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IV - Brisa Suave...

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Mensagem por Heiwas Sex Ago 23, 2019 3:53 pm

Brisa Suave, Neve Caindo



O inverno havia chegado, trazendo consigo seus infindáveis mantos de neve, que se empoleiravam tanto nos carvalhos de galhos grossos e fortes quanto nas folhas estreitas e esguias das plantas coníferas. Um caminho largo abria espaço por entre elas, ligando a rota 4 à rota 2 sem muitos problemas. Não havia muitas pedras e muito menos declínios na estrada branca e fofa e Heiwas estava muito grata por isso; ela, realmente, não estava com humor para subir e descer ou pegar desvios que, com certeza, sabia que acabaria em perdição. Literalmente.

Foi isso que pensou quando assistiu as pegadas de Treze. Os riscos de seus sapatos velhos eram ordenados em losangos e triângulos e deixavam uma impressão bastante abstrata onde pisava —Bem diferente do seu próprio calçado que possuía círculos e espirais cravados em suas solas.

—Seus sapatos —Ela disse depois de um momento de pensamento.

—O que eles tem? —Treze se virou para olhá-la, uma de suas sobrancelhas subindo em questionamento.
—São legais.
—Certooooo... Hum, Obrigado?

Heiwas cantarolou em resposta e continuou a andar. Seus olhos, finalmente, pareceram perder o interesse pelas pegadas de seu companheiro e voltaram a olhar para a página de seu livro aberto. Livro não era bem a palavra certa. Estava mais para a impressão em preto e branco de um ensaio? Um artigo? Um capitulo? Seja o que for parecia ser bem interessante já que suas pupilas se fixaram e não saíram mais de lá, nem mesmo quando seu pé foi pego em um nó de grama travesso que quase a levou ao chão. Treze a segurou antes que pudesse cair e, com um movimento praticado, a endireitou. Shinx que corria desembestado por toda a neve apenas lançou um olhar para sua treinadora, averiguando se estava tudo certo antes de voltar a brincar sozinho.

—O que diabos você está lendo que é mais importante do que ficar em pé? —Perguntou com uma careta, meio exasperado, meio curioso; seus passos, inconscientemente, desacelerando para acompanhar a garota. Heiwas virou o título do ensaio, mas Treze decidiu que seria melhor tomá-lo da mão da pesquisadora do que apenas enxergar os rabiscos a distância “Como Superar uma Perda" de Heinrich Wooler.

—É pro Lótus —Respondeu, já tirando outro conjunto de papéis de sua bolsa —E este é para mim. A enfermeira Lidiah me deixou usar sua impressora no Centro.

Treze piscou, sem acreditar. A primeira frase estava em caixa alta e em negrito, destacada demais para que o garoto pudesse perder o título da obra. Seus olhos castanhos viajaram da adolescente para o cervo que caminhava mais a frente, cabeça baixa e olhos tristes, totalmente alheio à sua volta. Depois olhou para o gato azul e, então, se voltou para forma pequena da garota. Havia olheiras negras embaixo de seus olhos dourados, como se ela não tivesse dormindo a noites. Treze realmente não sabe como ele pode ter perdido aquilo: sua amiga, certamente, não dormiu desde a morte de Sawsbuck e o incêndio na rota 4.
O jovem abriu a boca para falar, entretanto nenhuma palavra se formou. O vento assobiou, balançando os cabelos como se caçoasse deles. Pelo menos foi à impressão que o menino teve quando se calou e devolveu o papel, não conseguindo pensar em nada legal para dizer.
O silêncio se estendeu, deixando o ex-criminoso ainda mais desconfortável a cada segundo que se passava.

—Você sabe —Ele disse em um pico de coragem —Você não precisa disso —E com isso ele estava correndo para alcançar o cervo, um rubor escalando seu pescoço desnudo.

"Precisa de um cachecol" Heiwas pensou antes de desviar sua atenção para o que tinha dito.
Seu Pidgey era inseguro, sua Wooper estava com medo e ansiosa, seu Deerling havia perdido o seu pai e forçado a ir em uma jornada que não queria e Shinx estava insatisfeito consigo mesmo (ele sabia que não era forte o suficiente para protegê-la). E isso era culpa de Heiwas que escolheu fugir de casa para viver essa vida. Uma menina quebrada e estranha que achava que podia fazer qualquer coisa além de existir. Sem contar que seu companheiro de viagem era um ex-criminoso atrás de redenção com um Umbreon cego que se recusa a lutar por ele e um Growlithe roubado que não o obedece. Tudo estava indo de mal a pior.
Nada disso parecia ser culpa de Heiwas e nada disso realmente era. Mesmo assim ela não conseguia sufocar a culpa que se formava dentro dela. Não sabia o que fazer, como se sentir, como consertar ou fazer melhor. Eles merecem melhor. Ela não sabe se tem o suficiente.

"Como ser um treinador melhor", as folhas do livro enrugam sobre seus dedos. É isso que eu quero ser: melhor.

IV - Brisa Suave... Outra
aqua


Orientações: escreveu:

-> Heiwas precisa de tempo para mastigar todos esses sentimentos e Deeerling precisa aceitar a morte de seu pai. Então uns desafios que contemple uma carga emocional mais do que uma “ação” seriam ideiais :D

->Também preciso de dinheiro. Muito dinheiro. E como nessa rota tem Seviper seria bom poder terminar o movimento Venoshock que comecei a anotar ;D


* Por favor você poderia mudar o nome de Deerling para Lótus? Ficaria muito grata por isso^^
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Mensagem por Aegir Sáb Ago 24, 2019 10:31 am

Desafios
Escolha dois dos quatro desafios




Superação


Como sugerido, desenvolva um post focado em carga sentimental para a situação do Deerling, sem batalhas - acredito que não vai ser necessário. Seja criativa e nos emocione.



Recompensa:
+1 Nível
1x Grass Gem

Terra Molhada


Capture um pokémon raridade 3 do bioma Floresta Temperada. Vetada a aquisição por "Felicidade". É preciso rolar os dados aqui.


Recompensa:
1 Nível
1x Soda Pop

Amantes da Cachoeira
★★


Um casal de Pesquisadores está pelas redondezas desenvolvendo um estudo sobre o bioma local, mais especificamente sobre a cachoeira e sua influência no ecossistema. Essa é a premissa, faça dela o que quiser aqui, seja uma batalha ou apenas um post de desenvolvimento para a história de Heiwas. É claro... criatividade sempre. Caso opte por uma batalha, limite-se a 1 pokémon cada, poderá escolher qualquer espécie desde que não seja lendário, "pseudo lendário", míticos, UB, megas e fósseis.


