1.1 — Start

Enfim era dada a largada para Oliver e Duskull em suas aventuras como perfomistas no território aurilliano, o garoto de dezenove anos já almejava isso havia alguns meses e tratou de agilizar os primeiros preparativos para que viajasse rumo a Aurille. Deixara para trás muitas coisas, lá na pequena Solaceon, em Sinnoh, a sua família, a sua casa, os seus poucos amigos, mas ainda levava consigo a sua paixão pelo misticismo.
Chegara em Honey Island não fazia muito tempo, o lugar não era grande, até lembrava, vagamente, a pacata Solaceon, com exceção, claro, do excessivo cheiro de mel e insetos que rondavam o local.
Já era noite, e para o azar — ou não — de Oliver, havia um leve nevoeiro encobrindo a cidade, a temperatura estava relativamente baixa e, por isso, era difícil de se ver pessoas ou Pokémon passeando pelas ruas de pedras enfeitadas com folhas que o vento de outono fazia questão de derrubar.
No entanto, esse tempinho frio, com suaves rajadas de vento, que tornava a cidade silenciosa, era o favorito de Oliver para que ele pudesse praticar, em paz, os seus rituais e meditações. O perfomista se sentia em casa naquelas condições e mal podia esperar para que, de fato, começasse a sua jornada.

Objetivos:

Gostaria de pedir o desafio que é meu por direito pelo bônus de Especialista em Tipo: posso "invocar" um Pokémon de Raridade 1 na primeira rota se não tiver nenhum do meu tipo no bioma (link), gostaria de um Gastly
PS: Se possível, não dar nenhum contexto, pois já tenho planos

Já fazia alguns minutos que caminhava pelas silenciosas ruas da pequena cidade, tinha pouco sinal de vida àquela hora da noite, ainda mais sob um denso nevoeiro que limitava até a mais aguçada das visões a poucos metros de distância.
Decidi, então, escutar o conselho da minha avó, assim que chegar em Aurille, meu neto, faça uma oração para os espíritos, tente contato com eles para que eles te guiem, dissera ela.
Vasculhei minha bolsa em busca de um papel especial — Ela me deu tantos deles. Cadê? — falei comigo mesmo enquanto revirava todo o conteúdo da bolsa. Por fim, encontrei, parecia um papel velho, estava meio amassado mas iria funcionar.
Com um lápis preto, desenhei um símbolo em uma das faces do papel. Sentei no chão com as pernas cruzadas e segurei com a mão direita o papel estendido para frente — Se queimar, significa que há espíritos por aqui. Por favor Duskull, retorne. — disse colocando meu companheiro fantasma de volta em sua Pokéball para que ele não atrapalhasse no processo.
Fechei os olhos, comecei a orar em latim pedindo para que os espíritos viessem até a mim e aceitassem a minha oferenda, em troca, me guiariam para o lado certo naquele nevoeiro. Uma pequena chama se formou na ponta do papel e começou a consumí-lo, senti minha mão esquentar cada vez mais e botei o papel no chão a minha frente, após poucos segundos todo o papel havia sido queimado.
— Certo, agora quero respostas. Onde você está? Não represento mal algum, prometo. — o silêncio, mais uma vez, predominou no local — É, acho que não deu certo. Pode sair já, Duskull. — em uma fração de segundos o fantasma se libertou da Pokéball. Me levantei do chão e bati a poeira das roupas com as minhas mãos. Estava me preparando para voltar a desbravar aquele nevoeiro densa sem ter rumo definido até que comecei a escutar um som tenebroso, me dando um frio na espinha, não era o som do vento passando entre as folhagens, não era nenhum animal uivando.
O grande olho de Duskull passava de um lado para o outro procurando a origem do som. Enfim, após girar várias vezes no meu próprio eixo, fui capaz de ver algo que parecia uma nuvem de gás flutuando de um lado pro outro, sem rumo, assoviando. Me aproximei cautelosamente mas não o suficiente, a "nuvem" revelou ser, na verdade, um Pokémon muito conhecido por mim.
— Ah sim, um Gastly. Tinham vários lá na Lost Tower, né? — falei sem olhar diretamente para Duskull mas imaginei que ele havia concordado comigo. Mesmo sabendo do que se tratava, decidi registrar o Gastly na Pokédex para que eu pudesse ter acesso a informações mais científicas — Aqui não é seu habitat, não é? Chegou até aqui por causa do nevoeiro e do tempo, suponho. — falei enquanto escutava a Pokédex mas não deixando de olhar o Gastly por um segundo, ele me devolvia o olhar com seu semblante de bobalhão.
Seria interessante capturar mais um Pokémon já agora, me permitiria maiores combinações nos palcos. É isso. Vou capturar ele pensei enquanto encarava o fantasma Uma batalha? Será? Não me parece adequado... a dúvida perambulava pela minha cabeça.
