[FP] - Moyra Monoke

Moyra Monoke

Com cabelos azuis compridos e pele alva, a jovem Monoke quase sempre se encontra em um sobretudo negro e formal, ornamentado pelo lenço em laço no pescoço e pela blusa e saia brancas que ele sobrepõe. Costumeiramente, um trança fina se finge de teara sobre sua cabeça, moldada pelos próprios fios em uma delicadeza discreta. No mais, não sendo nem muito alta, nem muito baixa, muito menos apresentando curvas chamativas pelo corpo, uma das poucas coisas realmente notáveis em si são os olhos acinzentados feito o céu em dia de tormenta, muito mais profundos do que geralmente se espera de alguém em sua idade.

Ainda que tendo apenas 17 anos, Moyra se revela muito além do previsto. Com uma responsabilidade acima do comum, bem como um senso crítico bastante desenvolvido, a jovem esconde toda a doçura e insegurança atrás de fortes muros de senso analítico, curiosidade e determinação. Poucos são aqueles que arrancam-lhe conselhos íntimos, real preocupação ou conversas muito além do básico. "Independente demais!", como diria a mãe. Uma menina atenta aos detalhes, bastante decidida e ligeiramente fechada, que reserva seus sorrisos aos próprios pokemon, familiares e aos mais íntimos.

Nascida e criada em Amause City, a jovem de cabelos azulados tem uma história pouco perto do comum. O pai, ex-treinador pokemon e atual dono do restaurante Monoke, em Twinfist Village, é um homem que a menina nunca conheceu, tendo ouvido falar sobre ele poucas vezes em toda sua vida. A mãe, exploradora desde que se conhece por gente, uma viajante até o nascimento da criança. Acontece que as coisas acontecem, basicamente. Pessoas se encontram por aí, em restaurantes, gostam uma da outra, têm relações... Mas nem sempre é projetado para durar. Quer dizer... Não é como se um dos dois lados esperasse gerar uma cria!

Tendo descobrido a própria gravidez apenas dois meses depois do encontro com o jovem Monoke, Nadine se recusou a aceitar que deveria passar a viver no pequeno vilarejo de exportação de produtos orgânicos e comércio pobre, acompanhando a vida pacata de um cozinheiro pouco conhecido. Queria mais! Queria não deixar de ser quem era e, por isso, durante outros cinco meses manteve a andança por Aurille, com todo seu carisma e força de vontade... Até se tornar arriscado demais para a saúde do bebê que crescia em si. Relutante, cedeu aos encantos do lar, partindo para Amause para se reencontrar com a mãe adotiva, que não só a aceitou como também a ajudou durante toda a gestação e muito além, após o nascimento da criança, insistindo para que a loura voltasse para sua profissão.

Deixando Moyra aos cuidados da avó, decidindo ocultar do mundo que já era mãe, deixou para a menina apenas um lenço de pescoço branco e algumas anotações sobre suas viagens e descobertas. Merida era a nova tutora da Monoke, que recebeu o sobrenome do pai apenas para caso encontra-lo um dia. Tratou-a como filha, apesar de nunca vindo a tentar ocupar o lugar da mãe, fazendo a menina manter a ideia de que a outra era uma heroína por tê-la gerado e parido, conseguindo voltar às explorações e sustentá-la ao longe apesar da dificuldade de manter-se longe da filha. Uma história não muito convincente, na opinião da menor... Mas que também nunca se opôs. Moyra fingia acreditar, a avó fingia que ela acreditava e Nadine...

Bom, Nadine sumiu por muitos anos, mandando apenas cartas e-mails e fazendo chamadas de vídeo com a filha sempre que parava em um centro pokemon... Até, no décimo quinto aniversário da menor, aparecer para o jantar. Não só para o jantar, na verdade! Trazendo um ovo de Riolu e um bom cartão de felicitações, Nadine voltou como se nada tivesse acontecido, agindo como se sempre estivesse estado presente... E no início Moyra foi muito boa em ignorar. Aceitava os mimos, amava o pokemon desde o segundo em que nascera.. Mas se recusava a empurrar pela própria goela a presença tardia da mãe. Talvez por isso tenha se tornado tão fechada e crítica, superando as barreiras de idade e desenvolvendo uma personalidade bastante... Peculiar. Até o momento de não aguentar mais.

No décimo sétimo aniversário, Moyra Monoke pegou tudo que lhe pertencia, anunciou sua saída e, apesar dos protestos tanto da avó quanto da mãe, passou no centro pokemon, estudou um pouco sobre as rotas que cercavam a cidade... E simplesmente partiu, considerando-se já mais do que responsável para assumir a própria vida e aventura, decidida a descobrir mais sobre o mundo dos monstrinhos enquanto pesquisadora pokemon.