Recompensa:
1 Nível
+600 PokéCoin

Cobra d'Água
★★


Pré-Requisito: Concluir 3 eventos.
É dito que por essas bandas habita uma criatura que para sobreviver desenvolveu uma célere habilidade de passar a maior parte do tempo debaixo d'água, um hábito que vai além dos limites da espécie; trata-se de umx Seviper, ou melhor, umx Alfa Seviper. A criatura se desenvolveu tanto a ponto de se tornar o maior predadorx pelas águas da Rota 3, dizem que nem mesmo um Gyarados é capaz de bater de frente com elx. Portanto, muito cuidado ao enfrentá-lx. Para esse desafio você deve seguir alguns parâmetros: A batalha deve ocorrer unicamente em ambientes aquáticos, sem solo aqui; Movimentos do tipo IV - Brisa Suave... 2839985385 e IV - Brisa Suave... 2761673115 são anulados pelo campo; Respeite as limitações fisiológicas dos pokémon num geral, por exemplo, um Pidgey não consegue nadar; E como cláusula especial desse desafio, Alfa Seviper tem acesso ao movimento Aqua Tail, mas este não poderá ser anotado!!! É isso, boa sorte.


Recompensa:
1 Nível
+ 3x Rainbow Shard
*Além do prêmio comum de um Alfa, claro*
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Mensagem por Heiwas Seg Set 02, 2019 11:03 am

Brisa Suave, Temperatura Subindo


A frustração cresce em seu peito, uma sensação doentia que o faz cerrar os dentes para não gritar. Tudo que ele quer é destruir os malditos flocos de neve que caem em seu nariz e, talvez, chutar a garota que está parada na frente dele. Não é um bom pensamento, mas ele não pode dar à mínima para o que os outros achariam. Não é como se houvesse alguém para ouvi-lo mesmo.

Ao invés de esmagar o braço da treinadora com seus cascos, como ele queria anteriormente, o cervo apenas a empurra de lado e tenta passar por ela. Heiwas, entretanto, decide fazer a situação mais difícil para ambos e crava os calcanhares na neve, as mãos subindo para segurar sua cintura enquanto que se inclina para frente. Os olhos se encontram, dourado e castanho cinzento travando uma batalha silenciosa pelo poder. Por um minuto sólido eles se olham, perdendo a cara confusa do Shinx — que estivera fazendo um boneco de neve nos últimos dez minutos — e a expressão preocupada de Treze.

—Okay, vamos nos acalmar —Disse o garoto, se aproximando com as mãos levantadas em sinal de rendição, como se o pokémon fosse uma panela de pressão prestes a explodir.

A visão disso só deixa Lótus ainda mais irritado.

O tipo gelo respira e tenta afastar os sentimentos ruins que estão querendo explodir de seu peito e, mais uma vez, contorna a garota. A menina não abre mão e segue a ação, se colocando como a parede estúpida que ela é. O cervo se joga para a direita e é apenas três segundos mais rápido que ela, embora Heiwas compense o tempo com movimentos longos e pensados, se esticando o máximo que pode; o parando antes que ele possa ir mais longe.

—Corra comigo.

O pedido é curto, fácil de compreender. Não há nada por trás, nenhum tipo de malícia e armadilha. É pequeno, é sincero e mesmo assim é difícil de atender, porque tudo que Deerling quer, nesse momento, é ver o mundo pegar fogo.

A frase paira no ar, flutuando junto com os pequenos flocos de neve que caem do céu. Ela parece surreal vindo da boca da garota —alguém que Lótus não conhece e que, mesmo assim, é a única coisa que lhe restou. Seu pai o confiou a ela, todavia seu pai, também, morreu por ela. É confuso! Ela deveria rejeitá-lo por ser um estorvo, apenas mais um problema em sua vida, e ele deveria odiá-la por ter sido a causa do fim de tudo que conhecia. Nenhum deles, entretanto, parecia ser bom em fazer o que deviam.

—Dee! —Rosna quando é barrado de novo.

Direita, esquerda, direita novamente. Não importa o que ele faça ela sempre está lá, olhando, avaliando, antecipando o que vai fazer. O pokémon tenta despistá-la, tenta empurrá-la fora ou enganá-la. Nem Shinx, que assistia com interesse a estranha dança deles, entendia o que estava acontecendo. Era quase como se a treinadora estivesse o sufocando, pressionando seus botões, fazendo-o recuar até que não tivesse mais nenhum lugar para ir. Até que a única saída fosse lutar ou desistir.

Deerling não escolhe nenhum dos dois quando se arremete contra ela em uma ação tão inusitada que uma simples cabeçada na barriga é o suficiente para derrubá-la. Depois disso é correr, pois não haveria como o cervo pudesse olhar nos olhos dela depois disso. É uma fuga literal e simbólica por um caminho que desconhece, quase uma ironia da sua própria vida. Seria solitário, deveria ser, se outra pessoa não estivesse correndo atrás dele.

Os gritos de Solum e Treze ficam para trás quando seus pés pisam mais firmes, mais rápidos, a impulsionando com velocidade para frente. A adrenalina percorre suas veias e chacoalha seu coração, uma música vagamente familiar tocando em seus ouvidos. Lá longe a forma do pokémon se contorce na nevasca, piscando fora e dentro da sua visão. Heiwas estende a mão para alcançá-lo e quase se desequilibra, os joelhos se torcendo em um ângulo doloroso para estabilizá-la.

A perseguição vira diversão quando o cervo escorrega e cai, o corpo se chocando em uma montanha de neve e folha. A pesquisadora rir e se dobra em gargalhadas quando a cabeça do filhote cutuca a pilha de folhas mortas, seu pelo desbotado combinando com a paisagem gélida. É engraçado o olhar que o pokémon tem no rosto, embora, infelizmente, a menina não tenha tempo de tirar uma foto já que, segundos depois, o tipo planta se lança contra ela com um grito de guerra, profundamente ofendido com suas risadas.

Ela esquiva com um salto, mas seus pés aterrissam em um lugar instável e o chão desmorona embaixo dela, se abrindo e a arrastando para baixo. A treinadora não havia percebido o quão alto a rota que tinham pegado havia subido e nem como o caminho estável era só ilusão do inverno. Agora, porém, ela podia não só ver, como sentir a montanha sobre ela; os mantos de neve agindo como um grande e mortal escorregador.

A jovem fez o melhor que pôde para desacelerar: os pés virados para o lado enquanto todo o corpo se inclinava para trás, os dedos produzindo uma trilha quando tentavam se agarrar a algo. Seu coração batia tão forte que nem seus gritos poderiam superá-lo em altura.

—IIIING!