Não pretendia ferir nem Duskull nem Gastly, então logo meti a mão na minha bolsa em busca do meu estojo com Pokeballs, saquei uma de lá e expandi-a em minha mão. Lancei em direção a Gastly Que bosta de lançamento foi esse, Oliver? pensei comigo mesmo enquanto via a trajetória torta. Iria errar, mas Gastly fez questão de revidar, atirou sua imensa língua para fora e rebateu a esfera em minha direção, um pouco mais pra cima acertaria o meu rosto em cheio.
Pelo visto ele não vai aceitar ser capturado assim, eu acho... Ou talvez esteja só brincando, vou tentar mais uma vez pensei entusiasmado. Lancei a Pokeball mais uma vez, dessa vez a mira foi mais precisa, porém, Gastly rebateu a esfera com a língua novamente.
Certo, vamos ter que lutar então Guardei a Pokeball no bolso da calça pois logo precisaria de usar ela novamente — Duskull, ataque com Night Shade. — solicitei, mas não fazia ideia do que estava fazendo.
Duskull hesitou inicialmente, mas logo executou o meu pedido. Seu corpo se tornou completamente feito por sombras, aumentou de tamanho e seu imenso olho rubi ressurgiu, estava muito mais assustador.
Gastly guinchou de susto e recuou. Mas não se deixou abater, o semblante em sua face alterara, disparou a sua língua em direção a Duskull e lhe atingiu em cheio, lançando o Pokémon a alguns metros para trás.
— Duskull, você tá bem!? — perguntei preocupado, ele acenou com a cabeça e parecia motivado a continuar a luta — Bom, então ataque de novo com Night Shade.
Sem hesitar, Duskull catou as minhas ordens e as executou com proeza. Desapareceu no intenso nevoeiro que pairava sobre a cidade naquela hora, após poucos segundos, ressurgiu em um tamanho vezes maior do que o normal, e o seu único e grande olho vermelho estava, assustadoramente, cintilante. Gastly assustou e recuou, mas respondeu logo em seguida.
O Pokémon Gás encheu a boca e, quando abriu ela de novo, atirou a sua língua rosada em direção a Duskull, o fantasma fora atingido em cheio e lançado a alguns centímetros para trás, tonto, chacoalhou o crânio pra tentar recobrar a consciência e voltar a batalha.
Se continuarmos assim, Duskull não resistirá por muito tempo. Só mais um ataque e vou arriscar falei pra mim mesmo, preocupado — Duskull, vamos mais uma vez. Ataque com Night Shade! — exclamei para o meu fantasma. Ele acenou com a cabeça dando a entender que iria executar as ordens.
Duskull começou a realizar uma espécie de dança, agitava os braços enquanto lançava o seu olho de um lado para o outro dentro do crânio. Sua sombra começou a se estender e cresceu, originando um novo, e gigantesco, Duskull que encarava Gastly com um único e horripilante olho escarlate. Gastly, espantado com a imagem, deu um grito de susto e recuou.
Certo, essa é a brecha que eu precisava Enfiei a mão no bolso do calça em busca da Pokeball vazia, a encontrei e puxei para fora do bolso. Expandi a esfera em minha mão e, sem pensar muito, lancei em direção a Gastly, este, por sua vez, foi atingido em cheio pela Pokeball, a esfera abriu-se ao meio e sugou o fantasma por meio de um feixe vermelho.
Os segundos que se seguiram foram longos, cheios de tensão e ansiedade, a Pokéball tilintava no chão freneticamente, balançando de um lado para o outro enquanto seu centro piscava em vermelho, até que, enfim, a captura do Pokémon Gás fora confirmada.
Logo em seguida Gastly se libertou da Pokeball e estampou um sorriso em sua face — Obrigado por vir comigo, Gastly. — agradeci com um sorriso no rosto, o Pokémon, por sua vez, deu uma risada seguida de uma lambida no meu rosto, foi nojento, mas não reclamei, me limpei da saliva dele e voltei ambos, Duskull e Gastly, para suas respectivas Pokeballs.

Após a batalha contra Gastly, fui o mais rápido que pude em direção ao Centro Pokémon, normalmente demoraria poucos minutos, mas eu devo ter dado algumas voltas por causa do problemático nevoeiro. A Joy dali estranhou eu ter chegado àquela hora da noite com tantos problemas de tempo, chegou a me oferecer uma cama para passar a noite mas decidi recusar por hora e voltei a caminhar pela cidadezinha.
Ainda em busca de conhecer mais aquela pequena cidade, andei sem rumo batendo os pés no chão, o único baralho era os dos meus passos pelas longas estradas de pedra. Meus Pokémon estavam fora de suas respectivas Pokeballs, aquele tempo silencioso e sombrio era o preferido deles e ambos queriam ficar flutuando por aí, não neguei. No entanto, eu sentia que havia alguma outra presença além dos dois, não estávamos sozinhos, mas preferi não me importar.
Após alguns minutos andando eu me deparei com um típico banco de praça, talvez eu já tivesse me encontrado com ele anteriormente mas não tinha notado a sua presença. Não resisti a tentação e decidi sentar um pouco para descansar as pernas. Aproveitei o momento para fazer um lanche — havia pego algumas comidas extras no centro Pokémon — vasculhei minha bolsa em busca do meu sanduíche e da ração para os fantasminhas.
