mostrava de acordo com a luta — Vespiquen prepare um Bug Buzz.

Afeminada e elegante, a rainha trajando seu vestido de baile colocava as patas em sua joia. Ela meditava durante alguns segundos e liberava uma forte onda sonora contra Gengar, Bug Buzz entrava no corpo rechonchudo da assombração e queimava todo o seu consciente. Ele tremia por um curto período e desfazia seu sorriso medonho, mas depois voltava toda sua postura revelando que aquele golpe não dará muito efeito. Vespiquen se chocava, tentava intensificar o som mas não adiantava. Gengar, o espírito carregava seu punho com um poder sobrenatural. Ele girava o braço em volta de si próprio e acertava em cheio o rosto da inseto com um Sucker Punch de baixo para cima. O corpo fino mas grande da abelha levantava voo e depois caia ao chão com força, ela se levantava um pouco zonza mas aguentava o murro com poucos problemas.

Gengar continuava rindo mas desta vez entrava no chão como uma verdadeira sombra, a luz do sol não o afetava, um fantasma com alguma peculiaridade ou quem sabe? Ele agia como um louco e não se mostrava consciente, parecia até ser um cadáver. A guerrilheira estava assustada, qual era a daquele pokémon? Nem ela sabia. Ela tremia ao vê-lo agir daquela forma mas não desistia — Qual é o problema desse nojento? Em qual é o seu problema? Palhaço. — Apontava para o Pokémon e retirava os óculos do seu rosto, ela não acreditava no que estava vendo — Que doideira é essa? Para de ser estranho! Slash nisso dai! — Ela voltava os óculos para o seu rosto, estava chocada com aquele Pokémon tão estranho. O plusle? Bem, ele estava assustado e tremia horrores, puxava suas orelhas em desespero.

Voltando para a batalha, Vespiquen levantava seu braço esquerdo, ele brilhava intensamente e se afiava. Voava na direção do fantasma adversário e o atingia com um tapa cortante, mas, infelizmente, não dava efeito. A abelha se surpreendia, tentava reutilizar o golpe mais algumas vezes mas de nada adiantava. Slash era um movimento normal-type que não causava dano a um fantasma. Sem emoções, Gengar colocava suas mãos em sua barriga carregando uma esfera sombria sobre a mesma. Ele lançava Shadow Ball em frente a Vespiquen que a atingia em cheio, a abelha era impulsada para trás sendo jogada para fora do prédio, mas graças a suas asas ela recolhia voou e se reposicionava na arena. Estava cansada, mas insistia em lutar.

A rainha abelha já não aguentava, precisava descansar urgentemente. Fiolina não poderia abandonar o coelho naquela bagunça, e o pequeno não queria ver alguém sofrer por ele. Corajoso, Plusle escalava o corpo de Fio chegando em seu boné, ele saltava da cabeça da garota e liberava ao ar um Spark. O movimento fraco, mas eletrizante causava algum dano no fantasma dando tempo para Fiolina e Vespiquen agirem — Vá! Agora! Use o Gust! — Ordenou apressada.

Liberava de suas asas uma ventania pulsante e afiada como navalha, os ventos cortavam a assombração em várias partes. Seu corpo irreal perdia uma orelha e um braço, seu sorriso continuava intacto, era como se o Gust não tivesse efeito. Plusle se irritava, engolia bastante ar e liberava de seu corpo um raio amarelado. A explosão eletrizante entrava em contato com a sombra, fazendo-a explodir em migalhas negras e brilhantes. Um Spark crítico. Por fim, do corpo da criatura um pequeno chip se mantinha intacto, o artefato estava em formato gama (Γ).