Heiwa nota, tardiamente, que o cervo havia saltado atrás dela e agora deslizava com a mesma velocidade, ou mais, pela neve. Ele, pelo menos, parecia se divertir com toda a provação, a montanha agindo mais como um brinquedo do que o objeto de suas mortes. Em algum lugar na sua mente confusa ela se pergunta se ele já havia feito isso antes. Ela quase consegue ver meia dúzia de Deerlings descendo a colina com graus diferentes de excitação. Ela rir com o pensamento ridículo e não para nem quando acaba trombando com o corpo esguio de seu amigo, embolando o resto do caminho até o sopé da montanha.

Eles caem com um baque surdo e uma porção agradável de neve. A respiração se acalma e os olhos se fecham antes de se encontrar, seus corpos presos uns nos outros e no lençol branco ao redor deles; o riso ainda ecoando, saltando em seus ouvidos.

—Você é ridículo! —Exclama com a mão acariciando seu pescoço.

—Deerling! —Responde no mesmo tom, sorrindo pela primeira vez em muito tempo.

IV - Brisa Suave... Original

Começa a dar errado no momento que ela aparece.

Deerling estava bebendo água ao passo que Heiwas se escorava em uma árvore —era apenas a sorte deles que um rio passava no lugar onde haviam caído. Um silêncio confortável caiu sobre a dupla de encrenqueiros enquanto esperavam pelos seus companheiros de viagem; a nevasca havendo acabado há apenas alguns minutos atrás.

A raiva do tipo planta e gelo havia esfriado para uma simples energia nervosa, a adrenalina ainda trabalhando em seu sistema. A corrida ajudou mais do que Lótus esperava e as risadas foram o suficiente para diminuir o peso em seu coração. "Talvez não seja tão ruim assim" disse para seu próprio reflexo na água.

A água respondeu com um tremulado e dois olhos vermelhos piscaram das profundezas do rio. O cervo sufocou um grito quando se ergueu nas patas traseiras e recuou, colocando vários metros entre ele e seja-lá-o-que-for que estava debaixo d'água.

De alguma forma ele acabou nos braços de sua treinadora, tremendo como um recém-nascido. As mãos da menina abraçaram seu pescoço e o trouxe para mais perto, querendo abraçar todo o corpo da jovem corça, mas se atrapalhando com o tamanho do pokémon.

—Que fofo! É de estimação? —Uma voz alegre perguntou e as pupilas de Heiwas, instintivamente, voaram para a figura que se projetava a alguns passos dela.

A adolescente que a assistia de volta era mais alta que ela (o que não era muito já que ela própria tinha um metro e sessenta e dois de altura) e possuía um volumoso cabelo azul petróleo. Vestia uma calça jeans simples e um casaco vermelho cujas mangas foram dobradas até o antebraço. Um visual bem despojado para uma criatura tão… amostrada? Não, essa não era a palavra certa.

—Hã? —Heiwas perguntou tão eloquentemente que Lótus teve vontade de bater a cabeça na árvore atrás deles.

—Vejo que é alguém de poucas palavras. Tudo bem! —Disse sorrindo —Eu estava passando por aqui, sabe? Estou a caminho de Lakeside Town para testar meus limites, já que não há muito treinadores fortes por aqui. E você? Está dando um passeio com essa gracinha? Você deveria ter cuidado! É muito perigoso andar por aí sem um pokémon de batalha e há um boato por aí que existe uma Seviper que cospe fogo e…

A mulher parou de escutar no “vejo”, embora a parte do perigoso estivesse bem fixa na sua cabeça. Como assim era muito perigoso andar por aí sem um pokémon de batalha? Lótus estava lá porque ele era forte e não um adereço! Que ousadia!

—Deerling! —O pequeno gritou, mostrando os dentes para a menina.

—Qual o problema dele? É fome?

—Sim…??? —“Depende como você olhava. Lótus certamente estava com fome de sangue” Heiwas pensou, dobrando os braços com indiferença, não se importando se o cervo mordesse a garota —Vamos lutar.

—Oh não! Eu não quero machucá-lo! —A cabeça azul moveu os braços nervosamente, odiando a ideia por algum motivo —Além disso você dificilmente seria um desafio e não quero que fique triste quando perder!

Foi lhe dito com sinceridade, embora não fizesse diferença quando o resultado foi o mesmo. Deerling se lançou sobre ela, porém foi parado pelo braço direito da pesquisadora que, surpreendentemente, sorria um sorriso frio e feroz; As pupilas estavam dilatadas e cabeça se inclinou para o lado, luz e sombra brincando com sua face ao sombrear o brilhante dourado de seus olhos. Foi uma ação tão macabra que a desconhecida se viu tirando uma pokébola do bolso em reflexo.

—Vamos lutar —E dessa vez a voz não tinha mais calor, apenas um tom monótono que preenchia o silêncio da manhã. Não havia espaço para discussão. Heiwas não estava recebendo um não.

—Tuuudo bem, só não reclame depois que tiver perdido! —Suspirou longamente, lançando a pokébola no ar.

—Eu não vou“Eu não vou perder” sua mente sussurrou, já começando a trabalhar em uma estratégia contra o adversário —Lótus!

Deerling estava fulo da vida. Seu corpo tencionou como uma mola e Heiwas teve que ranger os dentes para evitar o desejo de retorná-lo para a pokébola. Aquela não era sua luta, então tudo que ela podia fazer era guiá-lo para a vitória e torcer para que a razão dominasse as emoções. Foi tudo isso que passou na sua mente quando ordenou o primeiro ataque.

—Aurora Beam!
—Hikari, Double Team!

O cervo hesitou por um momento, claramente não acostumado a seguir ordens de um humano, e esses poucos segundos que perdeu em sua preocupação foi o suficiente para que a Pikachu iniciasse sua defesa. O tipo elétrico gritou quando clones rodearam o tipo planta, as imagens vibrando e piscando como se estivessem em alta velocidade. Heiwas anotou mentalmente aquele ataque, juntando todas as informações que tinha até agora para tomar uma decisão.

—Eu preciso que se concentre e...!
—Ataque, vamos! —A garota gritou, sufocando os sussurros da treinadora menor.

Um raio elétrico saiu do meio dos clones em uma velocidade absurda. A pesquisadora só registrou o brilho amarelo antes de soltar um grito de “atire”. Como se as palavras dela fosse seu pensamento, o filhote saltou para trás um minuto antes de ser atingido, as patas aterraram na neve e derraparam quando um raio colorido e cintilante, como as luzes do norte, foi formado na frente da sua boca e disparado contra o Thunder Shock. Tudo explodiu e uma nuvem colorida choveu sobre eles.

—Essa foi boa —Elogiou com um sorriso divertido —Que tal isso? Quick Attack!

Heiwas não respondeu, muito focada em olhar para o chão e para o inimigo —Congele o chão!