— Ei, vocês dois, tó um pouco de comida. — disse abrindo o pequeno pote cheio de cubinhos comestíveis — Não sei se é gostoso, mas a Joy disse que é nutritivo para fantasmas. Experimentem um pouco. — não hesitaram, Gastly puxou alguns cubos de uma vez só com a sua língua e Duskull estendeu a sua pequena mãozinha de pano para pegar alguns para si.
Já devia fazer quase dez minutos que estávamos os três parados ali descansando. Guardei o potinho de comida e bati as mãos contra as minhas roupas para limpar as migalhas do sanduíce que ficaram na roupa. Seria um processo extremamente natural se Duskull não tivesse assumido um comportamento estranho.
Uma aura negra rodeava o Pokémon, seu único e gigante olho brilhava intensamente, sua aparência era de dar arrepios — inclusive, Gastly se escondeu atrás de mim com medo do que poderia acontecer. Apesar de tudo, tentei manter a calma e pensar em alguma ideia.
Puxei a Pokeball do bolso da calça e disparei o feixe vermelho contra o Pokémon, entretanto, fora uma decisão demasiadamente burra da minha parte, o Pokémon desviou do feixe e a aura negra rapidamente se expandiu, o Pokémon Réquiem passou a manipular ela com extrema facilidade. Esse não é o Duskull falei comigo mesmo temendo o que poderia vir em seguida.
Ele manuseou a energia e formou uma esfera sombria e a lançou em minha direção, minhas pernas bambearam e eu não consegui reagir. Fui atingido em cheio na boca do estômago, ajoelhei e urrei de dor, sentia uma forte queimação na região.
— Gastly... Hypnosis... Rápido! — pedi enquanto tentava me recompor, estava ofegante e era inevitável não gemer com a dor do golpe. Apesar do medo, Gastly executou a minha ordem.
Seus olhos foram possuídos uma energia vermelha, em seguida, ondas psíquicas foram disparadas em direção a Duskull, apesar de não ter uma boca visível, o Pokémon parecia estar rindo enquanto corria em círculos desviando das lentas ondas hipnóticas.
Eu só tenho uma chance, e não posso falhar agora disse a mim mesmo — Mais uma vez! — exclamei para o Pokémon Gás. Agora já estava de pé, enfiei a mão na bolsa em busca dos meus materiais de bruxaria, assim que tivesse a brecha daria início ao processo.
Gastly, por sua vez, executou o pedido mais uma vez, seus olhos fora tomada pela mesma energia vermelha de antes e dessa vez disparou as ondas psíquicas com maior intensidade. Duskull, no entanto, não tivera tempo para desviar, estava focado demais em ter total controle do corpo e preparar mais um raio de energia negra, as ondas hipnóticas o atingiram e ele foi, lentamente, caindo no chão em um sono de tempo indeterminado.
— Segure ele com Lick. vou tentar fazer isso mais rápido possível. — pedi para Gastly. Corri com os materiais em mãos. Primeiro usei o giz preto, desenhei um círculo no chão e dentro dele alguns símbolos, em seguida, espalhei quatro velas brancas nas bordas do círculo — formando um quadrado circunscrito — despejei gotas de um óleo amarelado ao longo da linha do círculo — Coloque ele no centro, Gastly, por favor. — pedi desesperado sem saber quanto tempo ainda teria. Gastly, com medo, empurrou Duskull com a sua língua para o centro do círculo. Por fim, passei correndo com um fósforo aceso acendendo cada uma das quatro velas e me sentei, do lado de fora do círculo, olhando diretamente para Duskull inconsciente.
Enquanto eu orava, em silêncio, o fogo das velas aumentaram, o óleo começou a queimar também e as paredes espirituais se ergueram, possuíam uma coloração amarelada, fora bem a tempo. Duskull acordou e estava enfurecido, se jogava contra as paredes mas não conseguia passar, gritava loucamente.
— Spiritus mali. Corpus exire. Mali spiritus, ab hoc innocentes creatura. Mali spiritus, ego calce ex hoc consilium. Ego autem bano. Ego autem bano. Ego autem bano. — vociferei em voz alta. A energia negra tremulava, Duskull parecia estar voltando ao normal enquanto queimava, uma lágrima escorreu do meu olho enquanto eu imaginava a sua profunda dor.
O Pokémon Réquiem urrava de dor enquanto a energia negra saía cada vez mais, ela abandonava o corpo do fantasma aos poucos até deixá-lo por completo e se dissipar. As paredes mágicas — juntamente com o círculo desenhado no chão — se desfizeram e Duskull caiu no chão, desmaiado.
Me levantei e corri para o meu Pokémon, o agarrei em meus braços e o abracei forte — Me perdoa, pequeno, por favor me perdoa, mas foi necessário. — disse com a voz trêmula enquanto mais lágrimas caiam — Obrigado Gastly, você foi muito corajoso. — agradeci ao Pokémon que agora estava com menos medo do que antes.
