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Mensagem por Hektor Verunni Qua Jun 26, 2019 3:33 am

Ato 01 - Tudo começa em algum lugar...



                O cheiro era cruel, asqueroso. Carne queimada. Cabelos, roupas e madeira. Minha casa. A mansão de Sootopolis, ruindo ao meu redor enquanto eu fugia. O ar faltando nos pulmões e a fumaça me deixando cada vez mais tonto... A policial Jane que me acolheu e apoiou quando cai sobre a rua, arrastando-me pelo jardim com chão de cascalhos. O brilho intenso das chamas, enquanto elas devoravam tudo. A dor no meu rosto, com a lembrança do toque daquele Pokémon... Só pude ver os olhos, mas eram puro poder. E não pareciam furiosos, apenas tristes porque eu estava ali. Nunca esqueci do brilho carmesim naqueles olhos...

            E então despertei. Minha camisa preta estava molhada de suor, de novo. Meus cabelos grudavam na nuca, mas eu suava frio. Lavei o rosto na pia do banheiro, escondendo minha cicatriz com os cabelos. Eu não gostava de falar sobre o incêndio, mas era tudo o que viam quando olhavam para mim. Cobrir aquela parte do meu rosto tinha se tornado um hábito difícil de ignorar, mesmo sabendo que ele nada fazia para esconder de verdade meu ferimento.

- Chic? - Torchic bicou uma das minhas pernas. Ao que parecia, ele não estava em sono tão profundo quanto eu tinha imaginado.

- Oi, amigo. Me desculpe, te acordei outra vez, né? - Ele apenas eriçou sua plumagem, parecendo pouco preocupado com isso, e mais apreensivo por minha causa. - Não foi nada, já vamos voltar à dormir, ok? Amanhã finalmente vamos deixar Illuse City. Ainda não sei como vou fazer para deixar a vovó para trás. Mas ela parece bastante feliz com as médiuns do Salão das Fortunas. Disse que está aprendendo a ler a sorte. - Comentei, andando de volta pro meu quarto. Torchic me seguia de perto. - Sei que desde que eu fui te buscar no Laboratório Pokémon do Professor Birch, nós não fizemos muita coisa. Vovó esteve doente, e eu precisava cuidar dela. Mas agora que se aposentou e está morando aqui com as outras videntes, podemos finalmente partir na nossa aventura! - Abaixei-me na altura de sua visão, acariciando suas penas. - Mas quero agradecer por sua amizade e paciência. Acho que sou um dos piores treinadores que um pokémon de fogo podia ter arranjado. Um treinador com medo de movimentos tipo fogo, escolhe justamente um pokémon inicial de fogo.

     Torchic piou como se estivesse rindo, e pulou em meus braços. Ele conhecia bem demais os meus traumas, e eu tinha prometido que lutaria contra todos eles para deixá-lo feliz. Afinal, meu amigo também sonhava em ser um grande lutador, estava em seu sangue. Eu sabia o quão tristonho ele ficava, sendo um pokémon doméstico. E para mim, qualquer atividade que envolvesse viajar e conhecer outras partes de Aurille era melhor do que permanecer na cidade que flutua, lendo e pegando poeira. Eu não tinha herdado o dom de minha avó pro sobrenatural, ou achava que não. Talvez meus sonhos fossem apenas lembranças reprimidas, ou sinais de que os espíritos dos meus entes queridos não descansavam em paz. De qualquer modo, em algum ponto eu precisava parar de pensar apenas nos outros. Sempre um aluno exemplar e um bom neto, agora eu precisava cuidar de mim mesmo. Ao menos tinha um amigo, já que as crianças em Hoenn sempre tiveram medo de se aproximar de mim, depois do que houve com meu melhor amigo, que dormia na casa que queimou. Eu era chamado de "menino incendiário", e haviam até boatos de que eu mesmo tinha provocado o início do fogo, ainda que acidentalmente. Ninguém acreditava que um pokémon misterioso tinha aparecido para se vingar da Verunni Corp., e de suas pesquisas genéticas com pokémon.
       Na manhã seguinte, encontrei ao pé de minha cama um bilhete de Vovó Nadia. Junto da carta, uma poção caseira preparada por ela para restaurar ferimentos em pokémon, bem como mais cinco Pokébolas, necessárias para completar o time que me ajudaria a enfrentar os oito ginásios da região, sorteados pelo Sistema da Liga Pokémon. Animado, juntei minhas roupas mais apropriadas pra viagem, e peguei minha Pokédek atualizada de Aurille. Logo mais, os ginásios que eu precisaria enfrentar apareceriam, assim como as rotas ideais para chegar até eles. Esperava que o ginásio de Illuse City estivesse na lista, assim eu saberia por onde começar. Mas no fundo, torcia para que não. Haviam boatos de que os pokémon psíquicos do ginásio local eram bastante fortes e assustadores. Torchic entrou em sua ball com prazer, sabendo que finalmente iríamos embora.

"Meu querido neto. Escrevo essa carta por medo de não deixá-lo ir, se ainda estiver em casa quando você despertar. Estou no Salão das Fortunas, em aula com as videntes de Illuse. Hoje elas irão me ensinar os mistérios do Tarot Pokémon. Quanto a você, peço que seja bastante corajoso, firme e confiante em sua jornada. Não pense muito nesta velha, e tente fazer amigos. Outros treinadores, pesquisadores, criadores, e uma infinidade de pessoas interessantes que encontrará em seu caminho. Ah, não esqueça de capturar muitos pokémon! Seus pais não aprovavam a vida de treinador, mas eu ficarei muito feliz se me mandar todos aqueles que você não quiser levar nas viagens. Aqui na nossa casinha, posso cuidar de todos! Bem, pensando melhor, não mande um Gyarados ou Machamp. São grandes e desastrosos. Mas os menores, esses sim! Os outros ficariam melhor no Laboratório, creio eu. Acabo de ter uma visão de nossa casa sendo destruída por um Onyx! Não capture esse! Bem, seja como for, não tenha medo por mim! Estou curada pela medicina alternativa desta incrível cidade. Viverei ainda por muitos anos, e já previ o momento de minha morte. Não estou preocupada. Tenha uma boa viagem, querido. E tente se superar, sempre e sempre! Com carinho, amor e afeto,
                                                           Nana."



          Emocionado, mas ainda mais animado para seguir em frente, prendi a ball de torchic no meu colete preto e enfiei a mochila no ombro direito. Estava pronto para sair, mas antes queria explorar um pouco mais a cidade. Ali em cima, segundo diziam outros relatos de aventureiros que eu tinha lido na enorme Biblioteca, existiam alguns pokémon que não eram encontrados em outros lugares de Aurille. Então, não faria mal nenhum encontrá-los ali antes de ir para a primeira rota. Além disso, torchic tinha ficado tempo demais como um pokémon doméstico. Ainda que seu espírito fosse lutador, ele definitivamente precisava de algum treinamento antes de esperar enfrentar outros pokémon em batalhas oficiais. Ao menos eu sabia por onde começar. E não via a hora de deixar para trás os fantasmas do meu passado, para viver o futuro com alegria e esperança de novas conquistas! Sem ser um sobrevivente, um excluído. Meus pokémon seriam meus amigos, e eles eram capazes de nos amar como éramos. Eu mal via a hora de começar!

Objetivos:
— Treinar Torchic por mais alguns níveis;
— Capturar e treinar um novo Pokémon (Uma Staryu);
— Encontrar algum tipo de pista sobre a melhor rota a seguir e os Oito Líderes que terei de enfrentar. OBS: já girei os dados, mas o personagem ainda não sabe no RP.


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Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... Empty Re: Ato 01 - Tudo começa em algum lugar...

Mensagem por Sammy Qua Jun 26, 2019 7:59 am

Desafios
Escolha dois dos quatro desafios




Vela Apagada


Torchic está cansado de ficar em casa, ele quer viver uma aventura, um sonho, um perigo, ter emoções. O pequeno pintinho de fogo pretende ficar forte de alguma maneira, lute, perca ou vença batalhas para saciar os desejos do Pokémons



Recompensa:
+1 Nivel
1x Occa Berry

Objetivos... nada claros


Hektor é um aventureiro novato, ele não sabe muito sobre Pokémons ou sobrevivência. Desta forma, o garoto precisa encontrar seus objetivos, descobrir sua real vocação nesta imensa região.


Recompensa:
+1 Nível

Staryuken!


Staryu é um Pokémon misterioso, ele tem o corpo rochoso e um gema muito bonita em seu centro... mas com todas estas características o faz de um Pokémon raro. Hektor tem o desejo de capturar um, mas será que ele conseguirá?