Hikari estava saltando sobre a neve, as patas batendo com força para que ela não derrapasse ou tropeçasse. “Ela esteve na neve antes” pensou Lótus quando se lembrou de que seu pai fazia esses mesmo movimentos quando o inverno chegava e eles precisavam escalar as colinas brancas. Uma sensação de perda apertou seu coração, entretanto ele escolheu ignorar isso para se concentrar na batalha.

Ele pulou para cima e estufou o peito antes de jogar a cabeça para baixo com um sopro poderoso. O vento frio que saiu de seus lábios varreu a neve e congelou a grama onde tocou, formando um piso de gelo que fez as patas da roedora deslizarem embaixo dela. O queixo bateu no chão e a Pikachu gritou ao mesmo tempo em que continuava a girar pelo terreno congelado.

—Ótimo! Agora pegue ela com Vine Vip! —Disse friamente e o tipo gelo agiu de acordo.

Duas vinhas saíram de debaixo do colarinho do Deerling e chicotearam na direção de Hikari que estava a todo custo tentando ficar de pé. Ela girou e saltou sobre os dois primeiros, mas foi pega pelo terceiro movimento; a vinha se enrolando ao redor de sua perna direita e a levantando só para golpeá-la no chão no instante segundo. O cervo a arrasto pelo gelo e um barulho como de um quadro sendo arranhado ecoou sobre os gritos de desespero da outra treinadora, as garras da roedora deixando marcas na pista de gelo antes de ser jogada contra uma árvore e levantada de novo. Parecia que ela estava presa em um loop, um ciclo sem fim e doloroso…

—Electric Ball!

Pikachu concentrou toda a sua energia em sua cauda onde uma esfera de pura eletricidade foi criada. A coisa foi aumentando e aumentando de tamanho até que, com um giro de corpo, foi atirada contra o filhote que a recebeu em cheio. A energia percorreu o corpo de Lótus que recuou com força e gritou.

—Você está bem? —Heiwas gritou, virando a cabeça para ver se havia algum efeito colateral.

—Deer! —Ele bufou, soprando o ar para se acalmar.

—Vamos lá, amiga! Feint!

Hikari gritou determinada. O cervo olhou confuso e invejoso. A confiança que elas tinham entre elas era algo que ele havia cultivado com seu pai. Anos tentando ganhar a sua aprovação, tentando ser melhor para ele e por ele só para perdê-lo para uma bala! Onde estava à justiça nisso? Do que adianta confiar em alguém se você pode perdê-lo?

—Você confia em mim?

Lótus não respondeu quando o punho do Pikachu desceu sobre ele, quase o acertando se não tivesse se jogado no chão. Os cascos derraparam e ele deslizou para o outro lado quando o chão explodiu em um milhão de cacos.

—Preciso que confie em mim para vencermos! —Heiwas gritou, jogando a mão para o lado.

A dor não passava. Não importa o que fizesse ela sempre persistia, dormindo dentro dele, o fazendo pensar em todos os momentos de sua vida que esteve feliz. Deerling estava cansado de pensar em seu pai, em sua antiga vida, em como ele foi fraco e apenas ficou parado enquanto Sawsbuck tomava uma bala por essa garota, essa menina que se dizia sua treinadora. O tipo elétrico o acertou dessa vez.

Foi na sua escápula, bem sobre o osso de seu ombro que a cabeça atingiu, uma luz branca rodeando o corpo do tipo elétrico. Ela recuou tão rápido quanto apareceu, dançando com vento do leste.

—Lótus! —Ela chamou com um grito sem fôlego. Seus olhos dourados eram duas joias douradas na luz do sol, brilhando com um conjunto de emoções indecifráveis. O cervo, porém, parecia ter visto algo naqueles olhos porque os dentes haviam parado de ranges, as pernas não tremiam mais e as orelhas voltaram a ficar em pé —Corra comigo!

—Continue com Quick Attack! Está batalha é nossa! —A garota de cabelos azuis sorriu, sentindo a tensão na sua adversária.

Deerling bufou alto e se elevou nas patas traseiras e descendo com força sobre o terreno gelado, quebrando a crosta congelada e atirando neve e pedaços de gelo sobre a ratinha que vinha em sua direção como um raio. A neve caiu nos olhos dela e o Pikachu levou as mãos ao rosto para esfregar a sujeira longe.

—Freezy Dry!
—Thunder Shock!

O cervo demorou muito para atacar, até lá a rata tinha se livrado de sua cegueira e contra atacado o feixe azul que era o Freezy Dry. Os dois ataques se chocaram e explodiram, deixando Hikari com um sorriso presunçoso no rosto. Acontece que quem sorrir por último sorrir melhor…

E assim foi quando uma pequena semente acertou a cabeça do pokémon amarelo, se abrindo com um estalo e amarrando a fêmea em suas vinhas finas. Tanto a Pikachu quanto sua dona ofegaram de surpresa, sem entender o que havia acontecido.

—Agora, finalize isso! —Era a vez de Deerling de avançar...

O que aconteceu foi: Enquanto a fêmea não conseguia enxergar o que estava acontecendo Deerling produziu de sua flor branca uma pequena semente. Ele a segurou e a atirou no último minuto, usando Freez Dry para desviar a atenção do ataque principal e lançando o Leech Seed durante a explosão dos dois raios.

De volta à batalha, Lótus se sentia bem melhor. A adrenalina estava correndo e nublando boa parte de seus pensamentos e ele só conseguia sentir a energia escorre pelos seus cascos para empurrá-lo para frente. Era como se aquele ataque estivesse o libertando de algo que ele não sabia que estava o prendendo. Tackle acertou Hikari em cheio e ela desmaiou na hora, sendo jogada aos pés de sua parceira.

O cervo sorriu e chutou o chão, gritando de alegria antes de correr para os braços abertos da menina. Ela o abraçou longamente, enterrando o rosto no pelo suave enquanto sussurrava um fraco “obrigada”. Lótus também sentiu vontade de agradecer.

Em contrapartida a isso a garota que havia perdido estava olhando com clara tristeza no rosto, sua mão apertando a pokébola de sua pikachu com força.

—Essa é a primeira e a última vez que eu vou perder —Prometeu, tremendo da cabeça aos pés.

A mulher não a olhou nos olhos, embora fitasse com intensidade as botas vermelhas da adolescente. A jovem pensou em algo legal para dizer. Talvez um “Vamos ver” ou “Estou contando com isso”. No fim não houve tempo para falar nada quando a garota saiu correndo, empurrando um Treze confuso (porque, claro, só agora ele a havia alcançado) no seu caminho. Sua figura triste sumiu por entre as árvores.

Heiwas se perguntou se a veria novamente. Lótus apenas sorriu para si mesmo bateu a cabeça contra a cintura da pesquisadora, se afogando no cheiro e no conforto dela.