Desesperado, comecei a correr pela cidade em busca do Centro Pokémon para que pudesse tratar do Duskull o quanto antes possível. Por um momento estampei um sorriso no canto do rosto, os anos aprendendo bruxaria com a minha avó, afinal, teriam valido a pena.

Minha mente ainda estava muito bagunçada quanto aos últimos acontecimentos, Duskull tinha sido possuído por alguma entidade, tinha sido tudo muito estranho, mas parecia não se lembrar de nada. A Joy havia me dito que não ficara nenhuma sequela no Pokémon, mas também disse que nunca tinha visto um caso como aquele.
Continuei vagando sem rumo pelas ruas de Honey Island, entretanto, desta vez a minha cabeça estava a mil, buscando entender o que havia acontecido a alguns minutos atrás, assim que pudesse entraria em contato com a minha avó para conseguir uma orientação ou coisa do tipo.
Apesar de estar no mundo da lua, dois sons marcantes me trouxeram de volta para o plano real e me chamaram a atenção. Um deles era um zunido forte e estridente, o outro parecia uma criatura — ou até mesmo uma criança — indefesa gritando por socorro, assumi que se tratava de algum Pokémon feroz caçando esse outro ser indefeso. Por instinto natural, corri em meio ao intenso nevoeiro me guiando pelo som a fins de entender melhor o que estava acontecendo.
Os sons embalharavam a minha cabeça, a cada instante pareciam estar vindo de uma nova direção, no entanto, depois de quase dois minutos eu finalmente encontrei a sua origem. Tratava-se de um inseto gigante, talvez o dobro do meu tamanho, ou talvez seja porque estava voando, e um outro pequenino Pokémon com o corpo em formato de cone.
Apontei a Pokédex para o monstro gigante e descobri que tratava-se de uma Vespiquen Quê!? Mas tá muito diferente do normal, eu já vi algumas de perto enquanto eu pensava a Pokédex complementou, avisou que tratava de uma versão modificada da Vespiquen, não sabia ao certo o porquê dela estar assim mas afirmou que era mais forte do que o normal. O outro Pokémon, segundo a Pokédex, era uma Snorunt Então é você que evoluí para uma linda Fros... Froslass? Interessante falei comigo mesmo, a Pokémon de gelo estava com alguns machucados distribuídos por seu corpo, provavelmente havia sido atingido algumas vezes pela Vespiquen. Não tinha muito tempo para pensar, tinha que agir.
Me coloquei na frente da pequenina Pokémon gélida, ele, então, agarrou-se em mim e eu pude sentir a minha perna direita ficando gelada. Puxei do bolso da calça as duas únicas Pokeball que haviam ali Eles precisam dar conto do recado ou eu me ferro e as lancei simultaneamente para o alto em formato de espiral. As esferas se abriram e liberaram um feixe de pigmentação azulada materializando Duskull e Gastly.
— Sei que nunca fizemos isso antes, mas talvez essa seja a oportunidade ideal, precisamos vencer essa Vespiquen. — disse após trazer ao campo os meus dois fantasmas. Como esperado, eles se assustaram com a aparência monstruosa da vespa — seu corpo e suas asas eram maiores do que o normal, o seu ferrão era mais pontiagudo e possuía uma larga cicatriz diagonal no peito — contudo, eles se mostraram confiantes para a batalha.
— Certo, Gastly comece usando Curse. Duskull, distraia-a usando Leer. — solicitei para a dupla fantasmagórica. Ambos assentiram e partiram para executar os respectivos movimentos.
Gastly foi primeiro, começou a rir com um tom completamente maléfico enquanto uma aura rubro-negro surgia a sua volta, dois pentagramas surgiram, um na testa de Gastly e o outro no peitoral da Vespiquen. O Pokémon Gás urrou com a dor que sentira naquele momento mas logo se recompôs. Duskull, para não perder seu tempo, foi logo em seguida, seu único olho foi tomado por um brilho escarlate cegante, encarou fixamente a grande vespa que, apesar de toda a sua valentia, se sentiu amedrontada pelo movimento e recuou alguns centímetros.
Entretanto, Vespiquen não deixou a situação passar batido. O seu ferrão foi tomado por um brilho esbranquiçado, ela se posicionou mirando o ferrão na direção de Duskull, em uma fração de segundos a poderosa vespa avançou mirando no pobre Pokémon Réquiem. Infelizmente, o fantasma fora atingido em cheio e lançado a metros para trás gritando com a dor que sentira no momento.
Por fim, o pentagrama no peito da abelha rainha foi tomado por um brilho rubro-negro e aparentava queimar fortemente enquanto a inseta berrava intensamente.
— Ótimo, com esse movimento ela não deve durar muito, só preciso que vocês tomem cuidado com os ataques dela, em poucos instantes ela consegue nocautear vocês dois. — aconselhei a dupla de fantasmas e eles gesticularam com a cabeça dando a entender que captaram a mensagem — Gastly, ataque com Lick. Duskull, use Astonish. — exigi ao dois.