Estava realmente cansada, esgotada completamente. Seus olhos abelhudos e vermelhos mal conseguiam abrir, ela precisava dormir imediatamente — C-colega... retorne, vá. — Disse a soldado pressionando a esfera colorida voltando a abelha para dentro da mesma. Vespiquen poderia descansar, pelo menos por agora. Plusle, o coelho vermelho, estava alegre com seu desempenho, saltitava em apenas um lugar enquanto olhava o estranho chip. Fiolina se movia até o pequenino, recolhia-o para o seu colo de surpresa — Você é fofo... é fraquinho... mas é fofo. Ei, você está cansado de apanhar pra valentões? — Perguntou enquanto deslizava seus dedos na barriga felpuda do Pokémon, ele gargalhava — Vamos, você quer ser meu? — Ela pegava de sua pochete uma Poké Ball enquanto segurava o Pokémon com a outra mão, ela colocava a bola no rosto do coelho esperando que ele respondesse. De forma surpreendente e fofa, ele pressionava o apetrecho utilizando sua própria testa, sendo capturado por si mesmo, de algum modo. Agora Fio havia mais um Pokémon em seu time, um simpático e fofo Plusle. Ela estava feliz e realizada com a nova captura.

Nem tudo são rosas, a soldado recolhia o chip vendo o símbolo gama no mesmo. Ela ainda estava chocada com aquele Gengar e como ele agia, ele era estranho e parecia ser controlado, na verdade nem se quer parecia um Pokémon. Fiolina recolhia o artefato com suas mãos e o analisava com detalhes, era um cartão realmente interessante e porque ele estava naquela criatura? Bem, era mais um caso para Fio e seus Pokémons. Mas antes de investigar, seria melhor passar em um Centro Pokémon, isso era fato.

A vida em Newmoon era muito corrida, as pessoas não davam mais a atenção ao seus Pokémons ou aos Pokémons Selvagens. Não sabiam saborear uma bebida ou uma comida, estavam sempre andando apressados e com cara fechada. Eram poucos os que procuravam usufruir a cidade. Era estressante estar envolvida com tanta energia negativa, a poeira do esfalto já estava acabando com o nariz de Fiolina, sem falar que esta já estava cansada de ser empurrada. Na verdade, ela já estava cansada de tudo naquela cidade, queria mesmo era retornar a pacata Miskin que se assemelhava a Pallet Town, lugar onde fora treinada durante toda a sua infância e adolescência. Newmoon poderia ser comparada com a selva, um lugar onde os mais fortes sobreviviam. O dinheiro corria na cidade e todo mundo percebia isso, todos trabalhavam para si próprio e nenhuma alma sequer pensava no próximo. Crueldade? Não, isso era o poder do capitalismo. Ou você comia e vivia de dinheiro, ou então morreria pobre. Isso era uma realidade que a soldado nunca enfrentou, nunca pensou ou viveu. Era a primeira vez que ela havia visto uma cidade tão louca como aquela, as pessoas estavam agindo como monstro umas com as outras, não estavam se cumprimentando ou conversando, só estavam ligando para os objetivos do seu dia a dia.
Zonza, estressada, amargurada e um tanto quanto chateada, Fiolina tentava sair daquela confusão que se estendia por várias e várias ruas. Aquela dose de realidade havia destruído com sua mente, diferenciar o mundo real da vida militar nunca era fácil. As vezes pensamos que Fio está preparada para tudo, mas na realidade, ela acaba se tornando tão vulnerável quanto um bebê. Seu corpo era preparado, mas sua mente... bem... essa daí implorava por uma academia, era fraquinha e não aguentava muita coisa.

Pois bem, agora com os Pokémons da militar completamente recuperados, era hora de procurar algo para se fazer. Newmoon não cederia para vagabundos, ainda mais vagabundos em missões especiais. Aquela metrópole tão maluca com toda certeza estaria repleta de crimes, ainda mais agora com a trama envolvendo aqueles tais Gama... o que são esses Gamas? Bem, Fiolina descobriria isso cedo ou tarde. Assim como descobriu os Eclipse, desvendando de uma vez que esta Equipe tão cruel e incógnita, não era uma lenda ou um boato, ela realmente existia e estava causando loucuras por Aurille... e a propósito Fio acabaria com cada um dos Eclipse.