Recompensa:
+2 Nível
2x PokéBall

Eu? O Campeão?
★★


Hektor e Torchic são grandes amigos, isto é um fato, ambos desejam viver uma grande aventura. Hektor precisa vencer três batalhas seguidas para descobrir o seu dom, se tornar um Campeão levará tempo, mas se tornar um Campeão da Rua é bem fácil.



Recompensa:
+2 Niveis
2x Potion
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Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... Empty Re: Ato 01 - Tudo começa em algum lugar...

Mensagem por Hektor Verunni Qui Jun 27, 2019 2:39 pm

Ato 01 - Tudo começa em algum lugar...



               Illuce City era semelhante às outras cidades apenas na superfície. Se você olhasse bem de perto, veria um dos vendedores das barraquinhas na feira levitando uma colher, ou o rapaz que dançava na rua cuspir fogo sem usar nenhum combustível. Haviam muitas maravilhas ali, mas para mim, que sempre tinha perdido horas à fio dentro de mim mesmo, as maiores delas eram os grimórios, tomos e volumes antigos sobre a história dos Pokémon e da criação do nosso mundo. Segredos há muito perdidos ainda respiravam ali, escondidos do mundo e preservados por Aurille. Era um local de conhecimento e sabedoria antiga, com estruturas maravilhosas a inspirarem medo e admiração em medidas semelhantes. Ainda assim, embora eu fosse capaz de respeitar o papel da maravilhosa cidade, sentia que o meu chamado era outro. Intuitivo, vez ou outra tinha a impressão de ver ou ouvir coisas que não estavam lá. Mas ao contrário de Vovó Nadia, aquele não era um lado meu no qual eu gostaria de me aprofundar. Preferia ter uma vida normal, com torchic ao meu lado, caminhando juntos na estrada que nos tornaria mais fortes. Afinal de contas, não havia nada de errado com o mundo em ser do jeito que era. Tentar mudá-lo ao bel prazer tinha sido a causa da destruição da minha família. Eu não ia permitir que meu destino fosse pelo mesmo caminho. Se tem uma coisa que o pokémon misterioso ensinou quando poupou a minha vida, foi que nós humanos nunca entenderemos por completo os poderes e criaturas que moldam o nosso mundo. Sorrindo ao sentir o sol no rosto, comecei a descer o quarteirão residencial para chegar ao centro da cidade. Liberei torchic de sua esfera, sorrindo ao ver a felicidade com que ele passou a pular assim que notou que já não estávamos mais em casa. Só então percebi o quão triste ele devia ter ficado, desde que tinha sido retirado de Hoenn por mim, sem participar de uma aventura. Nós nunca nos perguntamos sobre as ambições e sonhos dos pokémon, mas isso não significa que eles não os tenham. A diferença entre eles e nós, é apenas a de que os pokémon são capazes de amar com tanta pureza, que sempre colocam a vida do treinador em primeiro lugar. Algo que nós sempre tivemos dificuldade em aprender.

- Bem torchic, essa é nossa largada! Pelo que li no "Almanaque do Aventureiro em Aurille", Illuce City tem pokémons que não são encontrados em nenhum outro lugar da região. Portanto, todo o dinheiro gasto pela vovó no seu plano de "aposentadoria nas nuvens" valeu à pena. Eu já sei qual pokémon vamos caçar, antes de irmos embora. Um Abra! - Se eu devia ter um pokémon psíquico, nenhum era mais típico do gênero do que o famoso Alakazam. Eu só precisaria treiná-lo até lá. Empolgado, torchic pulou nos meus braços e eu o abracei, enquanto seguia em frente na direção do Bazar. Produtos esotéricos dos mais diversos eram vendidos ali, como pedras de evolução, cristais que aumentavam a força ou a velocidade de pokémons, incensos, sinos, até mesmo oráculos, como o Tarot Pokémon que minha avó estava começando a aprender a ler.

       Estávamos nos aproximando da praça central, onde vários adolescentes e crianças ficavam parados, para batalharem ou trocarem itens de viagem e até mesmo pokémons. Particularmente, eu achava a prática de trocar pokémons meio problemática, mas talvez fosse possível caso o intento fosse a felicidade do bichinho. Talvez nem sempre as vocações do pokémon e do treinador fossem as mesmas. E nesses casos, nenhum dos dois ficaria totalmente satisfeito. Cabia ao treinador pensar no bem estar do seu amigo...

- Hey, você! Quero desafiar seu torchic pra uma batalha! - O garoto parecia um pouco mais jovem que eu, e tinha os cabelos presos em um coque, com uma blusa laranja e uma barriga avantajada. No centro da peça de roupa, uma estampa com o rosto de um oddish. Trazia uma chikorita em seus ombros. - O que me diz? Seu torchic contra a minha chikorita!

Aparência de A.J.:

- O seu pokémon não é tipo grama? O torchic terá alguma vantagem. - Avisei, em dúvida.

- Eu sei, Cicatriz! A intenção é essa. Como a chikorita ficará mais forte lutando apenas contra quem possui vantagem? - Ele pareceu ofendido pelo meu raciocínio, mas eu tinha minhas dúvidas. Sem querer causar problemas, sorri.

- Tudo bem. Meu nome é Hektor, prazer. - Apresentei-me, estendendo a mão para cumprimentá-lo.

- O prazer é meu, Hektor. Sou o A.J., futuro especialista do tipo grama! - Ele pôs as mãos na cintura em uma pose engraçada. - É um treinador novo, certo? Não tem cara de quem já viajou muito.

- Eu estou começando minha aventura agora. - Confirmei, meio encabulado. - E você?

- Eu também! Na verdade, teria sido um pouco antes, mas meu pai foi transferido para trabalhar na Universidade de Illuce. Ele é tradutor de artefatos antigos, um arqueólogo pokémon. Até tem um aerodactyl reanimado como pokémon, acredita? - Era mesmo impressionante! Hektor tinha ouvido falar de pokémons reanimados, especialmente na região de Kanto. Um achado e tanto. - Se você não tiver problemas com isso, podemos ir juntos até a Rota 16. Já recebeu a lista de Líderes de Ginásio que terá de enfrentar?

- Na verdade, não. Suponho que quando chegar a hora, pode ser que a gente precise se separar. - Comentei. - Mas até lá, será um prazer viajar com você e sua chikorita, A.J.

- E com o meu Alolan Exeggutor também! Ele foi um presente, era do meu pai! É enorme, e muito poderoso. Seu torchic não teria chance. - Algo na expressão de A.J. não me convenceu. Mas ele tinha uma expressão tão engraçada, que acabei rindo. - Não acredita? Eu te mostro!

- Confio em você. - Falei sem pensar, percebendo que por motivo nenhum em especial, confiava mesmo.

- Certo, então! Vamos batalhar! - Sorrindo, ele deu alguns passos para trás, e chikorita pulou de seu ombro.

    Também andei alguns passos para trás, deixando torchic ficar à minha frente. Suas penas se eriçaram e ele parecia ansioso pela batalha. Todo arrepiado, como um pequeno brigão, ele esperava pelo primeiro movimento do adversário. A.J. comandou que chikorita iniciasse seus ataques com um "razor leaf", que ela lançou de maneira rápida na direção de torchic.

- Evasiva, agora! - Torchic já movia-se mesmo antes de eu terminar de falar. Com o susto que levei, quase perdi a noção do que estava acontecendo. Eu nunca tinha visto meu pokémon agir de uma forma tão precisa, tão... Voraz. O ataque da chikorita acertou a fonte de água onde a estátua de uma grande vidente observava a tudo, estóica. O líquido cristalino espirrou para todo o lado, assustando um pouco meu pokémon. - Torchic, use Scratch! - Ele saltou sobre chikorita, suas unhas arranhando enquanto ela pulava para trás. Uma investida do pokémon de A.J. empurrou torchic para trás, e ele fechou um dos olhos com o impacto. - Salte, agora! - Ele pulou na hora em que outras folhas afiadas atingiram o local onde estivera, explodindo com o contato. - Rápido, amigão, use Ember! - As brasas de torchic choveram sobre chikorita, que guinchou. No calor da batalha, torchic lançava seu ataque com força total, e as pequenas explosões levantavam alguma poeira no chão da praça.

        Chikorita ainda conseguiu sair da linha de fogo, e sob o comando de A.J., usou um "Vine Whip" para acertar torchic. Ele acabou bicando a vinha de chikorita, ficando preso ao tentáculo. Assustada, o pokémon de A.J. começou a balançar seu chicote, enquanto torchic continuava preso ali, para lá e para cá. A cena seria cômica se não estivessemos todos preocupados.