Não puseram tempo a perder, Gastly rapidamente disparou a sua gigantesca língua em direção a poderosa vespa, que por sua vez, fora atingida no rosto. Duskull sumira da vista de todos, no entanto, em um piscar de olhos ele surgiu vezes maior que o normal e com um semblante horripilante e gritando maleficamente a frente de Vespiquen, fazendo a abelha guinchar de susto e recuar.
Enfurecida, Vespiquen canalizou sua energia nos braços que foram tomados por uma energia esverdeada. Avançou freneticamente na direção da dupla fantasma e distribuiu cortes na direção dos dois, no entanto, os fantasmas foram ágeis o suficiente e desviavam de cada corte desferido pela vespa, ficando inatingíveis deixando a abelha rainha ainda mais enraivecida. Contudo, sua raiva logo foi substituída por agonia assim que o pentagrama em seu peitoral voltou a queimar fortemente.
— Continuem assim, usem Lick e Night Shade! — exclamei empolgado para os fantasmas. Estava tão envolvido na batalha que havia me esquecido o motivo de ter entrado nela, olhei para baixo e a pequena Snorunt ainda estava agarrada a minha perna, parecia estar se sentindo mais segura agora mas ainda tinha medo em seu semblante.
Gastly e Duskull assentiram com a cabeça. Gastly era mais rápido e agiu imediatamente, parecia estar enchendo a sua boca mas logo abriu-a lançando sua imensa língua em direção a Vespiquen, dando um "tapa" no rosto da abelha rainha, deixando sequelas: a movimentação da inseta parecia estar limitada, de fato, estava paralizada pelo ataque de Gastly.
Duskull aproveitou a brecha e agiu logo em seguida, foi envolto por uma aura rubro-negra e o seu olho começou a brilhar intensamente num tom escarlate, todo o campo de batalha havia se tornado um lugar sombrio que vibrava em tons de preto e bordô, uma sombra gigantesca do Pokémon Réquiem se formou e avançou em direção a vespa que gritou de susto enquanto sofria de dor.
Com a movimentação debilitada, Vespiquen começou a agitar as asas ferozmente produzindo uma ventania poderosa. Fortes lufadas de vento foram disparadas em todas as direções do campo, lançando Duskull e Gastly metros para trás, no entanto, eles resistiram ao golpe.
Entretanto, aquela havia sido a última tentativa de Vespiquen, o pentagrama em seu corpo voltou a queimar em rubro-negro enquanto a abelha rainha berrava de dor, um grito estridente que devia alcançar vários metros de distância. Estava completamente esgotada, mal conseguia bater as asas num bom ritmo, saiu voando sem saber se equilibrar muito bem.
Fiquei tão emocionado com a vitória que não notei que a Snorunt havia saído do lugar, correra para o centro do campo para pegar um saquinho de pano que parecia bastante recheado, trouxera, gentilmente, até mim — Obrigado, pequenina. — agradeci-a com um sorriso no risto e agachei-me para poder pegar o saco, ali dentro tinha quinhentos ienes, algo parecido com um quadrado multicolorido e um outro item que devia ser um tanto quanto incomum, nunca vira um antes.
— Seria um desperdício recusar isso, tudo né? Vou ficar com isso. — disse enquanto guardava os prêmios na bolsa — E você, pequenina? — virei-me para a Snorunt — Quer que eu te leve até a Joy para tratar dessas suas feridas aí? — ofereci a ela. Prontamente, Snorunt aceitou a oferta e deu saltos de alegria.
Enquanto vasculhava a mochila, me deparei com o meu estojo de Pokeballs Será? Bom, ela evoluí para Froslass, seria uma aquisição e tanto, né? pensei comigo mesmo. Havia tomado uma decisão, peguei uma das esferas vazia e ampliei-a em minha mão e apontei ela para Snorunt — Ei, que tal juntar-se a mim e aos dois? — disse apontando para a dupla de fantasmas que estava visivelmente desgastada pelo combate recente. Dessa vez, Snorunt parecia confusa diante daquela situação, não sabia se aceitava ou não, mas após alguns segundos ela esboçou um sorriso em seu rosto e cutucou o botão no centro da esfera bicolor, a Pokeball abriu e sugou a Pokémon de gelo para dentro de si e fechou novamente, o seu centro ficou verde por um instante confirmando a captura, mas logo ela se soltou e pulou para a minha cabeça.
Com um sorriso no canto do rosto, voltei a caminhar pelo intenso nevoeiro em busca do centro Pokémon.

Depois de alguns poucos minutos caminhando por Honey Island me deparei de volta com o Centro Pokémon local — já estava ficando craque em caminhar naquele intenso nevoeiro. Entrei no prédio e fui logo de encontro com a Joy, retornei os três Pokémon para a Pokeball e deixei todos aos cuidados da enfermeira e me movi para um outro setor do local.