Alguns passos já foram suficientes para a garota encontrar confusão. Enquanto ela tentava se safar do barulho, das pessoas e do comércio, por acaso ela encontrava uma pequeno prédio no qual estava bastante movimentado. De primeira vista parecia um bordel ou algo do tipo, mas quanto mais se aproximava logo via que se tratava de uma casa de apostas, e não, não era um cassino, mostrava-se como algo mais perigoso. Empurrava algumas pessoas para longe de si, entrava como uma broca em meio ao público tão desordeiro encontrando uma arena improvisada e fedida. Lá dois Pokémon brutamontes batalhavam, um era especialista em sumo e o outro de quatro braços lutava de forma livre, la lucha libre. Não parecia algo tão violento no começo, até que o gorducho literalmente arrancava uma das três cristas que ficavam em cima da cabeça do Machamp, sim o de quatro braços musculosos. As pessoas não separavam ou interrompiam a briga, apenas riam e se alegravam, enquanto os outros faziam o oposto... choravam. Era literalmente horrível ver aquilo. Fio não estava gostando daquele pessoal, eram todos de má índole. Heroica, a machona tentava procurar pelo chefe daquele estabelecimento ou pelo menos pelo gerente. Gritava por informação mas ninguém lhe dava muita bola, subia em cima de um banco de madeira e dava de cara com uma mulher de cabelos loiros e tapa-olho branco.


Uau... que mulherão, sentido literal, pessoal. A moça afeminada, era magrela e alta, uma modelo basicamente. Suas vestimentas escuras, fisionomia arrogante e poses exageradas denunciavam que aquela dona era da turma do crime. Fiolina decidiu não arriscar, optando por uma conversa simples sem muito blablabla, apenas um papo cabeça.

Ela se movia na direção da bonita, se encostava na bancada onde a mesma estava e começava a papear — Oi, senhorita? Senhora? Bem, eu não tô nem ai. Você poderia pedir para que esse povo peguesse um pouco leve? Isso é, bem leve. — Perguntou de forma educada, mantendo-se folgada sobre o canto da mesa. Ela esperava uma resposta simpática vinda daqueles lábios vermelhos.
A mulher olhou para Fio sem nenhum tipo de ânimo, virou-se e gargalhou para ambos os cavalheiros que a acompanhava. Retornou a atenção para a oficial e com uma resposta curta encerrou — Não. São selvagens, não ligue tanto. — Colocou as mãos no bolso de sua calça longa e preta, recolheu um grande pacote de dinheiro e os entregou para os homens, despendido-se dos dois.
Incrédula, arrasada, contrariada, revoltada e outros "adas". Fiolina apontava o dedo para a mulher chique, aumentava o seu tom de voz e a insultava — Sua palhaça, eu não estou para brincadeira, eu mandei parar e você vai parar com essa doideira. Você sabe com quem está se metendo? Eu sou Fi... — Se interrompeu, gaguejou lembrando que não poderia relevar sua identidade para qualquer um, sua coluna tremia e um ar frio passava pelo seu corpo — Meu nome é Shirley, e eu sou uma Oficial da Policia! — Mentiu, e mentiu feio.
Os marginais que estavam naquela espelunca se assustavam, alguns até corriam para a saída fugindo do climão. A chefe, ou gerente, ou mafiosa levantava sua sobrancelha duvidando da militar. Ela não havia acreditado naquela mentira. Se sentava em uma cadeira e cruzava suas pernas, voltava a rir como uma doida e retrucava as afirmações de Fiolina — Uma Policial? Com estas roupas sujas? Não minta para nós... Você vai pagar por cada cliente que foi embora, você vai provar a ira dos Eclipse. — Debochada e elegante, quem era aquela nojenta? E o pior que ela está envolvida com os Eclipse.
A soldado rangia seus dentes como um cãozinho, aumentava ainda mais seu tom de voz alcançando um agudo ainda maior, patético. Voltava seu dedo na cara da mulherona, gritando com a mesma — Você tá envolvida com os Eclipse? Sua canalha!
A rica mafiosa não negava, ria mais um pouco e acenava com sua cabeça. Ela liberava ao chão uma esfera de cor escura, uma leopardo roxa e requintada surgia, uma Liepard — Estou cansada de você, ou você corre... ou então morre.