- Torchic, use Ember outra vez! - Imediatamente ele expeliu as brasas do seu bico, acertando chikorita e libertando-o ao mesmo tempo. O pokémon de A.J. rolou para longe, e torchic caiu de pé, virando para mim e pulando enquanto comemorava o resultado da batalha.

- Isso foi muito bom, Hektor. - Disse A.J., enquanto se aproximava sorrindo. - Obrigado. Vamos comigo até o Centro Pokémon, levar chikorita para descansar? - Assenti, mais do que feliz em ajudar. Foi então que um barulho chamou nossa atenção.

        Vindo da fonte, um brilho vermelho enchia a pedra central de um staryu de mau humor. Provavelmente o ataque de chikorita durante nossa rápida luta, tinha atingido o desavisado pokémon que descansava, em uma das fontes da cidade. A presença daqueles pokémons aquáticos ali nunca foi plenamente explicada, mas acredita-se que se deva ao fator místico que os envolve. Muitos acreditam que as staryu caíram do céu, milhões de anos atrás. Outros, que seus cristais guardam segredos para o além. A verdade era que aquele era um pokémon incrível, e que ao observá-lo de perto, eu já tinha decidio. Uma Starmie parecia bem mais promissora do que um Alakazam. Eu teria um tipo aquático e psíquico. Dois em um!

- Hektor, eu não posso usar o Exeggutor, ele vai machucar muito a staryu! - Explicou-se A.J. - Além disso, eu não capturo tipos água. Não quer tentar pegá-la? Tenho certeza que o golpe da chikorita já a enfraqueceu bastante. É bem efetivo.

- Não acho que essa staryu nos dará escolha, A.J.! - Esganicei-me, enquanto a staryu começava a girar em nossa direção, circundando como se pudesse voar, como um bumerangue pokémon. - Torchic, vá! - Meu pokémon se lançou ao desafio, sem pestanejar. - Use Scratch, agora!

              Torchic avançou para acertar staryu, mas ela era veloz de mais. Girando para longe, rapidamente o pokémon usou Water Gun, atingindo torchic em cheio. Meu pokémon reclamou e rolou pelo chão, enchendo-me de medo de que pudesse ter se ferido muito. A.J. também estava apreensivo. Contudo, torchic ergue-se novamente, cheio de determinação. Aquilo fez com que eu estivesse cem por cento com ele. Era como se eu pudesse sentir o sangue correr mais forte, a adrenalina de vencer.

- Torchic, use Ember no chão, aos pés do staryu! - Torchic obedeceu sem questionar, e uma grande nuvem de poeira começou a subir, enquanto staryu parecia indeciso sobre desviar ou não, já que eu não o estava acertando. - Agora, investida! - Torchic arremessou-se atingindo o corpo de staryu com o seu. - Scratch! - Alguns arranhões no cristal vermelho, e ele acendeu de vez, staryu caindo fora de combate.

- Staryu está fora de combate! Uhuuul! - Comemorou A.J. - Agora, Hektor! A pokébola!

          Atrapalhado, puxei uma das esferas em meu colete e a atirei contra staryu. O objeto a encapsulou como deveria, mas vibrou e tremeu por alguns instantes, o seu eixo central brilhando em apreensão. Logo, algumas faíscas saíram e a esfera parou, levitando de volta para minha mão. Apertei seu centro, e ela encolheu ao tamanho de bolso. A prendi de volta ao peito, tocando-a com cuidado. Era meu primeiro pokémon capturado! Uma staryu!

         
Staryu #120:


      Eu já estava comemorando com A.J., quando ouvi o som de uma risada afetada e a aproximação de duas pessoas que eu não conhecia. Não sabia muito como, mas algo me dizia profundamente que nada de bom sairia daquele encontro...

Objetivos Almejados:
- Staryuken;
OBS: 1xPokébola foi utilizada.

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Última edição por Hektor Verunni em Qui Jun 27, 2019 3:39 pm, editado 2 vez(es)
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Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... Empty Re: Ato 01 - Tudo começa em algum lugar...

Mensagem por Sammy Qui Jun 27, 2019 3:20 pm

Atualização
Hektor
Sua aventura foi realmente muito cômica, inocente e simples, fez me sentir no Mundo Pokémon quando no Anime. Em seu inicio pude ver que você optou por uma onda mais séria, uma pegada mais adulta e reflexiva, estes elementos fizeram com que a história fluísse ainda melhor. É incrível como você está encaixando o Hektor em uma Aventura no qual ele nunca imaginou.

O Desafio "Staryuken" foi completado com bastante sucesso, as recompensas serão entregues de forma rápida e certeira. Tchauzinho.
PRÊMIO
Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... 255
Torchic — Saúde: 80% —  Muito Bem
Torchic recebeu 3 Níveis e subiu ao nível 8. Torchic aprendeu Focus Energy.

Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... Pokeball
2x Pokéball
Por conta do Desafio "Staryuken", Hektor recebeu 2x Pokéball. Parabéns.
Staryu #120:
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Última edição por Sammy em Qui Jun 27, 2019 3:47 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Hektor Verunni Qui Jun 27, 2019 3:37 pm

Ato 01 - Tudo começa em algum lugar...



       Ainda contente e comemorando com meu novo amigo, mal me dei conta quando dois garotos estranhos chegaram correndo. A.J. também parecia distraído, mas não gostou nada quando os viu ali. Ele rapidamente correu para próximo de mim, enquanto observava os dois gêmeos se aproximavam. Eram contrastes encarnados, um menino e uma menina. Mas algo no comportamento dos dois deixava claro que eram irmãos.

Clay e Glenda:

- Odeio esses caras. - Resmungou A.J. - Valentões de Illuce City, o Clefairy e a Gengar. Na verdade o nome deles é Clay e Glenda, mas foi assim que apelidamos. São irmãos adotados pela mesma família, mas se comportam como gêmeos esquisitos. Dizem que vieram pra cá porque um é conectado ao outro. Me surpreende que não os conheça. Você não sai muito de casa, né?

- Não, não saio. Qual é a desses dois? - Resmunguei, notando que eles pareciam observar de modo nada simpático, mas não diziam nada. - Hey, qual o problema?

- Nenhum. Estávamos esperando vocês dois terminarem de falar sobre nós. - Respondeu o rapaz, de maneira dramática. - Saboreando a fama, por assim dizer. Não é fácil ser tão lindo o tempo todo, merecemos o reconhecimento.

- Deixa de palhaçada, Clay. O staryu que você acabou de pegar, garoto. Dá ele pra mim. - A menina de pele negra e cabelos roxos exigiu, nada amigável.

- Bem que você queria! - Rebati, rindo do absurdo. - Torchic! - Chamei, e meu pokémon saltou, irritado.

- Eu estava caçando aquele staryu! Não reparou que a luz dele estava acesa? Eu e meu gastly já tínhamos atacado, quando seu amigo o acertou e ele caiu na fonte. Aí você veio e estragou tudo! - A tal Glenda liberou seu pokémon, fitando-me com desprezo. - Gastly, use Smog!

           Imediatamente, uma enorme cortina de fumaça começou a subir, invadindo a praça ao lado da fonte. A.J. cobriu o nariz, assim como eu, enquanto ficava difícil de ver alguma coisa. Antes que Glenda desse outro comando, tive uma ideia maluca que talvez pudesse funcionar.

- Torchic! Salte para trás e use Ember na fumaça! - Torchic obedeceu, e seu ataque gerou o calor que aquela névoa venenosa precisava para explodir. O golpe acabou atingindo gastly com toda a força da explosão, que ficou bastante avariado. Ele devia mesmo ter batalhado antes, não estava em seu máximo.

- NÃO! Cleffa, vai! - O menino chamado Clay interferiu na luta, transformando o combate em dois contra um. - Cleffa, use Pound! - Torchic foi atingido bem no rosto, gemendo e rolando pelo chão. Ele tremia e eriçava as penas, mas não estava conseguindo levantar. Talvez aquela luta fosse demais para ele sozinho. Afinal, ele já estava batalhando com seu quarto pokémon no primeiro dia. Senti-me culpado por minha empolgação. Talvez eu devesse ter sido mais cuidadoso. O pior, era que se eu perdesse, com certeza aqueles dois usariam seus pokémons contra mim e A.J. Eles queriam minha staryu, e eu não a daria. Então uma surra era o mínimo que eu podia esperar.

- Torchic, se quiser descansar, está tudo bem.

- CHIC! - O som agudo deixava claro que ele ainda não havia terminado. O gastly de Glenda também já tinha visto dias melhores, então pensei rápido. Puxando o frasco em meu bolso, o abri e joguei o líquido sobre torchic. A poção caseira dos Verunni, receita da vovó. O líquido parecia restaurar rapidamente a saúde de torchic, que se preparou para a luta.