Liguei para minha avó, tinha várias coisas para perguntar ela mas preferi começar a conversa com as boas notícias. Como de costume, ela ainda estava acordada a essa hora da noite e me atendeu rapidamente. Contei as novidades para ela, que estava tudo bem e contei para ela da captura de Gastly e de Snorunt, mas eles estavam aos cuidados da enfermeira naquele momento e por isso ela não iria conseguir vê-los — Fico feliz que esteja conseguido se sair bem em Aurille, meu neto, quem sabe eu não lhe mando um presentinho, hein? — dissera ela antes de mudar de assunto.
Antes de finalizar a chamada, decidi contar para ela o caso que havi acontecido com Duskull, sobre a sua possessão e a entidade negra que eu nunca havia visto antes. Ela franziu a testa, deixando visível a sua preocupação, mas logo voltou a botar um sorriso no rosto — Não foi nada muito sério, só costuma acontecer conosco, sabe? Que mexemos com eles. Por sorte eu ensinei bem o meu neto a se livrar disso. — soltou ela dando uma risada. Tentei me confortar com aquilo mas sentia que tinha algo a mais. Enfim, finalizamos a chamada, foi bem a tempo dos meus Pokémon retornarem, todos saudáveis e pronto para próxima.
Decidimos fazer um lanche antes de partimos por mais aventura por Honey Island. Fomos até ao restaurante do centro Pokémon, pedi um sanduíche para mim e ração específica para cada um dos meus três Pokémon. Em poucos minutos, o Pokémon assistente da Joy chegou empurrando o carrinho com a comida, peguei o meu sanduíche e os potes de ração, agradeci gentilmente antes que ela se fosse. Estávamos nós quatro famintos, pois a comida não durou por muito tempo. Despedi-me da Joy e fui me aventurar pelas ruas de pedra da cidadezinha do mel.
Foram longos minutos de caminhada, já estava considerando a possibilidade de desistir e voltar para o Centro Pokémon e esperar o dia raiar para seguir meu rumo em direção aos palcos de Aurille. Cheguei a dar meia-volta mas uma voz me interrompeu.
— Ei, você! Você mesmo, moleque. — falou a voz com um agudo tom de arrogância. Virei-me para trás, pude ver pouco mas era o suficiente para distinguir as características físicas da pessoa: era uma mulher alta, mais velha do que eu provavelmente, vestia-se bem, parecia uma mafiosa, um vestido cinza colado ao corpo com uma fenda que começava na cintura e deixava a mostra toda a sua perna, usava luvas até os cotovelos também cinzas, um pesado cachecol que ficava jogado para trás em um belíssimo tom de vermelho, sua pele era clara, mas não tanto quanto a minha, seus cabelos, curtos, formavam um elegante penteado, tinha um delicado tom de loiro, olhos bem marcados com a maquiagem, mas o maior destaque era na tatuagem que havia no pequeno espaço entre as luvas e o imenso cachecol, aparentemente era uma imagem de uma lua e um sol, formando um eclipse. (Inspiração do visual)
— Vejo que está se saindo bem por aqui, não é? — perguntou retoricamente, preferi me manter em silêncio — Bem até de mais... — falou com uma visível acidez na voz.
— Tá. Mas quem é você? — perguntei tentando não transparecer a pontinha de medo que começava a subir pelo o meu corpo.
— OI!? COMO OUSA!? — gritou ela visivelmente irritada, mas logo corrigiu a postura e voltou ao seu tom de voz normal — Ora, criança tola, vejo que veio que para Aurille sem nem saber quem está no comando desse território, não é? — perguntou ela me olhando fixamente, como se apreciasse algo em mim — Eu sou Emília Lion — apresentou-se, em seguida, ficou andando de um lado para o outro, me rodeando, enquanto contava a sua história, mas não era nada cativante então me perdi logo no início e só fingi estar entendendo do que se tratava, por fim, tudo se resumia a ela pertencer a uma tal de Team Eclipse que estava prestes a dominar Aurille.
— Suponho, então, que queira me roubar ou algo do tipo. — indaguei a ela.
— Quanta audácia a sua supor isso. Você não entendeu? EU SOU RICA! Não preciso ficar roubando pirralhos por aí. — disse ela visivelmente estressada — Porém, você está atrapalhando os meus negócios, sabe? — respondeu ela com aquele mesmo olhar de antes, de quem estava admirando um diamante prestes a ser lapidado — E sabe, é um desperdício ter que sumir com você. Me serviria muito bem. — falou Emilia com um olhar malicioso — Bom, chega de papinho, né. Saia Woobat! — falou ela retomando a sua pose de elegância, lançou uma Pokeball ao alto que ao se abrir materializou uma bolota azulada e peluda com um par de asas pretas.
Imediatamente apontei a Pokédex para o Pokémon e descobri que se tratava de Woobat, típico de Unova. Não demorei muito para fazer a minha escolha. Enfiei a mão no bolso direito e puxei de lá uma Pokeball, a lancei para o alto e invoquei o meu Pokémon para o campo.