Aquela Liepard não parecia muito contente em ver a jovem militar, ela já mostrava suas garras e se esticava, estava arrepiada. Não tinha outra escolha, elas queriam batalhar. Fiolina lançava Herdier para a luta, o cão se mostrava bem mais confiante e tinha perdido aquela mania estranha de tremer sempre que entrava em batalhas. Finalmente, o lugar estava vazio sobrando apenas a Eclipse e Fio, as duas se encaravam por mais um tempo e finalmente começavam a lutar.

— Cansada? Cansada? Eu quem estou cansada? A cada esquina tem um de vocês ou um dedo de vocês... Herdier, vá usando Crunch.
— Eu não te conheço, senhorita. Mas essa vida não se vive só de justiça, vou te mostrar! Liepard, Sucker Punch! — Ordenava entusiasmada levantando um de seus braços.

Herdier corria até Liepard, ele abria bem sua boca carregando seus dentes com uma aura esbranquiçada. Ele mordiscava a rival com uma mordida bruta e feroz, ele se prendia nas coxas da felina e não soltava durante um curto período. Suas mandíbulas estavam travadas na rival por conta do Crunch bem executado, ele rasgava o couro da gata cruel sem nenhum pouco de dificuldade. Liepard estava bastante ferida, logo no primeiro turno da batalha. A gata sapateava no solo energizando todas as suas quatro patas com uma sombra densa, só depois ela saltava contra o seu oponente utilizando todos os seus membros. Toda a energia era colocada no corpo de Herdier fazendo-a estourar de dentro para fora, o Pokémon tossia como se estivesse engasgado. Aquele Sucker Punch entrava no Pokémon e saia com uma força sobrenatural, o cão aguentava de pé, mas as dores persistiam por mais um tempo.

Usar a violência em uma luta Pokémon era algo comum, mas usar a violência sendo violento não era justo. Aqueles Pokémons não eram selvagens para estarem lutando daquela forma, um estava literalmente arrancando pedaços do outro — Que Pokémon é esse? Esse Liepard não te merece como treinadora, ela é tão maluca quanto você! Herdier, você tá bem? Você tá bem? Espero que sim, tente usar o Take Down. — Ela não enxergava o que Herdier havia feito, o que o cão pensava que estava fazendo?
— Ahn? Você acha que é quem para dizer como eu devo treinar meu Pokémon? Faça-o receber o que merece Liepard, Slash.

Herdier se colocava de costas esperando o momento certo, sua oponente afobada já começava uma correria indo na direção do mesmo. Quando Liepard se aproximava, ele acertava um Take Down crítico no rosto da felina. Um coice forte fazia com que Liepard fosse jogada para longe, ela batia sua pequena cabeça contra um dos vários móveis da Casa de Apostas. Ela não resistia e desmaiava.

O cão havia saído como vitorioso, saltava de alegria, mas sua selvageria estava passando dos limites. Fiolina não dava tanta atenção pois estava preocupada com o desempenho do mesmo, ele devia ter sido treinado de melhor forma. A criminosa também retornava o seu Pokémon, mas diferente da soldado, ela não se importava com a Liepard.

Ao ver que havia sido derrotada, a criminosa já desfazia o sorriso de seu rosto. Ela não estava nenhum pouco contente, olhava para a paisagem que estava procurando por um método de fuga. No fim, sabia que não poderia escapar e que finalmente seria presa. A desconhecida criminosa estava em desespero, mas sua elegância e arrogância não deixavam-na demonstrar. Ela ficava apenas encarando Fiolina com um sorriso forçado, estava doidinha.