- Ei, poção não vale! - Reclamou Glenda, estalando a língua.

- E DOIS CONTRA UM, PODE? - A.J. intrometeu-se, revoltado. Ele devia odiar mesmo aqueles dois.

- Cleffa querida, use Pound e ensine a esse torchic quem é a Diva de Illuse City. Abafa! - Cleffa atirou-se na direção de torchic. Ao mesmo tempo, Glenda mandou que seu gastly usasse Lick contra torchic.

- Torchic, evasiva contra o gastly! Depois, use Ember! - Gastly e cleffa atacaram ao mesmo tempo, mas quando torchic saltou, os dois colidiram entre si. O impacto já tinha sido algo danoso, mas as brasas de torchic rapidamente amplificaram o drama. Gastly ficou totalmente fora de combate, enquanto cleffa parecia prestes a esmorecer. - Rápido, Scratch! - Torchic saltou contra o pokémon tipo fada, arranhando. A cleffa de Clay parecia odiar batalhas pokémon, não havia dúvidas de que era uma linda garota de concursos. Ela reclamou e logo ficou fora de combate, exausta.

- Hektor é o vencedor da luta! Cleffa e gastly não podem batalhar! - Declaro A.J., rapidamente.

- Não aceito isso! Vá, misdreavus! - Glenda chamou um novo pokémon, mas daquela vez eu já não tinha esperanças de exigir mais ainda de torchic. - Você também, paspalho, anda!

- Vá, pikachu! - Clay liberou o seu pokémon, outra vez ajudando a irmã em suas maldades.

- AGORA CHEGA! VOCÊS NÃO VÃO MAIS FAZER ISSO! - A.J. tirou sua segunda pokébola do cinto, lançando-a na direção dos gêmeos. Um gigantesco alolan exeggutor surgiu, com um pescoço tão alto que eu mão podia ver onde ele terminava. Um rugido alto ecoou pelo centro da cidade, e eu pude jurar que um calafrio enorme passou por minha espinha.

            O que se seguiu foi o caos. Com duas rajadas de seu Dragon Hammer, o alolan exeggutor de A.J. derrotou os dois pokémon dos gêmeos. Ele ainda lançou uma enorme Leaf Storm na direção dos garotos, que acabaram fugindo aos gritos. Uma das lâminas acertou a estátua da fonte, que perdeu a cabeça. Um rugido alto do pokémon irritadiço ecoou, e quando eu achava que já estava assustado, ele voltou-se para nós. Pude jurar que vi um brilho de desprezo e diversão maligna em seus olhos, quando olhou para A.J. Parecia que o exeggutor não tinha gostado nada de ser entregue a um treinador muito mais fraco que o seu. Os passos da criatura enquanto nos perseguia faziam tremer o chão. Gritando, agarrei torchic e corri, enquanto ele piava em desespero. O próprio A.J. corria com as mãos para o alto, apavorado.

- Tá explicado porque você não queria me mostrar seu exeggutor de Alola! - Gemi, horrorizado. - Talvez você queira considerar deixar ele no PC do Centro Pokémon! Antes que ele nos mate!

- DESCULPA, HEKTOR! - Os olhos de A.J. estavam cheios de lágrimas. - Eu não queria usar ele, mas aqueles gêmeos insuportáveis... Espera! Fui eu quem usei ele! Sempre tive tanto medo desse pokémon quando era do meu pai, que esqueci que agora ele é meu. Por que estamos correndo? - Ele parou, agarrando o meu braço. Então puxou a ball de exeggutor, chamando-o de volta. - Não quero admitir que não pude domá-lo. Por isso não vou deixá-lo no Centro Pokémon. Meu pai ficaria decepcionado.

             Eu não sabia o que era ter um pai, então se A.J. queria agradar o dele, não iria criticar. Juntos, nós começamos a rumar na direção do Centro Pokémon, enquanto pensávamos com ansiedade no caminho a seguir. Faltavam agora poucas horas para que soubessem quais Líderes de Ginásio deveriam enfrentar. E então, enfim a minha carreira teria seu início! Agora, com novos amigos em A.J. e seus pokémons (menos exeggutor, talvez). Mas principalmente, com um staryu em seu time, um novo amigo de jornada e aventuras.

Objetivos Almejados:
- Eu? O Campeão?;
OBS: 1xPotion foi utilizada.

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Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... Empty Re: Ato 01 - Tudo começa em algum lugar...

Mensagem por Sammy Qui Jun 27, 2019 3:46 pm

Atualização
Hektor
Uma aventura simples por conta de ocorridos anteriores, não há muito o que falar, minha avaliação anterior também servirá para esta.

PRÊMIO
Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... 255
Torchic — Saúde: 60% —  Bem
Torchic recebeu 3 Níveis e subiu ao nível 11.

Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... Potion
2x Potion
Por conta do Desafio "Eu? O Campeão?", Hektor recebeu 2x Potion. Parabéns.
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Mensagem por Hektor Verunni Sex Jun 28, 2019 3:33 pm

Ato 01 - Tudo começa em algum lugar...



                A.J. e eu deixamos o Centro Pokémon bem cedo no dia seguinte. Embora eu ainda não tivesse deixado a minha cidade para trás, não queria voltar para a casa de minha avó. Agora eu estava por conta própria. Já era o bastante que ela tivesse me deixado com algum dinheiro para a viagem. Agora eu mesmo conseguiria o suficiente para me manter e aos meus pokémon. Com staryu e torchic alimentados e limpos, levei as pokébolas novas e saí junto com meu amigo. O sonho de ser um treinador tipo grama ainda era um mistério para mim, mas eu desejava que A.J. me contasse suas razões, um dia desses. É claro que eu respeitaria a sua privacidade, afinal, acabávamos de nos conhecer.

- E então, Hektor? Por onde quer começar a caçar pokémons hoje? Não podemos esquecer que ainda não deixamos a cidade por causa do ginásio tipo poison que temos pela frente. Precisamos de um pokémon psíquico. - Ele pensou por alguns instantes. - Seria melhor se eu conseguisse um tipo grama que também fosse um pokémon psíquico. Ou se a chikorita pudesse aprender algum movimento desse tipo. Mas não se pode ter tudo.

- É verdade, no seu caso. Mas nada impede que você deixe seu pokémon na box depois de utilizá-lo, e talvez você consiga fazer uma troca com outro treinador! Quem sabe assim não pega um pokémon tipo grama? Existe um sistema de Trade no Centro Pokémon. - Avisei, memorizando outra vez o "Guia do Aventureiro". - Bem, acho que podemos começar te ajudando a conseguir um novo membro pra sua equipe. Assim poderemos treinar melhor. Me recuso a deixar seu Exeggutor ser usado outra vez, levianamente. Quero viver o bastante para conseguir a minha primeira insígnia, antes de sair daqui de Illuce City.

- Vai lembrar disso toda hora, cicatriz? - Ele ria, contudo.

- É o que dizem. Experiências traumáticas mexem com as pessoas. Ficamos revivendo a cena muitas vezes... - Provoquei, rindo também.

- Bem, vamos começar logo com isso, então. Você tem um ginásio a enfrentar, e seus pokémons precisam de mais força. - A.J. seguiu em frente, atravessando o mercado central na direção das Praças de Meditação, onde jardins, fontes e muitos labirintos vivos eram o lar de diversos pokémon psíquicos.

        Era um novo dia, mas eu tinha a sensação de que cedo ou tarde encontraríamos os valentões do dia anterior. Aqueles gêmeos não pareciam o tipo de garotos que engoliam uma ofensa, mas ao menos agora eles sabiam que A.J. podia colocá-los para correr a qualquer hora. Tinham fugido antes de perceberem que o alolan exeggutor estava completamente fora de controle. Então enquanto achassem que meu amigo podia controlar o próprio pokémon, estaríamos a salvo.

- Sabe, é bem humilhante ser mais fraco que o seu próprio pokémon. - Ele disse, desanimado. - Ainda tem gente que diz que isso não importa. Mas para mim, ter o respeito do exeggutor vai ser uma questão de honra. Você entende, Hektor?

- É claro. Eu acredito nisso. Nós e os pokémons devemos agir juntos. Meus pais esqueceram disso, tempos atrás. Acredito que foi quando deixaram de ser bons. Mas minha avó não. - Confessei, sem entrar em detalhes.