“Talvez valesse a pena confiar.”


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Mensagem por Orion Ter Set 03, 2019 10:47 am

Atualização
Heiwas
Eu gosto muito do jeito que você aborda a sua jornada de maneira única, que fica bem diferente do que a gente vê por aqui. A batalha teve o negócio da estação né, mas tudo bem.

Vou mudar a estação do Deerling e por o nickname.

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Mensagem por Heiwas Qua Set 11, 2019 4:06 pm

Brisa Suave, Veneno Corrosivo



O rio acabou sendo um bom ponto para descanso. A água fria era boa para beber e um alívio para a garganta seca da pesquisadora. A grama curta e rala pontuava a neve aqui e acolá, o que era apenas a sorte de Heiwas que ela pudesse, finalmente, ter um bom lugar para sentar e esticar as pernas cansadas. Só Deus sabia o quão ruim era se deitar na neve!

Tudo doía em seu corpo. Havia um queimor que preenchia seus músculos e ardia toda vez que fazia uma ação exagerada, uma dor que vinha do esforço de correr em uma nevasca ou avançar em metros de neve fresca. Doía, mas era bom. Heiwas não entendia esse sentimento.

—Shiinx —O gatinho bocejou, estirando-se em cima de sua barriga. A garota não gastou energia levantando a cabeça para olhá-lo, seu calor reconfortante sendo o suficiente para levá-la a um estado sonolento.

—Durma, eu acordo você quando for à hora de comermos —Treze ofereceu, virado para frente, olhos fitos no rio que corria no sentido contrário do qual tinham vindo.

Não foi preciso dizer duas vezes para que a adolescente, alegremente, fechasse os olhos e respirasse profundamente, sentindo o ar puro encher seus pulmões e oxigenar suas veias. Um novo corpo se aconchegou ao seu, uma cabeça caindo contra o ombro direito, apoiando-se pesadamente. Heiwas não abriu os olhos, mas reconheceu o Deerling com uma carícia na cabeça, puxando-o para que descansasse mais perto dela.

Lá em cima o sol se erguia, quente e convidativo, pela primeira vez em muitos dias...

IV - Brisa Suave... Original

O almoço foi uma grande zona de guerra. Primeiro havia três pães kalosianos cuja divisão foi feita justamente: um para cada e uma disputa até a morte pelo terceiro —nenhum dos dois ganhou quando o Pidgey da garota agarrou o alimento e saiu voando para uma árvore alta onde devorou, com uma cara debochada, o tão cobiçado pedaço de trigo e fermento. Havia também quatro barrinhas de cereais e uma garrafa térmica de café que Treze manteve distância por odiar, com todo o seu ser, o líquido negro e fervente.

—Estranho —Foi a reação da menina ao bebericar a bebida, extremamente açucarada, que a Enfermeira Joy do centro da rota anterior havia preparado.

—A culpa não é minha se eu não tenho vontade de me envenenar com essa coisa! Eeck!

O nojo e o comentário do menino renderam outra discussão que se estendeu por quase meia hora antes de Shinx se cansar e eletrocutar todo mundo, acabando tanto com a briga quanto com a hora do almoço. Tudo bem, todos estavam alimentados e prontos para partir. Quer dizer, estariam se algo surpreendente não tivesse acontecido.

O sol brilhou fortemente, empoleirado no céu azul e sem nuvens. Seus raios de luz derretiam a neve e o gelo, deixando um rastro molhado nas folhas finas das árvores coníferas. Nos arbustos e nas árvores frutíferas, botões de flores começaram a desabrochar, se abrindo lentamente para o brilho do sol, como se comemorassem a sobrevivência ao inferno. Deerling, em meio a tudo isso, também florescia.

Seu pelo coloriu-se, tingido de um rosa bebê enquanto que a única flor branca em sua cabeça era substituída por um halo completo delas. Pequenas estrelas de seis pontas, foi isso que Heiwas pensou quando o cervo abriu os olhos castanhos acinzentados — a única parte dele que não havia mudado —e grunhiu, estufando o peito para dar uma olhada melhor nas duas folhas pregueadas e na flor que ornamentava a base de seu pescoço.

—A primavera chegou —Heiwas declarou, meio em dúvida sobre se ela deveria parabenizar seu Deerling ou se preocupar com o clima.

—Que diabos?! O inferno não foi a, tipo, três dias atrás? —Treze perguntou, esfregando a testa com dois dedos, como se previsse a chegada de uma dor de cabeça.

A garota inclinou a cabeça e deu de ombros, colocando a mão no queixo no que poderia ser descrito como uma expressão pensativa, apesar da falta do olhar concentrado e do enrugar do nariz —Há uma lenda em Kanto que diz que existem três aves lendárias que controlam o inverno, primavera e verão. Eles são chamados de Articuno, Zapdos e Moltres, respectivamente.

—Espera —O garoto a parou com as mãos no ar —Você acha que essa história é real e que, talvez, a entidade de Aurille esteja ficando louca e é por isso que o clima tá ficando maluco?

—Blue acha que elas existem. Ele diz que as histórias existem por um motivo —Respondeu monotonamente, pegando o leãozinho azul no colo. Shinx miou e faísco, se sentindo muito energético para ser carregado.

—Mas nunca ouvi nenhum tipo de história desse tipo em Aurille, nem mesmo quando criança. Eu até ouvi umas teorias bizarras sobre os Sawsbuck e a ilha das fadas, ou os espíritos do outono e os bizarros pokémon que assolam as nevascas no norte, mas nada que soasse como um lendário.

—Sim. Isso é o que me preocupa…

—O que você quer dizer com isso?

—Eu…

—É lógico —Uma voz falou por cima do tom calmo da garota. Um barítono grosso e alto que vinha de trás dela —Se não há fumaça não há fogo.

Ambos se viraram a tempo de ver um homem caminhando em suas direções.

Era alto e rechonchudo, parecendo gordo, mas sem a barriga redonda; quase truncado. Tinha cabelos castanhos e barba bem cuidada com um pequeno bigode para combinar. Seus olhos azuis brilhavam com simpatia, mesmo que a linha de sua boca continuasse reta.

—Está certo —Heiwas o cumprimentou, acariciando o topo da cabeça do Shinx.

—Hum, e o senhor acredita nisso? —Treze perguntou, colocando-se ao lado da garota.

—E por que não? No meu ramo todas as hipóteses são possíveis até que sejam provadas erradas

—E que ramo seria esse?

—Pesquisador —Heiwas respondeu com firmeza e, depois que Treze lhe lançou um olhar incrédulo, colocou o tipo elétrico na cabeça antes de apontar para o peito do homem : —O emblema em sua jaqueta é do Centro de Exploração de Newmoon City. É um símbolo de que sua tese foi apresentada e aprovada.