A oficial ria com orgulho, colocava as suas mãos em sua cintura — Relaxa, que você não vai ser presa, não agora. Ha. Você estava praticando forçando Pokémons Selvagens a batalhar, nada muito diferente do nosso dia a dia como Treinadoras Pokémon, certo? — Esticava seu braço, oferecendo um aperto de mãos — Mas, em troca preciso de uma informação... O que é isto? O que são os gamas? — Perguntou para a Eclipse enquanto mostrava o pequeno Chip.
Alegrava-se, dava dois tapas nos ombros de Fio — Você quer respostas, não é? Jovenzinha, eu sei o tanto quanto você. Mas estou chocada em ver que os Gamas já estão em funcionamento... bem, essa é a minha deixa para ir embora de Aurille. Essa região vai virar um banho de sangue, pelo menos é o que eu acho e o que eu ouvi. — Espreguiçava-se e pausava olhando para o pequeno chip, estava realmente chocada com o pequeno aparelho — Bem, Shirley... espero que você consiga sair viva, mas você é desse tipo heroico, né? Vai se arriscar por outrem. Boa sorte de todo modo, os Eclipse acabaram de perder o controle. Os gamas vão devorar tudo e todos, no fim não vai sobrar nada. Fuja, menina. É um conselho. — Encerrava, o que estava por vir?

"Tu tá metida com Eclipse, Morena?!"

+1 Nível
Lv Up 26
70% - Bem

Fiolina recebeu:
700
1x Rainbow Shard (Evento)
+1 Ponto de Evento
1x Great Ball (Desafio)
+2 Fama (Desafio)

Favor, postar o link da batalha e reclamar a sua pontuação no tópico do evento.

O que aquela Eclipse dizia, qual era o problema dela? Qual era a dos gamas? Novamente Fio estava coberta de perguntas e mistérios. Pelo menos a guria havia acabado com aquelas apostas infames e cruéis, aquele prédio abandonado já não serviria mais como uma casa de apostas. A justiça havia sido feita e a Eclipse teria ido embora com apenas uma advertência. Mas de todo modo, ela pudera ajudar com algumas palavras e também informações. Fiolina só queria entender o por que de ter medo dos gamas, certo que eles eram criaturas estranhas, mas por que tanto medo? Aquela madame estava escondendo algo...

Antes que a militar fosse embora do arranha céu sujo, ela ouvia alguns sons vindo do andar subterrâneo. Do nada um guri afeminado de cabelos loiros e roupas vermelhas surgia, de uma porta de madeira esquecida no canto. Ele ficava surpreso ao ver que já não havia nenhum criminoso ali, nenhuma alma viva para contar a história do que havia acontecido. A militar e o criminoso ficavam se encarando por um curto período, até que finalmente Fio dava a primeira palavra ousando em uma pergunta certeira.


— Você é um Eclipse? — Colocava seu dedo na cara do estranho, sua coragem um dia iria mata-la.
O calças justas dava uma resposta curta, não estava entendendo o que estava acontecendo — É... eu sou. — Ele não podia mentir, até porque estava com um grande broche dos Eclipse em seu peito; na verdade não dava para ter certeza que aquela era a insígnia da facção. O meliante loiro entendia a situação dando algumas olhadas pela paisagem destruída — Hahaha... você quem causou essa bagunça? Eu não acredito que vou ter que cavar mais um túmulo. — Ele estalava os seus dedos, deslizava suas mãos até o bolso próximo ao seu seio e recolhia de lá uma pequena esfera. Pressionava o botão central na Poké Ball fazendo-a aumentar de tamanho, assim liberava da bola uma Serpente com cauda de lamina — Você vai ter que lutar.


A cobra era tenebrosa, possuía várias cicatrizes em seu corpo, uma Seviper em estado perfeito. Fio via a Pokémon sem nenhuma gota de medo, ela sabia que seus Pokémons seriam capazes de derrota-la, ou melhor ela sabia que uma pokémon a derrotaria, e esta era Druddigon. A soldado lançava a batalha Druddigon, aquela dragão se apresentava com coragem soltando um rugido e cuspindo uma pequena bola de fogo, incrível. Sem tempo para conversa, a briga começava e começava de forma repentina.