— Duskull, saia! — vociferei chamando o Pokémon para a batalha. O Pokémon Réquiem surgiu ao campo e parecia empolgado com a possibilidade de uma nova luta, desde que havíamos chegado em Aurille ele estava mais enérgico, desejando adrenalina.
— Woobat, ataque com Gust! — ordenou Emilia, rapidamente.
— Certo Duskull, use Leer! — solicitei, buscando ser um pouco mais estratégico que o normal.
O Pokémon morcego atacou primeiro. Suas asas foram tomadas por um brilho esbranquiçado e começou a batê-las em um ritmo extremamente acelerado produzindo uma poderosa ventania, em seguida, lufadas de vento foram disparadas em direção a Duskull o atingindo em cheio e empurrando o fantasma a algum centímetros para trás.
Duskull se recompôs e logo preparou o seu movimento. Seu olho começou a brilhar, ficando ainda mais vermelho, encarou fixamente Woobat com aquele olhar assustador, o morcego, por sua vez, gritou de susto e recuou um pouco.
— Tentando, usar estratégia, não é? Espertinho. — disse Emilia com um sorriso no canto do rosto — Mas não vai durar muito. Woobat, Assurance! — exigiu ela.
— Duskull, utilize Disable. — pedi educadamente ao Réquiem que não recusou a ordem.
Woobat tomou a dianteira, seu corpo foi encoberto por uma aura escura e avançou rapidamente em uma espécie de investida em direção a Duskull, o atingindo em cheio e causando um bocado de dano ao Pokémon.
No entanto, o Réquiem se recuperou rapidamente e executou o seu movimento com exímia habilidade. Seu olho foi tomado por um brilho esbranquiçado e, rapidamente, um flash branco foi disparado, deixando Woobat tonto.
— Você tá brincando com fogo, garoto. — falou Emília, sua raiva estava começando a aumentar — Woobat, ataque com Confusion! — ordenou a criminosa.
— Duskull, Astonish. — pedi com um tom de voz sereno.
Mais uma vez, Woobat conseguira ser mais rápido. O Pokémon foi contornado por uma aura azulada e logo envolveu Duskull na mesma aura, fazendo com que o Pokémon gritasse e sentisse dor.
O fantasma, entretanto, não deixou passar batido. Seu corpo foi envolto numa energia misteriosa de tonalidade rubro-negra, seu corpo crescera e ficara muito maior que o normal, avançou em direção a Woobat que guinchou de susto e saiu voando para tentar fugir do Pokémon.
— Woobat! Use Heart Stamp! — gritou Emília, estava ficando cada vez mais enfurecida com o rumo que a batalha tomava.
— Duskull, não perca tempo e ataque com Astonish novamente! — exclamei excitado.
Woobat ainda estava se recuperando do susto recente e isso foi brecha o suficiente para Duskull atacar. O Réquiem foi envolto pela mesma aura rubro negra e teve o seu tamanho aumentado em várias vezes, seu olho cintilava e ele projetou uma sombra sua que foi lançada em direção ao morcego que, mais uma vez, gritou de susto e perdeu seu equilíbrio, caindo no chão.
— Morcego idiota! Levanta! Anda! Eu falei pra usar Heart Stamp! — gritava enfurecida a mulher.
— Duskull, finalize com um Night Shade. — solicitei confiante.
Woobat se levantou diante dos berros da sua treinadora. O coração em seu nariz começou a brilhar e ele materializou um grande e único coração rosa a sua frente, com um movimento das suas asas ele lançou o coração em direção a Duskull que foi atingido em cheio, fazendo com que o fantasma gemesse de dor.
Exausto, Duskull se esforçou para executar o meu pedido. Foi envolto numa aura rubro-negra, logo em seguida envolveu todo o campo de batalha nessa mesma aura que ondulava. O Réquiem projetou uma nova forma sua, era vezes mais assustadora, o olho brilhava em um intenso tom de escarlate, encarou fixamente Woobat que gritava apavorado enquanto era consumido pela aura de tons bordô e preto. Quando tudo se dissipou, o Pokémon morcego estava caído no solo, nocauteado.
— Pirralho imundo! Como ousa? — disse visivelmente irritada, imediatamente recolheu Woobat para a sua Pokeball e lançou uma nova em campo — Esse daqui você não derrota. Piloswine, venha! — vociferou Emília, invocando o novo Pokémon.
Apontei a Pokédex para o novo Pokémon, era Pilowsine, típico de Johto, do tipo Gelo e Terra. Poderia me dar alguns problemas se eu não fosse estratégico.
— Obrigado Duskull. Você merece um bom descanso. — disse ao recolher o Réquiem de volta para a sua Pokéball — Gaslty, sua vez! — vociferei, lançando uma nova Pokeball para o alto. A esfera bicolor abriu-se e materializou Gastly, o Pokémon Gás, este, por sua vez, soltou sua típica risada e logo estampou seu sorriso costumeiro no rosto, provocando ainda mais a oponente.