—Você tem toda a razão. Me formei em Hoenn e fui chamado para dar continuidade a minha pesquisa aqui. Na verdade, já faz alguns meses que passei em Newmoon City, antes disso eu estava em Geonite.

—Oh, isso é legal —A confusão do garoto de cabelos laranja só se intensificou mais. Afinal, o que havia para estudar ali?

No fim ele acabou se contentando em apenas balançar a cabeça e acenar enquanto assistia, preguiçosamente, a garota de cabelos brancos se abaixar para pegar a Wooper no colo. Com um Shinx impaciente na cabeça, um Pidgey que fingia não se importar com sua treinadora, mas que continuava a se aconchegar em seu ombro, uma Wooper sonolenta em seus braços e um Deerling mal humorado aos seus pés; Heiwas era o epítome da louca pokémon. Certamente uma velha e seus setenta Meowths perderiam para aparência da adolescente.

—E o que o senhor está estudando? —Heiwas murmurou, balançando em seus pés suavemente. Os olhos corriam à sua volta, observando calmamente.

—O que estou estudando é uma…

—MARAVILHA!

O grito veio da mulher que caiu do arbusto ao lado da menina. Negra, possuía grandes e belos olhos verdes e seu cabelo cacheado estava amarrado em um rabo de cavalo. Ela rapidamente se recuperou da queda e agitou a sujeira de sua calça jeans antes de abraçar e beijar o homem. Quando finalmente se virou para os adolescentes e percebeu que não estavam sozinhos foi para sorrir o maior sorriso que Heiwas já vira e esticar o braço em uma saudação para eles.

—Veja, Jason —Ela cantarolou, cutucando o braço do pesquisador —Nós não estamos com sorte? Acabamos de encontrar duas cobaias perfeitas!

Heiwas engoliu em seco…


IV - Brisa Suave... Original

—Lazúli, não se preocupe! Peregrin é muito experiente! —Heiwas chamou, tentando passar segurança —Water Gun e Twister!
—Teste de controle número 01 —O homem disse, colocando o gravador perto da boca —Vamos começar. Feint.
—Seviper, ataque com Screech! —A mulher disse, atirando o braço para o lado.

As duas Seviper se entreolharam e se aproximaram, olhando meio confusas como se perguntassem umas às outras quem delas deveriam fazer o'quê. Lazúli lançou um meio olhar para o pássaro ao seu lado, tentando a todo custo não se intimidar pelos olhares predadores das serpentes.

—Pidg!

Foi o pássaro que quebrou a calmaria confusa que havia se instalado, batendo as asas com força e agilidade, produzindo um ciclone pequeno e fechado com uma coloração arroxeada. O turbilhão de vento atingiu a Seviper mais próxima, a mesma que possuía uma linha branca ao redor de seu corpo e se contorcia como se se preparasse para dar um bote —algo que se provou verdade quando a cobra superou o Twister e avançou com Feint em cima da ave.

O Pidgey gritou surpreso e ergueu as garras, jogando o corpo para trás para evitar o bote. As presas se aproximaram, os olhos brilharam e um jato d’água acertou a cabeça da cobra, jogando-a fora de equilíbrio e a atirando longe, o corpo torcendo sobre a força da água. O Wooper saltou em seus pés, animada com o tiro certeiro. Sua felicidade foi quebrada por um grito do segundo pokémon inimigo, uma onda vermelha ecoando de sua boca e abalando o corpo dos pokémon de Heiwas que, rapidamente, levaram as asas aos ouvidos (Peregrin) ou rolaram na grama, agonizando com o Screech, como foi o caso da tipo água.


—Parece que você está perdendo o jeito, amor —Falou a mulher, sorrindo maliciosamente —Dois hits de uma vez hahaha. Seviper pra cima! Poison Tail!

—Seviper, ataque o Pìdgey com Venoshock! —Ele respondeu com seu próprio sorriso —E como você sabe que não é a sua?!

Heiwas se perguntou a mesma coisa quando ordenou que seus pokémon esquivassem.

As duas cobras se enrolaram umas nas outras antes de partir para cima, confundindo, mais ainda, todo mundo. A primeira delas (ou era a segunda?) iniciou o round, deslizando rente ao rio, cabeça abaixada, antes de saltar no ar e usar a cauda para tentar golpear a Wooper. Um brilho roxo tomou conta da lâmina no final do rabo em forma de flecha da serpente e, como se fosse mesmo uma arma, desceu sobre a salamandra azul —Mud Bomb!

Rapidamente a ground type tomou ar, estufando os pulmões e, logo em seguida, cuspindo uma grande bola de lama que acertou a “flecha” envenenada em cheio. A cauda ricocheteou com a força do encontro dos dois ataques, embora a Seviper não tivesse desistido de sua presa. Aproveitando o empuxo do movimento, a cobra foi para outro confronto com o dobro da velocidade, agarrando a pré-evolução em um abraço sufocante.

—Lazúli!

—Oh isso é uma surpresa! —Disse a mulher ruiva ao agarrar um pequeno caderno de bolso e começar a folheá-lo —Extremamente reativa e independente. Você viu isso, querido?

—Estou meio ocupado aqui, Ana!

E de fato estava mesmo. De alguma forma os dois pokémon venenosos haviam se distanciado, levando consigo cada um dos seus inimigos. Enquanto a Seviper de Ana havia se aproximado do rio, essa preferia muito mais as árvores. O único problema é que as duas estavam em lados completamente opostos e agora Heiwas lutava para manter a atenção nos dois focos. Pelo menos Peregrin estava se saindo bem sem seus comandos…

O pássaro encarou o Venoshock com bravura, usando o Gust, previamente ordenado pela pesquisadora novata, para espalhar todo o veneno. O tufão agiu mais como uma parede contra o jato venenoso enquanto se aproximava por cima, usando o conflito como distração também.

Com apenas alguns segundos para pensar no seu próximo passo ele fez o mais sensato: agiu por instinto. Um segundo suas asas cortava a brisa calma e no segundo seguinte era o vento que tentava arrancá-las quando o corpo do pardal mergulhava em direção ao adversário, as asas se fechando para evitar muito atrito e as garras se erguendo, mirando nos brilhantes olhos vermelhos do pokémon serpentino. Era para cegar.

—Bite!

As presas surgiram do nada. Afiadas, ansiavam pela carne macia de Peregrin que gritou de surpresa e, no último minuto, abriu rapidamente suas asas, como se elas fossem duas molas contraídas e apertadas. Ele não vai mentir: dói pra caramba pairar no meio de uma descida, principalmente se você está bem próximo do chão. A dor, entretanto, foi ignorada por hora quando o Pidgey aproveitou a gravidade para bater suas asas com força contra a areia e a grama, atirando fragmentos do solo nos grandes rubis do predador (Sand Attack).