— Que cobra feia, bem, Druddigon é bom vê-la depois de tanto tempo. Como estamos em uma batalha e com o tempo corrido, use Dragon Breath. — A besta bicolor aceitava os comandos sem muita dificuldade, estava preparada para lutar de forma limpa.
A cobra e o seu treinador arrepiavam ao ouvir a palavra "Cobra", ela era uma cobra, certo? — Cobra? Ela é uma víbora, respeite-a. Comece com o Poison Tail.

Druddigon preparava em sua boca uma bola de energia draconiana, ela liberava todo o Dragon Breath sobre o rosto de Seviper. De alguma forma a lagarto havia se aproximado da serpente sem que ao menos ela notasse, um golpe forte, estrondoso mas ao mesmo tempo silêncio. A venenosa, tentava se recuperar do golpe. Ela notava que sua oponente estava com a guarda abaixada, dava um giro com sua cauda acertando um golpe venenoso utilizando a adaga na ponta de seu rabo, Poison Tail envenenava a dragão e além disso cortava algumas de suas escamas.

— Eita, vale usar armas? Isso é uma arma, não é? Druddigon não deixe se abalar, use o Dragon Claw! — Fiolina estava tentando testar o novo movimento de Druddigon, na verdade ela nem se quer tinha certeza daquele golpe, nem mesmo sabia se a dragão havia aprendido o golpe.
— Seviper outro Poison Tail. — Ordenou.

As unhas da Pokémon brilhavam intenso e cresciam de forma bastante exagerada, a dragão corria contra Seviper preparada para ataca-la com suas unhas e bem... ela fazia isso. Literalmente cortava e arranhava cada parte do rosto e do corpo da víbora, um grande ferimento acabou sendo aberto, as dores eram grandes demais para que a rival aguentasse. Seviper sucumbia, ou melhor desmaiava, havia sido nocauteada. Ela não estava morta, calma pessoal.

Novamente Fiolina sairá como vitoriosa em um combate contra um Eclipse, uma batalha realmente fácil desta vez. O menino-garota retornava sua Pokémon víbora e formava um sorriso falso em seu rosto. Rapidamente, ele recolhia de um dos bolsos de sua jaqueta uma pequena bola de fumaça, ele apertava a coisa molenga com força fazendo-a liberar fumaça por todos os cantos. O apetrecho era eficiente, a massa densa anulava a visão de tudo e todos. Fio e Druddigon tossiam mas enxergavam o garoto, a soldado tentava agarra-lo se jogando de frente a uma sombra, mas sem sorte caia no vácuo. O Eclipse conseguira fugir com sucesso.
Era estressante ver mais um meliante sair ileso, agora aquele garoto estranho poderia causar suas maldades com toda a vontade e por toda a Newmoon. Que palhaçada. O sentimento de não ter feito o que era certo deixava Fio arrasada, mas bem, ele era apenas um Eclipse novato, com toda certeza não causaria nada de tão grande, pelo menos seria o que a militar esperava.

+2 Níveis
Lv Up 29
65% - Bem

Fiolina recebeu:
1x Rainbow Shard (Evento)
+1 Ponto de Evento

Favor, postar o link da batalha e reclamar a sua pontuação no tópico do evento.

A vida na cidade era complexa, existiam tantos criminosos, tantos pokémons e em cima disso tudo tanto crime. Era impossível trazer a justiça em um lugar como Newmoon. A cidade grande havia se mostrado corrupta até demais, um verdadeiro lar dos Eclipse. Mas isso não significava a desistência de Fio, ela ainda iria lutar pela segurança de Newmoon, mesmo que parecesse impossível. Após ter derrotado dois Eclipses, a militar recebia inspiração e orgulho. Sentimentos que sentia apenas quando estava em um quartel, sentimentos que ela não via a muito tempo.
Já estava perdendo tempo naquele lugar tão sujo, aquele prédio abandonado já não servia como Casa de Apostas ou para lutas clandestinas. Ela saia do arranha céu, fechava a porta de ferro e quebrava sua maçaneta. Esperava que aquela pequena degradação intimida-se os criminosos e evitasse outra possível invasão. Seguia cidade afora, procurando finalmente um lugar para descansar.