- Você é órfão? - Fiz que sim, sorrindo fraco. - Sinto muito. Eu também sou, de mãe. O exeggutor era dela. Ela era treinadora do tipo grama, uma líder de ginásio da região de Kanto, na verdade. Eu uso um oddish na minha camisa porque era o pokémon favorito dela. Oddish, bellsprout e vileplume. Ainda vou capturar o meu!

- Sei que ela ficará muito orgulhosa. - Concordei, sorrindo. De fato, havia uma explicação bastante plausível e comovente. - Vamos indo, então! Não temos tempo a perder! Espero não esbarrar com os gêmeos esquisitos por hoje.

- Eles não vão ter coragem de mexer com o Guttor. - Ele riu, maldoso. - Vai ser bom ameaçar eles, já que não perceberam nada.

        Nós dois ainda estávamos rindo quando nos afastamos do centro, finalmente chegando nos terrenos das Praças de Meditação, nos arredores da cidade flutuante.

Objetivos:
— Treinar Torchic e Staryu por mais alguns níveis;
— Capturar e treinar um novo Pokémon no Evento de Swarm (Smoochun);
— Enfrentar o treinador do VS Seeker, Olímpia.




Última edição por Hektor Verunni em Sex Jun 28, 2019 4:22 pm, editado 1 vez(es)
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Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... Empty Re: Ato 01 - Tudo começa em algum lugar...

Mensagem por Hilda Sex Jun 28, 2019 4:07 pm

Desafios
Escolha dois dos quatro desafios




A Beijoqueira


Alguns moradores de Illuce tem relatado que uma pequenina bebê tem causado problemas com alguns Pokémon macho pelos arredores da cidade, pois ela tem usado de seu charme e sua ganância para atraí-los para si e derrota-los em combate. Uma verdadeira viúva negra encarnada. Encontre-a e a capture para que ela não cause mais problemas aos moradores!



Recompensa:
+1 Nivel
+ Smoochum capturada;

Um pedido de ajuda!


Uma mulher surgiu desesperada em sua frente relatando que suas Pokémon foram roubadas por capangas da Team Eclipse e foram a caminho da rota 16. Tente ajuda-la recuperando as esferas bicolores a salvo. Seja criativo no final da história.


Recompensa:
+1 Nível
1x Super Potion

Batalha de dupla!
★★


Parece que os gêmeos Clay e Glenda querem revanche contra Hektor e estão procurando por ele. Derrote-os em um combate de dupla mais uma vez para seguir em frente.


Recompensa:
+2 Nível
1x Big Root

Treinamento Intensivo
★★


Staryu e Torchic têm estado bastante amigos, mas nem só de amizade se vive não é mesmo? Os Pokémon estão insaciáveis e famintos por batalhas, eles querem treinar. Treine ambos até o nível 12 antes de sair da rota.



Recompensa:
+2 Niveis
1x TM de Status


Última edição por Hilda em Seg Jul 01, 2019 12:28 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Hektor Verunni Sáb Jun 29, 2019 9:36 pm

Ato 01 - Tudo começa em algum lugar...



               Finalmente estávamos nas Praças de Meditação, o vasto campo de treinamentos e lar de uma enorme variedade de pokémons da cidade de Illuce City! Muitos escondiam-se nos labirintos vivos, que enfeitavam boa parte da cidade flutuante. Outros perambulavam pelos pátios, belas fontes e até mesmo pequenas casinhas e templos de meditação espalhados pelo espaço remoto, tão pouco frequentado por humanos e praticamente um reduto de calma e tranquilidade para os temperamentais tipos psíquicos. Juntos, Hektor e A.J. caminhavam pela região, tentando encontrar alguma movimentação suspeita. Abraçado com torchic, Hektor via a tudo de maneira calma, espreitando enquanto pensava em retirar o sanduíche natural que trazia em sua mochila, e comer algumas mordidas. Quando caminhava em silêncio por entre uma pequena trilha de cascalhos até uma fonte natural que brotava da pedra, foi surpreendido pelo barulho da barriga de A.J., que roncava sem parar.

- Por Arceus! Pensei que o som em sua barriga fosse o rugido de um ursaring! - Reclamei, o coração levemente acelerado por causa do susto. - Tente ser mais discreto, ora essa! Vai espantar todos os pokémon!

- Hei, eu tô com fome. Será que não rola me dar um pedaço desse seu sanduíche? Comi o meu todo mais cedo. Devia ter guardado pro almoço. - Ele se queixou. - Juro que pago mais tarde.

- Tudo bem, mas só a metade. Estou com fome também. - Falei num tom monótono, sentando-me na grama e abrindo minha mochila. Minha melancolia natural cedeu por um instante para um breve sorriso. - A.J... O que as siglas no seu nome significam? - Ofereci meu sanduíche, erguendo a mão para ele.

- Bom, quer dizer Achilles Junior. Meu pai é o famoso arqueólogo pokémon Archilles Wenstermont. - Ele explicou. Comprendi porque tinha feito tanto mistério. O pai dele aparecia em documentários do Discovery Pokémons todo dia, e também no Pokémon Planet, um canal dedicado só ao estudo de pokémons em seus habitats naturais, com seus costumes e práticas. Quando eu ia abrir a boca, contudo, para avisar do vulto que se aproximava de A.J. por sobre o seu ombro, acabei ficando sem fala. - Ei! Devolve aqui!

        Era tarde. Um estranho pokémon já flutuava ao redor de A.J., seus olhos brilhando enquanto o meu sanduíche brilhava, contido por sua vontade. Ele não tocava o alimento com suas patas, apenas o erguia com a força do pensamento. A energia que envolvia pokémon e objeto enviou um arrepio pela minha espinha, que preferi ignorar o ocorrido por medo de sentir ou ver algo muito incomum. Meu amigo bufava, irritado. Ele, apenas lamentava porque sabia que agora, tinha perdido seu lanche de vez. Eu, pelo menos, nunca tomaria comida de um pokémon. Naquele território, nós é quem estávamos invadindo. Baltoy parecia com fome, ou talvez só estivesse brincando. Pokémon psíquico comiam menos, até devido à sua natureza. Mas não queria dizer que só se alimentavam de luz ou meditações.

- Hektor! Vai deixar ele roubar seu sanduíche? - Queixou-se A.J. Sorri, pegando a pokébola de staryu, mas detive-me.

- É o nosso sanduíche, na verdade. Você perdeu a sua metade, e considerando que ele estava na sua mão, agora é sua responsabilidade conseguir de volta. - Provoquei, desafiando-o. - Lembra que vai enfrentar a Sabrina? Pois bem! Capture esse danadinho e use ele na luta.

  - Não é má ideia. Chikorita! - Ele liberou sua amiga, e ela balançou sua longa folha viçosa, observando o exterior e parecendo bastante desafiada quando viu o baltoy que girava no ar com o sanduíche natural. Ela rosnou para ele, flexionando as patinhas e preparando-se para a luta.

           O combate foi intenso, porém breve. A.J. usou Leaf Blade para dispersar a atenção do pokémon selvagem e em seguida, chikorita o atingiu com uma poderosa investida. O pequeno baltoy usou Mud Slap, atirando diversos projéteis de lama contra chikorita, que saltou e respondeu com Vine Whip ao comando de seu treinador. A.J. pareceu empolgado quando o chicote de vinha enrolou-se no corpo do baltoy, e ele pediu que chikorita o puxasse para o solo. Ela assim o fez, arrastando o adversário pelo solo, que usou Confusion para reagir. Por um breve momento, chikorita liberou o baltoy e sacudiu a cabeça, sentindo a dor provocada pelo assalto psíquico à sua cabeça.

 - Vai, chikorita, você consegue! - A.J. gritou, incentivando. - Use investida!

                Baltoy não parecia estar esperando pelo golpe seguinte, porque deixou o sanduíche cair e rolou por mais alguns metros. Ele ainda não tinha desistido de lutar, mas parecia bastante fraco. O problema, é que chikorita estava ainda mais. Se os dois continuassem a medir forças, Hektor temia que não fosse o pokémon de seu amigo quem venceria.

- A.J., termina logo com isso! - Sugeri, apontando para o baltoy. - A pokébola! - Ele rapidamente mudou o foco de sua atenção, puxando a esfera bicolor de seu bolso.

                      A pokébola vibrou por alguns instantes, piscando em vermelho e amarelo. Apreensivos, eu e A.J. observamos o objeto enquanto ele mantinha o mistério sobre o destino daquele pokémon. Enfim, a luz verde surgiu, sinalizando que agora meu amigo tinha um novo membro em sua equipe. Com passos lentos, peguei o sanduíche enrolado em plástico que estava caído no chão. Olhei para A.J. e ofereci o alimento em sua mão, que ele recebeu com um sorriso agradecido.