—Peregrin, Lazúli precisa de você! —Heiwas gritou, olhando de um lado para o outro, indecisa.

—Muito interessante! Seus instintos predadores falam mais altos —A mulher sussurrou para si mesma, assistindo fascinada o Poison Fang de seu pokémon —Mais uma vez está agindo sem comando. Está vendo isso, amor?

—Tudo que vejo é o quão desobediente seu pokémon é —Ele disse com uma careta que rapidamente passou de aborrecimento para pensativo —Ou essa é a minha? Bem, isso explicaria muita coisa…

O Wrap era o pior tipo de abraço que alguém poderia receber. Foi o que Wooper descobriu, descobriu e descobriu continuamente; o aperto enrijecendo seus músculos e tentando cortar seu suprimento de ar. As presas venenosas foram trazidas para perto de sua cabeça redonda e um fio de pânico percorreu a mente da salamandra que tentou espantar o medo e se focar na situação atual.

Então, tomando uma decisão bem pensada, Wooper respirou. Respirou e armazenou o máximo de ar que podia em seus pequenos pulmões, preparando-se para o momento certo. Momento esse que se mostrou instantes depois quando a cobra preparou seu bote e tentou fechar os dentes em seu crânio.
Um jato d’água foi cuspido pela fêmea azul, atingindo o céu da boca da Seviper e, de tão forte que era a força do ataque, acabando por separá-la da sua presa. Os membros ficaram frouxos sobre a tipo terra e ela se viu saltando por cima do emaranhado de escamas antes que sua oponente pudesse se recuperar do Water Gun.

Por outro lado Peregrin voava, colocando todo o esforço para chegar a sua amiga, embora a víbora estivesse bem atenta aos seus movimentos.
Com uma agilidade fora do normal ela saltou do chão e tentou morder a ave. O bote foi tão rápido que apenas o Keen Eye misturado com o Quick Attack foi o suficiente para fazer o Pidgey escapar, torcendo o corpo no ar e contornando o corpo esguio com destreza, a penas longas de suas asas raspando na pele escamosa do inimigo que não desistiu de sua perseguição.

—Troquem! Lazúli esmague-o com Slam e Peregrin, Twister!

—Não vamos perder! Seviper Venoshock! —Gritou a mulher, soltando seu caderno e apontando para frente.

—Poison Tail, agora!

Tudo aconteceu muito rápido. Pidgey voou na direção da Wooper e, essa, salto por cima da ave e golpeou o Seviper que o perseguia, esmagando sua cabeça na relva abaixo deles. Slam fez estrago e colocou a pobre serpente, que já havia sofrido vários hits anteriormente, em estado de inconsciência. A pobre víbora nem ao menos pode reagir quando seu queixo encontrou o solo e sua língua provou sujeira...

Ao mesmo tempo, do outro lado, a Seviper de Ana (ou era de Jason?) acertava seu primeiro ataque direto, acertando em cheio o peito do pássaro com o Venoshock. Peregrin caiu no chão, porém não ficou lá por muito tempo. O veneno não tinha surtido muito efeito, o que era pura sorte já que ele estava bem próximo da serpente quando foi acertado, e agora o pequeno pardal recolhia o resto de sua coragem para contra atacar com Twister.
Não deu outra. O momento em que o tornado acertou o alvo foi o momento que a Seviper sucumbiu a suas feridas e desmaiou. Uma batalha bem rápida com poucas baixas, talvez por que era dois pokémon recém-capturados? Heiwas ficou se perguntando se ela algum dia não teria tanta sorte e provariam do amargo da derrota. Ela ansiava e temia esse dia…

—Foi um bom treino —Falou monotonamente ao passo que Treze se desculpava, atrás dela, pela sua grosseria. Heiwas não entendeu muito bem, mas deixou isso passar em favor de cumprimentar seus pokémon pela esforço —Vocês fizeram muito bem. Estão ficando muito fortes.

Deerling e Shinx se aproximaram com graus diferentes de alegria. Shinx parecia um pouco mais energético quando tentava esfregar a cabeça nas costas de Peregrin que o mantia longe com uma asa esticada. Ela tentou não rir da criatura social que era seu pokémon e tratou de voltar sua atenção para os dois adultos que comparavam suas anotações.

—Oh, muito obrigado pela sua colaboração —O homem disse com um sorriso suave —Eu acho que agora temos o suficiente para nossas pesquisas.

—Sim! Por que não vamos nos sentar e conversar? —Ana gritou, colocando uma mão um dos ombros de Heiwas. Estranhamente, a menina não sentiu vontade de se afastar —Tenho certeza que nós, velhos senis, temos muitas coisas para lhe ensinar!

—Velhos? —Jason grunhiu —Fale por si mesmo! Eu não tenho parte nisso!
—Oh Jason!

E em meio a todo o caos que se seguiu tudo que Treze pode fazer foi rir e esperar que isso não acabasse em mais confusão.
Heiwas não tinha tanta esperança assim...

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Mensagem por Orion Dom Set 15, 2019 11:17 am

Atualização
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Fiquei aflito com o bichinho sendo esmagado pela Seviper, enquanto torcia pra Peregrin ajudá-lo e fazer alguma coisa por ele. Uma história bastante envolvente!

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Mensagem por Heiwas Sáb Out 05, 2019 10:26 am

Brisa Suave, Águas Turbulentas




—Falta muito? Acho que se demorarmos mais minhas pernas podem cair!

—Não seja chorão! Você parece ser um jovem tão forte —Ela riu —Tenho certeza que aguentará subir mais algumas milhas!

—MILHAS?!

—Não dê ouvidos pra ela. Provavelmente serão apenas mais algumas centenas de metros…

—CENTENAS?!

—Não entendo —A garota estava pálida sobre o sol da tarde. Ela respirava com dificuldade e suas pernas tremiam como se pertencesse a um recém-nascido —Por que estamos escalando uma cachoeira?

—Você não se lembra? —A mulher pareceu preocupada quando a menina quase caiu de cara no chão, sendo, por sorte, aparada pelo Pidgey que a vigiava com um olhar vazio —Nosso acampamento está lá —Sua mão subiu para apontar pra cima, mas Heiwas não seguiu seu comando e continuou a se arrastar pela montanha.

—Não entendo. Por quê?

—Você está bem? Ela acabou de te falar — O garoto parou ao seu lado, franzindo a testa.