— Piloswine, ataque com Ice Fang! — ordenou Emília, brava.
— Gastly, contra-ataque com Hypnosis. — pedi com um sorriso no canto do rosto.
As presas de Piloswine foi envolto por uma energia azul-ciano, ele começou a correr em direção ao Pokémon Gás mas logo foi interrompido. Rapidamente, Gastly disparara diversas ondas psíquicas que atingiram Piloswine fazendo com que sua velocidade reduzisse aos poucos até ele alcançar o sono profundo.
— Seu peste! — gritou Emília furiosa — Acorda seu imbécil! Acorda! — exclamou a criminosa em direção ao seu Pokémon, mas não parecera surtir efeito.
— Gastly, Curse. — solicitei gentilmente e ele assentiu com a cabeça.
Sem hesitar, Gastly foi envolto numa energia de tons bordô e preto, começou a soltar uma risada maléfica enquanto dois pentagramas eram desenhados: um na sua testa e outro na testa de Piloswine, imediatamente, o pentagrama de Gastly ardeu e feriu o Pokémon fortemente, mas ele não parecia se importar com a dor.
Por outro lado, poucos segundos após a maldição, foi a vez do pentagrama do Piloswine queimar. O Pokémon continuou dormindo mas parecia agonizar de dor em seus sonhos.
— Seu animal imundo! Acorda agora e ataque esse... projeto de fantasma! — gritou Emília bufando de raiva. No entanto, seu Pokémon parecia estar adorando continuar em seu sono profundo.
— Gastly, ataque com Night Shade. — ordenei revelando uma certa excitação no tom de voz.
Gastly riu antes de executar o movimento. Foi envolto numa aura rubro-negra que logo cobriu todo o campo de batalha, uma energia negra começou a tocar o corpo de Piloswine, o consumindo por completo e lhe ferindo intensamente. O Pokémon se remexeu mas parecia que não iria acordar facilmente.
Mais uma vez, o pentagrama na testa de Piloswine começou a brilhar e a queimar o corpo do Pokémon, fazendo com que ele acordasse num solavanco e berrasse com a dor.
— Finalmente né, seu idiota. Acabe com ele! Use Ice Fang! — ordenou Emília.
— Gastly, use Lick. — pedi com um sorriso vitorioso no canto do rosto.
Gastly não perdeu tempo, disparou a sua gigantesca língua em direção a Piloswine, esbofeteando o Pokémon glacial, fazendo com que ele guinchasse de dor e recuasse alguns passos.
Entretanto, Piloswine se reergueu e preparou o seu ataque. Suas presas foram cobertas por uma energia azul-ciano e ele disparou em uma poderosa investida na direção de Gastly. Porém, a imensa agilidade de Gastly — somado ao fato dele flutuar — permitiram uma fácil esquiva do possível movimento fatal do Pokémon.
Por fim, o pentagrama de Pilowsine brilhou mais uma vez, o Pokémon começou a urrar enquanto agonizava de dor. Seus berros só cessaram quando ele estava caído no chão, nocauteado.
— INFERNO! — gritou Emília, assustando até a mim — Tome essa merda aqui! — lançou um saquinho de recompensas para mim — E se alguém ficar sabendo que você me venceu... garoto... eu te mato com as minhas próprias mãos! — ameaçou ela. Saiu dali batendo os pés, cheia de fúria.
Não me contive e dei uma risada junto ao meu Pokémon, agradeci Gastly pela batalha e o recolhi para a Pokéball para que tivesse um descanso digno. Dali, voltei ao Centro Pokémon mais uma vez.

PS: Favor não esquecer os prêmios pela vitória contra a grunt da Team Eclipse, inclusive a Rainbow Shard e o ponto no evento.

Antes de, de fato, encerrar aquela noite e partir para o Centro Pokémon para que pudesse descansar e tratar dos meus Pokémon, decidi usar um dos apetrechos que havia ganho antes de partir de Sinnoh: o Ride Pager.
Liguei o apetrecho e escolhi a função de encontrar itens escondidos, o Stoutland Search. Realmente, seria bem difícil enxergar algum em meio a todo aquele nevoeiro. Não demorou muito tempo e um imenso animal peludo chegou até a mim, tinha uma espécie de sela em suas costas e me esperava para montar.
Apesar de um leve receio de fazer isso, montei no Pokémon e ele imediatamente começou a farejar o chão em busca de algum item escondido para me dar. Foram longos minutos até ele começar a apontar em uma direção. Desci de suas costas e fui averiguar o que era.
— É algum tipo de Pokéball. — disse examinando a esfera bicolor, além da parte branca, o objeto tinha uma parte azul e duas linhas vermelhas, não sabia ao certo qual tipo era mas guardei em minha bolsa — Muito obrigado, Stoutland. — agradeci o Pokémon enquanto acariciava sua cabeça. Ele deu meia volta e partiu seguindo o seu rumo, em poucos segundos ele já tinha desaparecido em meio a imensidão branca e cinza do nevoeiro.