- Como você soube o momento certo de terminar a luta? Achei que fosse necessário vencer pra poder capturar o pokémon. - Ele parecia realmente interessado. - Foi algo que leu nos seus livros?

-  Não. Acho que eu só… Sabia que era a hora. Acho que é uma vocação, talvez… nunca pensei que fosse descobrir a minha. Só parecia algo que vinha de dentro, uma certeza. - Confessei, sorrindo. Era legal ser bom em alguma coisa, especialmente em algo sem qualquer relação com minha família.

- É, tem razão. Você leva jeito pra isso. - Ele colocou a mão no meu ombro. - Espero que a gente consiga vencer a Sabrina.

- Só tem um jeito de garantir isso. - Refutei, sorrindo. Ele pareceu incerto. - Batalhando, oras! Seu baltoy e sua chikorita, contra meu torchic e minha staryu. O que me diz?

- Mas o baltoy está ferido! - A.J. pensou melhor. - As poções, né? - Fiz que sim, sorrindo. - Okay. Baltoy, saia. - O pokémon novo surgiu, aparentemente desconfiado. - Ei, o que acha de treinarmos juntos por um tempo, sim? Tome o líquido desse frasco. Depois nós vamos encontrar um treinador bem legal pra você. Agora, chikorita e baltoy, vamos vencer!

            Baltoy parecia compreender, de uma forma inexplicável. Hektor por si mesmo, nunca duvidou que torchic podia entender o que dizia perfeitamente. Com um único movimento, liberei ele e staryu das suas pokébolas.

- Deem o melhor de si, vocês dois! Não vamos desapontar nosso amigo A.J. - Pedi, e torchic prontamente preparou para a luta. Ele, dos meus dois pokémons, parecia o mais animado para a batalha, de forma geral. Staryu era mais reservada, mas ainda assim parecia animada para a nossa atividade. - Okay, vamos lá! Staryu, use Harden! Depois investida contra o baltoy! Torchic, salte e use Ember em chikorita!

- Chikorita, use evasiva e responda ao ataque do torchic com seu Leaf Blade! Baltoy, use mud slap no torchic! - A.J. não estava para brincadeiras, acompanhando os movimentos dos meus pokémon, percebi que ele tinha pensado melhor.

                 Staryu foi atingida pelas folhas navalha de chikorita, e o dano foi bastante expressivo. Mesmo assim, graças ao seu movimento de endurecer, ela suportou o ataque muito bem. Baltoy por outro lado errou o mud slap, que também teria sido forte contra meu torchic. Ele, no alto após saltar, fez chover brasas sobre chikorita, que guinchou. Staryu dobrou uma de suas pernas, ao suportar o golpe tipo grama. Mas ela não esqueceu do meu comando anterior, e lançou-se contra baltoy, acertando-o com o que parecia um soco, mas poderia ser uma cabeçada ou chute. Afinal, todas as suas extremidades eram exatamente iguais. Baltoy foi derrubado, e eu pensei que se staryu conhecesse algum movimento do tipo água, a luta terminaria ali. Contudo, ela era apenas uma filhote, ao julgar seu tamanho e conhecimentos. Por um lado, aquilo era bom porque ela seria inteiramente leal a mim, mas por outro, eu teria de treiná-la bem do início.

- Chikorita, use Vine Whip na staryu e acabe com isso! Baltoy, use Confusion e depois Mud Slap no torchic! - Comandou A.J., parecendo mais confiante do que eu jamais o tinha visto.

- Staryu! Se prepare para receber o ataque com um Harden. Em seguida, use investida contra o Baltoy! Torchic, use Focus Energy e depois Ember na chikorita. Tente escapara do golpe do baltoy. Quero que vocês se mexam bastante! - Pedi, com o coração acelerando.

              Torchic foi o primeiro a pular para o lado da staryu. Pequenas esferas de energia brilhavam ao seu redor. Ele surpreendeu chikorita no momento em que ela tentava acertar staryu com seu chicote, e levou o golpe no lugar da aliada. Ele pareceu ainda mais irritado, e usou Ember com precisão. O golpe atingiu em cheio a pokémon tipo grama, que não esperava o booster do Focus Energy e foi à nocaute. Por outro lado, adaptando os comandos de A.J. ao que estava acontecendo, baltoy usou o Confusion em staryu e não em torchic, derrubando-a também.

- Chikorita, volte! - A.J. parecia animado. - Você foi bem, garota. Seu torchic está ficando forte, Hektor!

- Muito bem, staryu, agora volte! - Chamei, carinhosamente. - Bem, você não podia ter capturado pokémon melhor para enfrentar a Sabrina e depois o ginásio tipo poison. Baltoy é incrível!

- É, e parece que agora é um contra um! - Ele afirmou, preparando-se para o ataque. - Baltoy, circule o torchic do Hektor no ar, e use Mud-Slap até acertá-lo. Depois, finalize com o Rapid Spin!

- Torchic, use Focus Energy outra vez! Depois, Ember! - Pedi, observando enquanto baltoy já se movia.

            Torchic fez o possível para tentar escapar dos lançamentos de lama, e conseguiu desviar da maioria. Mas ao menos dois o acertaram, fazendo com que ele piasse bastante alto, e rolasse no chão. Em seguida, ele ergueu-se vagarosamente, observando o pokémon tipo solo que vinha voando num movimento giratório em sua direção.  Valente, torchic lançou suas brasas contra seu adversário, mas elas batiam e provocavam pouco dano contra o material que consistia na casca natural do baltoy. A ponta aguda de sua extremidade da cabeça acertou torchic, atirando-o para o alto. Meu pokémon foi nocauteado, mas antes que pudesse cair no solo, foi estabilizado pelo Confusion de baltoy, que o fez flutuar calmamente.

- Obrigado, baltoy. - Pedi, quando cheguei perto dos dois e chamei torchic de volta. - Acho que seu novo pokémon já foi treinado por alguém, A.J. Ele parece ser bem forte, pelo menos. E acaba parecendo que já luta há muito tempo.

- Eu gostaria de dizer que o mérito é meu, mas ele é mesmo forte. - Animou-se A.J. - Parabéns para você também, de qualquer forma. Nós estamos ficando melhores nisso.

           Eu não podia dizer de outra maneira. Cada vez melhores, mesmo que eu tivesse perdido. As diferenças de força e níveis de treinamento entre nossos pokémon eram evidentes, mas ao menos agora eu conhecia a força total do time de A.J. Podia me preparar da forma mais adequada. De qualquer forma, Sabrina devia ser ainda mais forte, mesmo que nossa batalha fosse no primeiro nível, uma vez que eu não tinha nenhuma insígnia. Ainda assim, eu não subestimaria sua força. Ao invés disso, peguei minhas pokébolas e comecei a andar na direção do Centro Pokémon, acompanhado do meu único amigo, que desejava tratar da sua chikorita e também do baltoy, por que não? Ainda tínhamos um dia cheio pela frente, e precisávamos agir rápido. Eu não queria perder muitos dias em Illuce City. Toda Aurille esperava com suas aventuras!
         

Objetivos:
— Evento: Treinamento Intensivo.


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Mensagem por Sammy Dom Jun 30, 2019 10:37 am

Atualização
Hektor
Eu gosto do jeito que você narra sua aventura, você usa uma forma leve e muito delicada. É bom ler textos assim de vez em quando. Mas não esqueça que Hektor passou por muitos perrengues nessa vida, ele está se tornando muito infantil, não acha? No aguardo de uma situação mais crítica para o rapaz.

Sobre a batalha ela correu bem, você tem um talento em narrar suas batalhas. Eu gosto de lê-las, e olha que eu não suporto nem escrever lutas pokémon.

— Pedidos:
• Colocar suas Informações no Perfil; Ficha, Box, Dados, Rota.

PRÊMIO
Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... 255
Torchic — Saúde: 70% —   Muito Bem
Torchic recebeu 2 Níveis e subiu ao nível 13.
Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... 120
Staryu — Saúde: 80% —   Muito Bem
Staryu recebeu 2 Níveis e subiu ao nível 7.
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Última edição por Sammy em Seg Jul 01, 2019 3:21 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Hektor Verunni Seg Jul 01, 2019 3:26 am

Ato 01 - Tudo começa em algum lugar...