—O que acho que ela está tentando perguntar é o porquê de nós escolhermos uma cachoeira para montar nosso acampamento —Heiwas assentiu, embora continuasse focada em colocar um pé na frente do outro —A nossa pesquisa envolve as propriedades minerais da água da Rota 3. Acredite ou não, mas minhas pesquisas têm demonstrado que o veneno dos pokémon venenosos dessa rota é mais fraco do que de outros da mesma espécie. As chances de um pokémon ser envenenado em uma batalha por uma Seviper, por exemplo, é cerca de 7, 5% quando, na verdade, as chances deveriam variar de quinze a quarenta por cento.

—E o que isso tem a ver com a água?

—Veja, meu marido estuda substâncias químicas…

—Como veneno, pó do sono e etc…

—E eu estudo minerais. Minha pesquisa, antes de vir para Aurille, era o efeito do carvão ativado em envenenamento, já que o carvão ativado é famoso por sua capacidade de filtragem, desodorização e remoção de radioativos e tóxicos. Então quando eu ouvi falar das características dos pokémon dessa rota decidir vir descobrir o que, exatamente, acontece para enfraquecer os ataques do tipo veneno e descobrimos que há alguma coisa nessa água que ajuda a diluir o veneno, fazendo-o perder sua concentração.

Treze parou, pensativo. O vento arrepiou seu cabelo laranja e os olhos, brilhantes como fogo vivo, fitaram, seriamente, os dois pesquisadores antes de ele abrir a boca e falar em um tom sério:

—Vocês sabem que nada disso faz sentido, né?

Heiwas podia diferir, mas ela estava muito preocupada em manter o seu almoço na sua barriga para abrir a boca. Oh Arceus, ela iria morrer antes de chegar ao topo não era?! Não era?!
IV - Brisa Suave... Original
Ela sobreviveu. Depois de vomitar duas vezes e quase desmaiar na reta final, a garota estava finalmente descansando, sentada em um tronco de árvore perto do riacho/rio turbulento que corria na direção da queda da cachoeira. A água tinha uma coloração mais esverdeada que o normal e alguns riscos azuis podiam ser notados aqui e acolá. A menina ficou se perguntando se a cor tinha algo a ver com a pesquisa de Ana enquanto observava seu companheiro de viagem e a mulher se afastarem em direção às árvores.

—Não se preocupe, eles só foram pegar lenha.
—Eu não estou preocupada —Ela resmungou, os olhos fixos no lugar em que Treze deveria estar há segundos atrás. Shinx deitou a cabeça em seu colo e murmurou durante o sono.

O homem não deu continuidade à conversa, muito focado no que estava fazendo para notar o estranho comportamento de sua convidada.

Jason era muito quieto comparado a sua esposa. Ele era grande, embora não musculoso, e parecia ter um bom gosto para moda, na opinião de Heiwas —o que não era muito já que ela não dava importância a roupas—, vestindo uma calça jeans preta e um casaco de capuz que lhe deixava extremamente fofo. Sua calma e silêncio eram confortáveis, apesar da mulher ter ficado com a impressão de que deveria dizer algo.

Heiwas baixou os olhos paras as mãos do homem que rabiscava algo na terra com um galho. Grandes olhos e presas curtas estavam riscados de modo despojado no lado de uma caverna (ou um buraco?) meio distorcida e sombria. A falta de talento para o desenho era nítida, embora a garota pudesse lhe dar alguns pontos pelo esforço. Quer dizer, ele tinha colocado até sombra na base da caverna.

—Não é sombra —As esferas azuis subiram do conjunto confuso de traços para se concentrarem no ouro derretido que eram os olhos da menina. A garota segurou o olhar por, exatamente, trinta segundo antes de virar o rosto com uma careta —É água.

—C-como você… —Cerrando os dentes e respirando para se acalmar colocou o felino azul nos braços e se levantou, dando as costas para o barbudo e balançando em seus calcanhares —Como você sabia o que eu estava pensando?

—Eu não sabia, mas você me lembra muito de mim mesmo quando era mais novo —Sua voz era tranquila, assertiva e em um tom despojado que a de cabelos brancos teve que tocar a última frase dele em sua cabeça para ter certeza de que estavam falando sobre seu passado e não algo fútil como o clima.

—Você é um menino e eu sou uma menina, como posso lembrá-lo de si mesmo?

—A ingenuidade não depende de gênero e eu tenho a impressão de que tanto eu quanto você não somos lá os melhores exemplos de pessoas astutas.

—Eu não vejo o ponto. Mentir apenas dar trabalho e sempre causa mais problemas que o soluciona.

—Mas às vezes uma mentira pode ser justificada, você não acha? —Parecia que o desenho tinha sido esquecido porque a pesquisadora conseguia sentir os olhos perfurando sua cabeça —Principalmente se for para conseguir algo que você quer…

—A verdade é clara e simples, ela existe e é real. O que mais eu ia querer?

Uma mão tocou nas suas costas e ela sentiu-se ser empurrada levemente para frente. Seu corpo endureceu sobre o contato e ela se virou com confusão estampada em seu rosto e um punho levantado, pronto para soca-lo. Shinx acordou assustado com a mudança brusca da menina e a estática produzida em seu espanto deixou em pé todos os pelos do corpo da garota. Ela deu um passo para trás, tensa, preparando-se para lutar ou fugir. Jason nem piscou.

—Eu também pensava assim —Ele sorriu, instável e trêmulo. Seus ombros caíram um pouco, no entanto nem isso o fez parecer menor. Se alguma coisa ele estava maior, sua presença de espírito pairando pesadamente entre eles —Mas as coisas mudam, principalmente quando se ama… —Ele alcançou a margem do rio com quatro longas passadas e depois se curvou, retirando do bolso de casaco um colar cuja corda era grossa e preta e o pingente era um losango tridimensional transparente. Havia uma espécie de luminosidade dentro, reluzindo em cores diferentes que, por sua vez, faziam as paredes de cristais do losango mudar de cor —E você não faria qualquer coisa por aquilo que ama?

—É por isso que as pessoas mentem?

—É por isso que você mente?

A água tremulou na frente do homem e as orelhas de Shinx ficaram em pé enquanto suas sobrancelhas se encontravam em uma expressão de concentração. Heiwas virou a cabeça para o lado, pensativa. O que ele queria dizer? Ela não teve tempo de responder quando bolhas surgiram do rio e algo disparou de lá.

Presas afiadas e gritos ao longe foram à última coisa que ela ouviu antes de soltar seu pokémon e se mover para frente, ignorando totalmente o chamado do medo ou o sussurro da razão...
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Mensagem por Orion Sáb Out 12, 2019 11:30 am

Atualização
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Oki, vejo que você prestou bastante atenção na caracterização dos personagens ao seu favor. Eu sempre gosto muito quando um desafio se torna algo construtivo na história de alguém, então use esse plot com cuidado!

Como você não usou Pokémon nenhum numa batalha, vou dar uma Rare Candy para você usar em alguém.

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