A noite já estava chegando, as luzes já se acendiam e a cidade se tornava ainda mais bonita. Toda movimentação aumentava ainda mais, o número de pessoas triplicava e poucos Pokémons ousavam aparecer. Por mais um pouco, elas andavam pela metrópole sem nenhuma direção. Perdidas? Sim, estava como cego em um tiroteio. Não sabia onde estava ou onde iria parar, só seguia bairros e avenidas aleatórias esperando chegar em algum lugar.
Demorou um pouco para que finalmente encontrasse algo de interessante, um coelhinho azul com o semblante simpático revirava uma caçamba de lixo dentro de um beco escuro. Ele emitia em suas bochechas azuladas uma luz forte na mesma cor. O electric-type se assemelhava muito a Plusle. Ele reparava na presença de Fiolina e acenava, corria em duas patas como um mini humano alcançando a garota com poucos segundos. Acenava com uma de suas pequenas patinhas azuis a apontando para sua boca, estava faminto. Naquele momento Fio não possuía nada, apenas dinheiro e o Pokémon estava desesperado por comida. Ela arriscava e segurava Minun em seu colo, o pequeno aceitava o carinho sem muita escolha, apenas sorria timidamente.

Fiolina encarava todas as pessoas e estabelecimentos que a cercava. Sortuda, notava em frente o beco uma confeitaria ainda aberta. Iniciava uma corrida indo contra adoçaria, ela corria com o pequeno coelho em seu colo, uma cena bastante fofa tirando o fato da mesma ainda ser uma militar.  


A loja de doces e bolos estava lotada, muitas pessoas lanchavam junto de seus Pokémons comendo deliciosos quitutes e doces vindos de Newmoon. Fiolina se sentava em uma mesa perto das saídas só que colada em uma planta espinhenta, não era o melhor lugar, mas era o que tinha naquele momento. Minun apressado já recolhia o cardápio de forma bastante esperta, ele via todas as imagens de doces devorando um por um com seus olhos, apontava para um bolo de cobertura branca, aquela guloseima seria a escolhida. Notava-se que o Pokémon elétrico estava faminto, a soldado decidia não pedir por nada, mas aguardava um garçom chegar em sua mesa.  
Um rapaz bastante bonito finalmente se apresentava, cumprimentava a garota e o Pokémon selvagem. Ele anotava o pedido e o levava para dentro, demorou cerca de cinco ou dez minutos para que o homem retornasse com o grande bolo. Quando a sobremesa atingia a mesa, Minun saltava sobre o bolo comendo tudo que estava lá. No fim da noite, o Pokémon já estava satisfeito e sua barriga se transformara em um pequeno morro. Fiolina esperava que o Pokémon pegasse no sono enquanto estava na mesa, lançava sobre a criatura uma Poké Ball. A esfera engolia o elétrico de uma vez, sem muita enrolação ele era capturado.

Fiolina havia capturado Minun sem muito problema, as pessoas ao redor achavam aquele comportamento bastante estranho até porque uma captura no meio de um restaurante não era algo muito comum. Enfim, agora no time da soldado havia um novo colega. Minun e Plusle logo iriam se conhecer.

Minun capturada ao Lv 32

Ela saia do restaurante um pouco cansada, na verdade, muito cansada. Não sabia onde dormiria ou onde iria, só sabia que deveria seguir em frente. Voltava as ruas andando cabisbaixa e sem nenhuma motivação, já estava tarde era provavelmente uma hora da manhã ou mais. Procurando durante um bom tempo, a soldado finalmente encontrava uma humilde pousada. Ela entrava na mesma sem muita escolha, encontrando atrás de uma bancada de madeira uma senhorinha.