               O pôr do sol em Illuce era lindo, especialmente ali nas Praças de Meditação. Quando capturou seu baltoy, A.J. me enfrentou em um combate duplo, o qual acabou vencendo. Mas depois, quando checamos o estado de nossos amigos à caminho do Centro Pokémon, percebemos que não estavam tão cansados. Torchic por exemplo, parecia bastante desanimado por ter perdido, enquanto staryu ficou fitando seu companheiro de equipe, sem saber bem o que fazer. Eu sentei-me ao lado dos dois, enquanto começamos a observar o sol que se afastava para longe, colorindo todas as nuves em tons de dourado, vermelho e um amarelo quase branco. A luz ia enfraquecendo em raiso que se dissipavam, incertos. Fazendo carinho nas penas da cabeça do torchic irritado, dei um pequeno sorriso quando ele olhou para mim. A.J. também estava por perto, tirando um cochilo de barirga para cima, ao lado da sua chikorita.

- Você sabe, nós não vamos vencer todas. O importante é que você, e a staryu também, saibam que sempre serão os melhores para mim - toquei em staryu também, esfregando os dedos em uma de suas extremidades, fazendo com que ela emitisse pequenos sons de agrado. - Perder nos deixa mais fortes. Perdemos familiares, amigos, e não podemos deixar que as derrotas mudem a nossa vontade de vencer. Sabem, eu não lembro de muita coisa antes do incêndio que destruiu a casa onde eu nasci. Foi o que acabou matando meus pais. Mas eu lembro que eles não eram bons. Eles viviam falando sobre um eclipse, ou algo assim... Mas eu tinha só cinco anos, quase seis.

-  Caramba, Hektor. - Admirou-se A.J., surpreso. - Então você só tem a sua avó desde bebê? - Concordei, recusando-me a deixar o clima pesar. Eu estava tendo uma vinda normal. Por minha conta. Não podia deixar a tristeza me acompanhar por onde fosse.

      As coisas começaram a ficar fora de controle quando aqueles dois apareceram outra vez. Clay e Glenda, os gêmeos esquisitões. Eles estavam vindo na nossa direção, como se tudo aquilo fosse um simples passeio no parque. Pareciam tranquilos, até que ficaram perto o bastante parque eu enxergasse os seus rostos iluminados pelas luzes dos postes acesos, com o avançar do crepúsculo. Os dois pareciam sorrir com um tom provocativo. Imediatamente eu soube que os dois iriam arrumar confusão.

- Qual é, vocês de novo? Acabamos de nos conhecer e já estão apaixonados? - Provoquei, e torchic piou no meu colo, rindo. Staryu os fitava com indiferença.

- Não é nada disso, Fantasma da Ópera! Você tem muita coragem de se achar tudo isso, com uma cara dessas! - Glenda quase rosnou, mas algo em seu tom me dizia que ela tinha levado meu comentário muito a sério. - Patético. Eu e Clay queremos te desafiar para uma revanche. Não aceito termos perdido para um fracote como você.

- Não querem lutar comigo? Que eu me lembre foi o meu exeggutor quem colocou vocês pra correr. - A.J. precisava ter mais senso. E se eles dissessem que queriam? Iria liberar aquele monstro? Pra minha sorte, os dois arregalaram os olhos, mas rapidamente voltaram ao controle.

- Nós só queremos uma revanche contra o Hektor aí. Você é um treinador ou não é, cicatriz? Uma revanche limpa, dessa vez sem trapaças. O que nos diz? - Clay perguntou, com seus olhos faiscando. Ele era um garoto bonito, mas vivia tanto à sombra da irmã, que quase não dava para notar. Quis dizer que só quem trapaceou foram eles, mas decidi deixar aquela passar.

- Eu não sei porque vocês se sentiram tão incomodados por perderem uma batalha. De qualquer forma, não vejo problemas. Mas sabe, é muito mais divertido quando começamos a entender as coisas de forma madura. - Retruquei, olhando para meus pokémons. - Vamos lá, galera?

               Staryu e Torchic se posicionaram, aguardando meus comandos ou que A.J. declarasse a luta em seu início. Glenda parou ao lado de Clay, e os dois liberaram os seus pokémon. Glenda usaria um trubbish, que observava meus pokémons com cara de poucos amigos. Enquanto isso, Clay liberou um pikachu que estava de pé nas quatro patas, preparado para o embate. Meu adversário ordenou que seu pokémon performasse um Quick Attack, enquanto Glenda ordenou que trubbish utilizasse o Pound, mirando em meu torchic. Gritei para que meu pokémon de fogo respondesse com um Ember, mas por um segundo fiquei incerto quanto ao comando que pediria de staryu. Surpreendentemente, antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ela atingiu trubbish com um Water Gun, desobedecendo e revelando que conhecia um novo movimento de uma só vez. Torchic não deixou por menos, mirando suas brasas no pikachu que atingia o meu pokémon estrela com o impacto do seu ataque.

- Trubbish, use Poison Gas agora! - Ordenou Glenda, apontando na direção do torchic.

- Pikachu, use Thunder Wave nos dois e acabe com isso! - Realmente, aquele golpe seria o fim para os meus pokémons, se acertasse em cheio. As bochechas de pikachu brilhavam, soltando faíscas. Ele começava a emanar energia elétrica. Foi quando percebei que devia pensar rápido.

- Staryu, use Rapid Spin para girar no ar ao redor deles e acerte o trubbish nas costas! Torchic, salte e use Ember sobre ele! Vocês precisam derrubá-lo antes que ele solte o gás, e antes que a onda de choque paralise vocês. Do contrário, vocês ficam nas mãos dos dois! Vamos! - Era uma questão delicada, e nosso timing tinha de ser preciso. Staryu era ótimas em cumprir ordens, pois fez exatamente o que eu tinha imaginado.

                      Quando torchic saltou sobre os nosso adversários, staryu já girava ao redor dele, e a sincronia dos dois parecia algo realmente épico. Eletrizante, com o perdão do trocadilho. Staryu acertou trubbish no momento em que a Thunder Wave de pikachu falhou. O pokémon de Clay olhou para o treinador, esperando instruções, enquanto o pokémon venenoso de Glenda era lançada para a frente, voando bem para a linha de tiro de torchic, que acertou as brasas dentro da boca do pokémon que tentava cuspir seu veneno. O combo de ataques deixou o pequeno fora de combate, mas eu não estava pronto para comemorar. Um golpe elétrico bem posicionado, e staryu seria derrubada. Torchic não podia se dar ao luxo de descansar.

- Pikachu, use Thunder Shock na staryu! - Gritou Clay, e pikachu prontamente obedeceu. Staryu pulou para girar em círculos para longe, mas ainda foi parcialmente atingida. Felizmente, meu outro pokémon estava bem perto.

- Torchic, use Focus Energy e depois Ember! - Torchic surpreendeu Pikachu, atacando-o com precisão. Meu pokémon parecia liberar energia com cada vez mais vontade, enquanto as faíscas de energia brilhavam ao seu redor. Algo bastante curioso estava acontecendo, mas pareceu ceder quando ele parou. Pikachu foi atingido e empurrado para trás. - De novo, torchic!

- Pikachu, use Play Nice! - Gritou Clay, em último recurso. - Agora!

         Pikachu olhou para torchic, e seus olhos brilharam em simpatia. Torchic parou por um momento, e o olhou bem de perto, parecendo curioso. Os dois cheiraram, e pareceram bastante interessados em conhecer um ao outro. Confuso, olhei para a staryu que me encarava de volta, parecendo mortificada. Ela fez um dos seus sons característicos, como quem pergunta: "O que eu faço?". Não soube responder. Clay parecia triunfante ao perceber que seu golpe tinha funcionado.

- Ótimo! Agora ele perdeu a vontade de lutar! Pikachu, use Thunder Shock! - Ele mandou, com o dedo indicador em riste.

- Pikachu? - O pokémon disse, parecendo nada interessado. Ele fitou seu dono com neutralidade total, e então virou o rosto em desprezo. Era a coisa mais fofa que já vi, e uma das mais engraçadas.

- Pikachu! Lute já! - Clay olhou para sua irmã. - Ele fez aquilo de novo, Glenda!

- Você não devia usar Play Nice, se sabe que o seu pikachu bundão não consegue batalhar depois que faz efeito! - Glenda estava revoltada. Ainda que fosse negra, era possível ver a vermelhidão em suas bochechas.

- Declaro a batalha encerrada! Hektor venceu! - A.J. anunciou como juiz, comemorando. - E seu pikachu ganhou o troféu de carinha mais legal de Illuce, Clay! Até ele sabe que vocês são valentões.

- Cale a boca, rolha de poço! É pura sorte que escória como você continue nos vencendo! - A garota cruzou os braços revoltada.