A velha acenava para a militar, Fio respondia o ato com outro aceno. Se aproximava da atendente já de idade e pedia por um quarto — Ei, olá. Eu gostaria de um quarto, por favor. — Olhava em uma tabela esculpida na parede com os preços de cada recinto, escolhia obviamente o mais barato e já recolhia a quantia exata de Ienes.
Sorridente, a estranha senhora recolhia o dinheiro das mãos de Fiolina e entregava para ela uma chave dourada. Assim, a guerrilheira seguia para o segundo andar da choupana, onde iria encontrar o seu quarto.

Chegando até o dormitório, a guria se deparava com um lugar rústico e pequeno. Uma cama de solteiro simples com lençóis brancos e um cobertos de lã no mesmo tom, uma televisãozinha antiga e com mau funcionamento, além desta ainda havia lá um geladeira esverdeada mas bem preparada recheada com diversos frios e outros alimentos. Um aposento realmente pequeno, mas muito confortável. Fiolina fazia o que mais tinha vontade, jogava sua pochete ao chão dando liberdade a sua cintura. Colocava seu boné e seus óculos em cima de uma cômoda, também retirava sua jaqueta e suas botas trazendo liberdade ao seu corpo e pés. Finalmente poderia descansar e tomar um bom banho, até porque já estava cheirando mal.
Já de banho tomado e bastante perfumada, Fio levava suas roupas para a lavanderia — que estava um andar abaixo do seu quarto — lá inseria uma moeda em uma das grandes máquinas de lavagem. Voltava ao seu quarto, se jogava em sua cama, estava vestida apenas com seu pijama de Slaking, infantil? Com toda certeza.

O cansaço havia sumido e o desejo de dormir também, a solidão que já estava na porta entrando com tudo que tinha. Os sentimentos ruins estavam voltando e sua ansiedade, prevendo o que estava para acontecer, liberava Druddigon para acalmar os nervos. A dragão havia se tornado uma das melhores amigas da oficial, as duas conseguiam manter longas conversas mesmo uma não entendendo nada que a outra falava. Enfim, Druddigon chegava rugindo, animada esperando para uma batalha. Mas não encontrava nada, apenas Fio sentava em uma cama. A besta de cabeça vermelha olhava para sua companheira com o rosto tedioso, mas se juntava ao lado da soldado e assim assistiam ao noticiário juntas.      
Nada de muito diferente acontecia, apenas passava as noticias sobre agricultura e Pokémons laticínios. A draconiana já não aguentava ver aquele tédio, ela se jogava de barriga para cima deitando na cama, Fio ainda assistia ao programa mas não prestava muita atenção, na sua mente se passavam mil e uma coisas.

A programação pausava sem nenhum motivo, um homem vestido com um terno escuro e bastante sério surgia nas telas da madrugada — Miskin está sendo atacada pelos Eclipse, repito, Miskin está sendo atacada. Pelos. Eclipse. — Disse lentamente. O jornal mostrava algumas filmagens caseiras de algum morador da pacata vila, elas traziam imagens chocantes de criminosos maltratando pessoas e Pokémons da cidade. Quem os Eclipses pensavam que eram? Ainda pior, logo eles chegariam em Newmoon.

Fiolina se assustava com as notícias, se aproximava ainda mais da televisão recebendo toda a informação. Deixava Druddigon deitada sobre a cama e já corria até a lavanderia, onde pegava seu uniforme e o vestia lá mesmo, até porque o lugar estava vazio. Voltava ao seu quarto chamando pela Pokémon, elas tinham algo para resolver na madrugada, algo realmente grande. Era hora de causar um pouco de medo nestes tais Eclipse.

Heroína de Miskin, o dever chama! Tópico Finalizado!

Obteve 1x Steel Gem via Despojo