       Abri a boca para responder à sua provocação e começar uma confusão que acabaria terminando no exeggutor de A.J. nos perseguindo por Illuce pela segunda vez. Mas algo deteve minha atitude. Subitamente, todos nós reparamos que névoa e neblina começavam a cobrir as Praças de Meditação, agora desertas com a noite. Pikachu pulou no colo de seu dono, que agora o segurava com apreensão. Aquele tipo de fenômeno meteorológico não acontecia ao acaso. Puxei a pokébola de meus pokémons e os chamei de volta simultaneamente, aproximando-me de A.J., que também guardava sua chikorita. Juntos, nós quatro ficamos ombro a ombro, tentando ver alguma coisa além de nossa visão mais imediata. Era impossível. Enfim, uma forma humana se revelou, e ele vinha acompanhado de um decidueye de aspecto maldoso, cujos olhos brilhavam, controlando a névoa. Eu não sabia o que ele estava fazendo para provocar aquilo, mas sabia que não era totalmente natural. Incerto, observei com o canto do olho quando Glenda e Clay enlaçaram os braços, nervosos.

- Quem é você? - A voz de Clay tremia, nervoso.

- Eu sou Lucian. Representante do Time Eclipse e um dos Acólitos do Sol Negro. É muito bom ver você, Hektor. Vejo que cresceu forte e saudável. Seus pais ficariam contentes. - O homem tinha cabelos longos, levemente ondulados. Uma barba bem cuidada e pele morena conferiam-lhe um aspecto de pirata, ou algo do tipo. Tinha boa aparência, mas uma seriedade e indiferença digna apenas dos verdadeiros vilões. Ele não era um valentão, não como os gêmeos. Os dois estavam morrendo de medo dele.

- Como conhece meus pais? Como sabe meu nome? O que quer comigo? - Indaguei, olhando para A.J. em minha confusão.

- Ora, que pergunta tola. Sou seu padrinho, menino. Esperei por quinze anos para buscá-lo, para que enfim você assuma o seu lugar em nossa Organização, para retomarmos a glória de Hoenn e depois do mundo. - Nada daquilo fazia o menor sentido. - Ou acha que eu teria deixado você com a velha se eu tivesse escolha? Você era o filho do meu melhor amigo. Klaus ficaria decepcionado se eu não o tivesse ao meu lado. Sempre soube onde você estava. Mas Illuce não é um lugar fácil de visitar discretamente. Acredito que a velha previu isso, e tentou te esconder de mim.

- Não insulte minha avó. Não vou voltar para Hoenn. Nossa vida recomeçou aqui, em Aurille. E definitivamente não tenho interesse em nada que você e meu pai faziam. Deixem os pokémon em paz! Eles são perfeitos do jeito que são! - Ele riu, parecendo se divertir um pouco.

- Muito bem. Eu o deixo ficar se batalhar contra mim. - Em um único movimento, Lucian liberou todo o seu time pokémon. Rapidash, um sandshrew de alola, um crawndaunt, uma delcatty e um altaria. Sem mencionar o decidueye, já livre. - E então?

- Ele só está se exibindo pra assustar a gente. - Glenda falou, cheia de asco. - Odeio homens ridículos como esse aí. Gostam de esfregar que são o maiorais na cara dos outros. - Ela olhou para mim, nada amigável. - Considere a nossa pendência em trégua. Eu quero dar uns socos nesse otário. - Ela puxou uma pokébola. Surpreendendo a todos. Principalmente A.J. - Vai, gastly!

- Eu nunca pensei que diria isso, mas a Gengar tá certa. Chikorita, vai! Você também, baltoy! - Seu amigo o mirou, prestando apoio.

- Estamos mesmo fazendo isso? Okay... - Clay olhou para o pikachu em seu colo, como quem faz uma pergunta. - Com vontade de batalhar com esse cara aí? - O pikachu saltou para a grmaa, determinado.

- Bem, pessoal, agradeço pelo apoio. - Afirmei, sentindo-me surpreso, porém feliz. - Staryu, torchic! Conto com vocês.

- Escolhas interessantes. É claro que os seus pokémons não têm chance contra meu time. Mas gostei do ímpeto. Decidueye, Shadow Ball! Rapidash, Fire Spin! Crawdaunt, Bite! Sandshrew, Blizzard! Delcatty, Thunderbolt! Altaria, Fly!

             Descrever precisamente como a combinação de todos esses ataques traduziu-se em uma surra generalizada nos meus pokémon e nos de meus amigos, era ser generoso. Todos os seis pokémon do meu time conseguiram conduzir seus ataques aos alvos, mas simplesmente não foram o bastante. Blizzard atingiu em cheio ao gastly, que ficou fora de combate. O Fire Spin atingiu chikorita, enquanto o thunderbolt acertou minha staryu. O Fly da Altaria de Lucian desceu em cheio contra o torchic, enquanto baltoy foi atingido pelo Shadow Ball. Torchic escapou do Bite de Crawdaunt, mas logo em seguida foi atingido por um golpe de Bubble. No fim, nossos pokémon estavam feridos, mas nossos egos também.

- Vou deixá-lo continuar nessa sua jornada pokémon em Aurille. Mas eu também decidi ficar por aqui. Aurille conhecerá a escuridão do Eclipse. Talvez purificá-la primeiro nãos eja má ideia. Vão, agora, crianças. Mas saibam que vocês estão indo porque eu desejei. Não tentem me desafiar de novo, até que saibam que podem vencer. Da próxima vez, levo embora todas as criaturas patéticas que vocês chamam de pokémons...

                          Depois de nos humilhar, Lucian desapareceu, sumindo na névoa que decidueye fabricava enquanto fazia voltarem todos os outros pokémon. A noite voltou ao normal um pouco depois, e pudemos ver as estrelas em sua plenitude. Mas todos nós estávamos chocados. Em silêncio, cada um fez retornar o seu respectivo pokémon, e depois nos olhamos.

- Eu nem sei quem é esse cara. Nunca recebi um cartão de aniversário que fosse, para saber que meu padrinho era vivo. - Contei, reflexivo. A.J. parecia triste por mim, mas fiquei ainda mais surpreso ao ver simpatia nos olhos de Clay e Glenda.

- Ninguém está te culpando por essa humilhação, parceiro. Foi uma surra fenomenal. - A.J. deu de ombros. - Nada novo sob o sol.

- Sabe, se eu fosse sua avó e soubesse que esse cara era o seu padrinho, também ia fazer de tudo pra que ele não pudesse chegar até você. Bem, você é um mala, mas não parece ser um cara ruim. Você teria sido, se tivesse sido criado por ele. - Ele sorria, e percebi que aquilo fazia sentido.

- Obrigado, Clay. - Respondi, sentindo minhas bochechas arderem.

- Que inusitado, meu irmão dizendo algo que preste. Bem, cabeça oca, o Clefairy aqui tem razão. Nós não somos de implicar com qualquer um, mas esse seu padrinho... Show de horrores. - A.J. e eu nos entreolhamos. - Que foi, gordalhão? Eu sou uma dama! Vamos ou não levar nossos pokémon pro Centro?

               Sem dizer mais nada porque ninguém queria continuar ouvindo a voz da Glenda, fomos em frente, deixando para trás as Praças de Meditação. Aquele tinha sido um dia intenso. Um dia para não esquecer por um bom tempo...
         

Objetivos:
— Evento: Batalha de Dupla!


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Mensagem por Sammy Seg Jul 01, 2019 3:20 pm

Atualização
Hektor
Mais uma trama realmente boa. Eu gostei do novo personagem e das lutas. Mesmo que essa aventura tenha sido focada mais nas batalhas, ela foi satisfatória e correu de forma rápida.

Só queria dizer que errei na contagem de Níveis na avaliação anterior.

PRÊMIO
Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... 255
Torchic — Saúde: 50% —  Bem
Torchic recebeu 4 Níveis e subiu ao nível 17.
Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... 120
Staryu — Saúde: 64% —   Muito Bem
Staryu recebeu 4 Níveis e subiu ao nível 12.

Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... Bigroot
1x Big Root
Por conta do Desafio "Batalhas de Dupla", Hektor recebeu 1x Big Root. Parabéns.

Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... Pok%C3%A9_currency
Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... Pok%C3%A9monDollar340 Ienes
Recebeu Ato 01 - Tudo começa em algum lugar... Pok%C3%A9monDollar340 Ienes como recompensa da luta.
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Mensagem por Hektor Verunni Ter Jul 02, 2019 2:28 am

Esse post é só para pedir o fechamento da Rota e o despojo, pois esqueci de pedir anteriormente. ^^
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Mensagem por Hilda Ter Jul 02, 2019 12:29 pm


Resultado do Despojo[/b]
Você recebeu a Cheri Berry
As palavras destacáveis são clicáveis para caso você queira ver os resultados.

Rota finalizada e trancada.
Caso queira reabrir, por favor entrar em contato com qualquer membro da staff.
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